Cachoeiro de Itapemirim – Igreja Nosso Senhor dos Passos


Imagem: Google Street View

A Igreja Nosso Senhor dos Passos, na cidade de Cachoeiro de Itapemirim-ES, foi construída a partir de 1882.

SECULT – Secretaria da Cultura do Estado do Espírito Santo
Nome atribuído: Igreja Nosso Senhor dos Passos
Localização: R. Padre Melo, nº 39 – Independência – Cachoeiro de Itapemirim-ES
Tipo de bem: Bem tombado.
Resolução de Tombamento: Resolução nº 4/1985
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 83, folhas 9v e 10
Livro das Belas Artes: Inscr. nº 4, folhas 1v e 2.

Descrição: Construída a partir de 1882, a Igreja foi durante anos a única opção de prática religiosa, católica, das regiões próximas a ela.
Fonte: Secult-ES.

SEMCULT – Secretaria Municipal de Cultura de Cachoeiro do Itapemirim-ES
Nome Atribuído: Igreja Nosso Senhor dos Passos
Localização: R. Padre Melo, nº 39 – Bairro Independência – Cachoeiro do Itapemirim-ES
Resolução de Tombamento: Lei Municipal nº 5484/2003

Descrição: No ano de 1882, o Capitão Francisco de Souza Monteiro, residente em Monte Líbano e pai de Jerônimo Monteiro (que foi “presidente” do Espírito Santo) e do primeiro bispo nascido no Espírito Santo, D. Fernando de Souza Monteiro, tomou a iniciativa de erguer uma igreja onde, hoje, fica o bairro Independência, que recebeu a denominação de “Senhor dos Passos”. Também conhecida como “Matriz Velha” e símbolo da religiosidade local, o prédio é tombado como Patrimônio Histórico Material.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Information on Our Lord of the Steps Church: In the year 1882, Captain Francisco de Souza Monteiro, a resident of Monte Libano and the father of Jerônimo Monteiro (who was the “president” of the Espírito Santo) and the first bishop born in Espirito Santo, D. Fernando de Souza Monteiro, took the initiative of erecting a church where the district of Independência is located today, which received the name of “Senhor dos Passos” [Lord of the Steps]. Also known as “Old Mother Church” and a symbol of local religiosity, the building is listed as a Material Historical Heritage.
Source: City Hall.

Descrição: CULTO RELIGIOSO – Em 1854, o Barão de Itapemirim, Inácio de Loiola e Silva e Pedro Dias do Prado faziam doação de um terreno para ereção, no local, da primeira capela. Na mesma ocasião, o Presidente da Província, Sebastião Machado Nunes, nomeava uma comissão para a realização da magna tarefa. Passaram-se dois anos sem que nada acontecesse, até que, finalmente, a 16 de julho de 1856, a Lei Providencial nº 11 criava a freguesia de São Pedro das Cachoeiras, ligada ao Município de Itapemirim. Nesse mesmo dia, em um dos cômodos de um velho armazém do Barão de Itapemirim, em Baiminas, o Padre Manoel Leite Sampaio Mello, (que também batizava e casava, com a ajuda de outros padres), celebrou a primeira missa. O primeiro vigário nomeado foi o Padre Francisco de Assis Pereira Gomes, que permaneceu dois anos no cargo (1859 a 1861), quando se dirigiu as Minas Gerais. Profanações cometidas por populares determinaram que fosse abandonado o precário local. Os poucos pertences que ali havia foram doados pelo Barão de Itapemirim (alguns ornamentos que ficaram no Aldeamento Imperial Afonsinho) e por Inácio de Loiola e Silva e Pedro Teixeira Duarte (o oratório e as imagens). A pobreza de recurso dessa sede paroquial foi alvo de críticas de Pedro Leão Veloso, então presidente da Província.
CAPELA – o mencionado padre Sampaio e Melo, segundo o historiador Levy Rocha, teria chegado, como terceiro vigário encomendado da freguesi no segundo semestre de 1860. Recebendo do Presidente do Espírito Santo a quantia de um conto e quinhentos reis para as obras de construção da Igreja, ele teria escalado o negociante Manoel José de Araújo Machado e o Tenente Sabino José Coelho, para integrarem uma comissão, da qual o próprio vigário seria o tesoureiro, com a finalidade de levar a frente a empreitada. Consta que em meados de 1861 a quantia inicial já seria de maior vulto, graças as contribuições de alguns paroquianos, bem como da Assembleia Provincial. No entanto, inúmeras dificuldades impediriam a realização do almejado projeto, entre elas a terrível enchente de 1862.
Encontrava-se em andamento, ao mesmo tempo, do lado norte da cidade, uma capela que o fazendeiro português Antônio Francisco Moreira mandara construir em homenagem ao Divino Espírito Santo. O fazendeiro conseguiu dar término à construção em maio de 1863, constituindo-se assim a capela no primeiro templo católico de Cachoeiro. A igreja foi doada à Província, por Antônio Francisco Moreira (que fora responsável por todas as despesas da construção) e serviu como Matriz do lugar durante alguns anos. Juntamente com o templo, o povoado ao lado da capela, substituindo assim o cemitério velho, que estava localizado no morro da Palha.
CAPELA DE NOSSO SENHOR DOS PASSOS – A capela do Divino, construída com materiais que não eram os mais apropriados, não resistiu à passagem do tempo, e muito menos as enchentes de 1867, 1872 e 1875, que chegaram a causar abalos irreparáveis na frágil estrutura. Com o prédio totalmente arruinado, o vigário Sampaio determinou a transferência das imagens para a capela que mandara construir, para uso da família, o Capitão Francisco de Souza Monteiro.
A capela de Nosso Senhor dos Passos foi doada à paróquia, passou por diversas reformas em 1882 e começou a funcionar como matriz de Cachoeiro em 1884, já dedicada a São Pedro Apóstolo, padroeiro da cidade.
O comerciante Manoel Jose de Araújo Machado, por sua vez, doara um terreno do lado sul da cidade, onde foi construída a Igreja de São João, onde mais tarde seria levantado o Mercado Municipal. Antônio Marins, já em 1920, menciona a demolição da capela, que seria sacrificada para atender-se a melhoramentos da cidade. Quanto à Capela de Nossa Senhora da Penha, ao lado da Santa Casa de Misericórdia, sabe-se que a educadora Graça Guardia teve importante atuação para que ela fosse construída.
Fonte: Site da instituição.

