Cachoeiro de Itapemirim – Centro Operário de Proteção Mútua


Imagem: Prefeitura Municipal

O Centro Operário de Proteção Mútua foi tombado pela Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim-ES por sua importância cultural para a cidade.

SEMCULT – Secretaria Municipal de Cultura de Cachoeiro do Itapemirim-ES
Nome Atribuído: Centro Operário de Proteção Mútua
Localização: R. Vinte e Cinco de Março, nº 171 – Centro – Cachoeiro de Itapemirim-ES
Resolução de Tombamento: Resolução n° 001/1996

Descrição: O Centro Operário e de Proteção Mútua foi fundado em 13 de janeiro de 1907, tendo sido idealizado pelo operário Athanagildo Francisco Araujo, com o objetivo de defender os direitos, garantias individuais dos trabalhadores e lhes oferecer serviços importantes, como educação e saúde. A organização é reconhecida como de Utilidade Pública e seu prédio, tombado como Patrimônio Histórico e Material. Dentro do recinto principal, frequentemente cedido para reuniões de sindicatos e organizações diversas, há quadros com fotos de todos os ex-presidentes e figuras importantes para a instituição. O Centro Cultural Nelson Sylvan, fruto de uma parceria com a prefeitura, ocupa parte do prédio, oferecendo cursos e oficinas artísticas. É também, no Centro Operário que, anualmente, o Cachoeirense Ausente Nº 1 é recebido logo após sua chegada à cidade, uma tradição que se estende por décadas.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Information on Laborer and Mutual Protection Center: Centro Operário e de Proteção Mútua was established on January 13th, 1907, and it was designed by laborer Athanagildo Francisco Araujo, with the purpose of defending worker rights and personal guarantees, and provide relevant services to them, including education and health. The organization is acknowledged as Public Service and its building, listed as Historical and Material Heritage. Within the main room, usually assigned to union and various organization unions, there are paintings with every ex-president and relevant institution figure pictures. Centro Cultural Nelson Sylvan [Nelson Sylvan Cultural Center], a partnership with the City Hall, occupies part of the building, offering courses and art workshops. The Laborer Center also awards, every year, Cachoeirense Ausente [Absent Cachoeirense] no. 1, that is hosted as soon as he/she arrives in town, a tradition that has lasted for decades.
Source: City Hall.

Histórico do município: A história de Cachoeiro de Itapemirim tem início no ano de 1812, quando o donatário da capitania do Estado, Francisco Alberto Rubim, teve a tarefa de desenvolver o povoamento em nosso Estado.

A região era dominada pelos índios Puris que, porém, não chegaram a ser obstáculo aos primeiros desbravadores, atraídos pelo ouro nas minas descobertas nas regiões compreendidas por Castelo.

A primeira incursão exploradora organizada ocorreu entre 1820 e 1825, época em que foi concedida ao Tenente Luiz José Moreira meia légua de terras. Na mesma época foram constituídos postos de policiamento, denominados quartéis de pedestres, para proporcionar garantia aos habitantes que haviam se instalado no lugar, próximo do obstáculo rural do encachoeiramento do rio, ponto de parada dos raros tropeiros que desciam do sertão e iam se acomodando nessas paragens e plantando suas lavouras.

O Governador Rubim fez construir à margem sul do rio o Quartel da Barca, que foi uma homenagem a Luiz Araújo – Conde da Barca, Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra de Dom João VI. Com essa iniciativa os povoadores tiveram proteção contra as incursões dos índios Puris e Botocudos, que hostilizavam aqueles que percorriam a região à procura do ouro que os rios prometiam, ou até mesmo os lavradores que desejavam trabalhar a terra com plantação de cana-de-açúcar.

Por determinação do Governador Rubim havia um patrulhamento realizado por pedestres, que descia do Cachoeiro até a Vila de Itapemirim, prosseguindo até o Quartel de Boa Vista, situado na barreira do Siri, em frente a Ilha das Andorinhas, regressando ao ponto de partida, alternando em sentido contrário com a patrulha do Quartel de Boa Vista. A patrulha de pedestre era construída por negros livres, comandada por um Alferes (nome dado a antigo militar, hoje equiparado a um 2º Tenente).

Os quartéis tiveram seus efetivos aumentados, e foi nos seus arredores que começou a formação dos primeiros núcleos populacionais com pequenas plantações de mandioca, bananeiras e cana-de-açúcar. A pesca e a caça davam condições fartas aos habitantes.

Começava a lenta penetração no território dos silvícolas para o domínio dos desbravadores. Os fazendeiros de Itapemirim começavam a estender suas propriedades pelas margens do rio, sendo que, onde hoje está plantada nossa cidade foram fazendas pertencentes, outrora, a alguns deles, entre os quais citamos Joaquim Marcelino da Silva Lima (Barão de Itapemirim), figura principal do sul do Estado naquela época, Manoel José Esteves de Lima, um português que criou cidades e povoações no sul do Estado.
Fonte: IBGE.

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Prefeitura Municipal


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