Andaraí – Cidade de Igatu


Imagem: Adelano Lázaro

As ruínas da Cidade de Igatu, antigo Xique-Xique, é um dos quatros distritos do Município de Andaraí, e está situado em um dos contra-fortes da Serra do Sincorá.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico na Cidade de Igatu, inclusive as ruínas de habitações de pedra
Outros Nomes: Xique-Xique do Igatu; Cidade de Pedras
Localização: Distrito de Igatu – Andaraí – BA
Número do Processo: 1411-T-1998
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscr. nº 122, de 20/06/2000
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 557, de 20/06/2000
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 618, de 20/06/2000

Descrição: Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico na Cidade de Igatu, inclusive as ruínas de habitações de pedra, com a seguinte descrição do perímetro da área de tombamento: Inicia-se na ponte sobre o Rio Coisa Boa, incluída, (PONTO 1 – coordenadas S 12º53’45″/W 41º18’57”) que passa na entrada do Distrito de Igatu, e segue pela margem esquerda do Rio Coisa Boa, a seiscentos metros rio abaixo (PONTO 2 – coordenadas S 12º53’12″/W 41º19’03”). Neste ponto deflete à esquerda e segue na direção oeste em linha curvilínea, acompanhando a trilha do antigo rego do garimpo, na confluência com o final da Rua Luis dos Santos, incluída, (PONTO 3 – coordenadas S 12º53′ 02″/W 41º19’12”), onde deflete novamente à esquerda e prossegue por um quilômetro em linha reta na direção sudeste no encontro com o Poço do Brejo, incluído, (PONTO 4 – coordenadas S 12º53’34″/W 41º19’25”). Neste ponto deflete outra vez à esquerda e continua em linha reta até a interseção com o final da Rua Bambolim de Cima, incluída, (PONTO 5 – coordenadas S 12º53’54″/W 41º19’08”), onde deflete ligeiramente à direita e segue em linha reta até o cruzamento com o final da Rua da Estrela, incluída, (PONTO 6 – coordenadas S 12º53’51″/W 41º19’11”). Neste ponto deflete novamente à direita e prossegue em linha reta até a confluência com um raio de duzentos metros que tem por epicentro o final da Rua da Biquinha, incluída, (PONTO 7 – coordenadas S 12º53’56″/W 41º19’30”), onde deflete à esquerda e acompanha a linha sinuosa da trilha de acesso ao Cemitério dos Bexiguentos, incluída, atravessando a ponte sobre o Riacho dos Pombos, incluída, até a altura do túmulo da Senhora Maria Cândida Guedes, incluído, (PONTO 8 – coordenadas S 12º54’10″/W 41º19’25”). Neste ponto segue em linha reta até o alto do Morro do Cruzeiro de Cima, incluído, (PONTO 9 – coordenadas S 12º54’00” /W 41º19’10”), contornando este morro de modo a incluí-lo completamente, e prossegue em linha reta na direção nordeste até a margem esquerda do Rio Coisa Boa, nas proximidades do Poço da Madalena, incluído, a duzentos metros rio acima da ponte sobre este rio, (PONTO 10 – coordenadas S 12º 53′ 50″ /W 41º18’58”). Neste ponto deflete à esquerda e prossegue pela margem esquerda do Rio Coisa Boa até a interseção com a ponte sobre este rio, encontrando o ponto inicial desta poligonal.
Fonte: Iphan.

IPAC-BA – Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia
Nome atribuído: Área Contígua de Proteção do Centro Histórico de Igatu
Localização: Localizado, na área no entorno da ponte sobre o Rio Coisa Boa, incluindo o Bairro de Luís dos Santos – Vila de Igatu – Andaraí-BA
Território de Identidade: Chapada Diamantina
Processo de Tombamento: Nº 011/1995
Resolução de Tombamento: Nº 8.357/02, de 05/11/2002
Livro do Tombo dos Bens Imóveis: Inscr. nº 42
Uso Atual: Parque de conservação ambiental

Estado de conservação: Segundo vistoria técnica nº. 008/99 de 30/03/99, a área contígua de Proteção Centro Histórico de Igatu/Andaraí, encontrava-se na sua maioria, em estado razoável, ou bom de conservação. Uma pequena minoria necessitava de uma intervenção imediata para que o seu processo de arruinamento não se tornasse irreversível.

Descrição: Igatu, antigo Xique-Xique, é um dos quatros distritos do Município de Andaraí, e está situado em um dos contra-fortes da Serra do Sincorá. Próximo à vila passa o Riacho das Piabas, afluente do Rio Paraguaçu, outrora muito diamantífero. Sua antiga denominação resultou, segundo alguns, da abundância no local de um cacto silvestre com espinhos, conhecido como xique-xique (cereus gounellei). Para outros, porém, este nome decorre do apelido, ou sobrenome, do primeiro garimpeiro que ali se instalou.O território do atual Município de Andaraí era originalmente ocupado pelos índios Cariris. Existem pelo menos duas versões sobre o aparecimento do Povoado de Xique-Xique. Ambas coincidem em que, após a descoberta de “faisqueiras” no sítio da atual Cidade de Mucugê, portanto nos anos 1844 ou 1845, alguns garimpeiros tomaram o rumo nordeste à procura de novas lavras, vindo a descobrir as ricas jazidas de Xique-Xique.
Segundo tradição, estes garimpeiros ao se deslocarem de Mucugê passaram pelo Capa-Bode e Perdizes e dali desceram até encontrarem o lugar denominado Cousa Boa, onde já residia um estrangeiro, cujo nome se desconhece. Juntos, extraíram muitas “oitavas” de diamantes nesta localidade. Alguns destes garimpeiros continuaram subindo o rio e, a cerca de 4,5km, encontraram um canal que passou a ser conhecido pelo nome de seu descobridor: Prates.
Dentre estes exploradores, um, conhecido como Xique-Xique, tentou formar seu garimpo descobrindo novas áreas e construindo ranchos para o inverno, nascendo assim o povoado. Segundo outra versão, narrada pelo então Senador Cel. Augusto Landulfo ao Historiador Gonçalo de Athayde Pereira, Xique-Xique fora descoberto por um sapateiro de nome Camargo que começou a minerar no canal que banha a atual vila em sociedade com o Capitão Antônio José de Lima, proprietário da Fazenda Mocambo, tendo ambos tirado, nos anos 1846/47, muitas “oitavas” de diamantes de bom tamanho.
Quando Andaraí foi elevada à vila, pela Lei Provincial nº. 2.444, de 19/05/1884, o novo município, emancipado de Santa Isabel, estava dividido em dois distritos: a Sede, e Xique-Xique. Nesta época, Xique-Xique passou a ser Sede de Distrito de Paz. O novo quadro territorial do Estado para o período de 1939/43 deu nova denominação ao distrito: Igatu. A Vila de Igatu, já no século passado possuía escola pública, criada pela lei nº 1.467, de 3/4/1875 e esgoto, constituído por calhas de pedra, recobertas por lajes do mesmo material, onde corre continuamente água. No início deste século a vila possuía água encanada, iluminação elétrica, gerada por turbina hidráulica, e cabo telefônico que a ligava à Cidade de Andaraí. Com sua decadência, todos estes serviços desapareceram.
Fonte: Ipac-BA.

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