Histórico do município: A história de Cachoeiro de Itapemirim tem início no ano de 1812, quando o donatário da capitania do Estado, Francisco Alberto Rubim, teve a tarefa de desenvolver o povoamento em nosso Estado.

A região era dominada pelos índios Puris que, porém, não chegaram a ser obstáculo aos primeiros desbravadores, atraídos pelo ouro nas minas descobertas nas regiões compreendidas por Castelo.

A primeira incursão exploradora organizada ocorreu entre 1820 e 1825, época em que foi concedida ao Tenente Luiz José Moreira meia légua de terras. Na mesma época foram constituídos postos de policiamento, denominados quartéis de pedestres, para proporcionar garantia aos habitantes que haviam se instalado no lugar, próximo do obstáculo rural do encachoeiramento do rio, ponto de parada dos raros tropeiros que desciam do sertão e iam se acomodando nessas paragens e plantando suas lavouras.

O Governador Rubim fez construir à margem sul do rio o Quartel da Barca, que foi uma homenagem a Luiz Araújo – Conde da Barca, Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra de Dom João VI. Com essa iniciativa os povoadores tiveram proteção contra as incursões dos índios Puris e Botocudos, que hostilizavam aqueles que percorriam a região à procura do ouro que os rios prometiam, ou até mesmo os lavradores que desejavam trabalhar a terra com plantação de cana-de-açúcar.

Por determinação do Governador Rubim havia um patrulhamento realizado por pedestres, que descia do Cachoeiro até a Vila de Itapemirim, prosseguindo até o Quartel de Boa Vista, situado na barreira do Siri, em frente a Ilha das Andorinhas, regressando ao ponto de partida, alternando em sentido contrário com a patrulha do Quartel de Boa Vista. A patrulha de pedestre era construída por negros livres, comandada por um Alferes (nome dado a antigo militar, hoje equiparado a um 2º Tenente).

Os quartéis tiveram seus efetivos aumentados, e foi nos seus arredores que começou a formação dos primeiros núcleos populacionais com pequenas plantações de mandioca, bananeiras e cana-de-açúcar. A pesca e a caça davam condições fartas aos habitantes.

Começava a lenta penetração no território dos silvícolas para o domínio dos desbravadores. Os fazendeiros de Itapemirim começavam a estender suas propriedades pelas margens do rio, sendo que, onde hoje está plantada nossa cidade foram fazendas pertencentes, outrora, a alguns deles, entre os quais citamos Joaquim Marcelino da Silva Lima (Barão de Itapemirim), figura principal do sul do Estado naquela época, Manoel José Esteves de Lima, um português que criou cidades e povoações no sul do Estado.
Fonte: IBGE.

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