Caeté – Casa de João Pinheiro


Imagem: Site da instituição

O Museu Casa de João Pinheiro e Israel Pinheiro, em Caeté-MG, está instalado num casarão do século XVIII, adquirido por João Pinheiro, em 1893.

IEPHA – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico
Nome atribuído: Casa de João Pinheiro (Solar do Tinoco)
Localização: Praça Paulo Pinheiro da Silva, nº 01 – Caeté -MG
Resolução de Tombamento: Decreto Nº 20.582, de 26 de maio de 1980
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico
Livro do Tombo Histórico, das obras de Arte Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos

Descrição: A edificação que remonta ao século XVIII, pertencia ao Barão de Cocais Feliciano Pinto Coelho da Cunha. Mais tarde – durante o século XIX e XX – serviu de moradia ao político João Pinheiro da Silva e toda a sua família. Com terreno de área de mais de 300 mil metros quadrados englobava arquitetura urbana e rural, terras de cultura e mineração, casas de sobrado e faíscas. A edificação mantem suas linhas tradicionais, típicas das casas senhoriais de Minas, tendo sofrido modificações no século XIX que resultou no partido atual.
Fonte: Iepha.

Descrição: O Museu Casa de João Pinheiro e Israel Pinheiro está situado na cidade de Caeté, em Minas Gerais, instalado num casarão do século XVIII, adquirido por João Pinheiro, em 1893. Guarda a memória do momento em que João Pinheiro muda-se para Caeté, realizando ali uma ação empreendedora, a criação da fábrica de cerâmica Nacional.
O casarão foi anteriormente residência do Barão de Cocais e já era conhecido como Solar do Tinoco antes da aquisição pelo Dr. João Pinheiro. Esta denominação vem de João Tinoco da Silva, que possuía datas minerais por volta de 1750, na região.
Além do prédio conta ainda com área de 100 hectares que abriga uma reserva de floresta nativa do ecossistema Mata Atlântica. A construção original no século seguinte foi modificada para o partido atual. Trata-se de uma casa típica do século XIX com dois pavimentos com cobertura em quatro águas e telha tipo capa e bica.
Fonte: Site da instituição.

Histórico do Município: Os meados e fins do século XVII caracterizaram-se em Minas Gerais, pela penetração de grupos formados por intérpdidos aventureiros, vindos do litoral, em procura de fortuna, na exploração de ouro, prata e pedras preciosas.
Em Caeté, a primeira das “entradas” pode ser atribuída ao sertanista Lourenço Castanho Tanques (capitão-mor da expedição), visto datar de 23-III-1664 uma carta régia que o louva “pelos serviços prestados como um dos descobridores de Minas dos Cataguazes e dos Sertões do Caeté, fato que ocorreu, portanto, pelo menos no começo do ano anterior, ou mais provavelmente, em 1662, atenta a morosidade das comunicações naquele e o acurado exame das cousas que precediam de ordinário as deliberações régias quando estas importavam em honra ou mercê para os vassalos”.
Depois, as explorações de Antônio Rodrigues Arzão, que conseguiu extrair apreciável quantidade de ouro em nossas terras, sendo seu cunhado Bartolomeu Bueno de Sequeira o continuador de suas pesquisas.
Mais tarde, a expedição do ousado paulista Leonardo Nardez, citado pelo ilustre cientista Guilherme von Eschwege em sua notável obra “Pluto Brasiliensis”, como descobridor de Caeté, que trata do local onde mais tarde haveria de aparecer a tumultuosa e opulenta Vila Nova da Rainha do Caeté.
Esse fato é também registrado pelo historiador Rodolfo Jacó, em artigo publicado no “Jornal do Comércio” do Rio de Janeiro, em edição de janeiro de 1914, por ocassião das comemorações do bicentenário da instalação da futura cidade de Caeté.
Diz o historiador Rodolfo Jacó, “que, subindo pelo rio Sabará, ao longo da serra alcantilada (Serra da Piedade), e depois por um de seus galhos, Leonardo Nardez e os Guerras, os dos Santos, encontrando boa pista, vieram pousar entre colonias plácidas, às margens do pequeno ribeiro, cuja fonte próxima depararm à boca da mata espessa (Caeté) que orlava então a encosta da serra divisória do rio Doce. Daí o nome dado ao regato pelos índios ou pelos próprios invasores, e por estes, depois, ao pequeno arraial que levantaram”.
A origem e o significado da palavra Caeté provem da língua indígena e quer dizer: – mata virgem, mato verdadeiro, segundo Teodoro Sampaio, citado por Nelson de Sena em seu Anuário Histórico e Cartográfico de Minas Gerais, edição de 1909, página 282.
Concluiu-se, pois, que Caeté (a atual cidade) que era até 1700 uma floresta ocupada por Índios, que tinham sua principais tabas ou aldeias na Pedra Branca e Ribeirão do Inferno (redondezas da cidade), foi, em 1701, “descoberto” pelo bandeirante paulista Leonardo Nardez, que aqui veio parar attraído pela riqueza aurífera da região. Apesar de descoberto por Nardez, Caeté, segundo alguns historiadores, deve seu povoamento aos irmãos João e Antônio Leme, auxiliadores pelos Guerra, descendentes da condessa Maria de Souza Guerra.
Não tardou a descoberta se fizesse conhecida nos mais longínquos pontos da Colônia, pois dentro em pouco para aqui, afluíram levas “paulistas e forasteiros” do litoral Brasileiro e do reino, “vindo sobretudo da Bahia pelo São Francisco”, ficando Caeté, já em 1704, bastante povoado, contando entre seus principais fundadores os seguintes: Sebastião Pereira de Aguilar e sargento-mor Amaral, baianos famosos e riquíssimos; D. Maria Borba, irmã do tenente-general Manoel de Borba Gato, casada com Manoel Rodrigues Goes; frei Simão de Santa Tereza, que aqui iniciou, em 1704 , a construção da igreja do Rosário e ainda o famoso Manoel Nunes Viana que se estabeleceu no sopé da Serra da Piedade, de onde apurou – Segundo Antonil – outro tanto talvez da riqueza que Borba Gato acumulou em Sabarabuçu (Sabará), que foi de 50 arrobas de ouro.
Citado o nome desse último povoador, ocorre mencionar a fratricida luta que se desenrolou em 1707 nestas paragens e que é fato marcante na história do Brasil, a Guerra dos Emboabas.
Vitorioso, Nunes Viana, que chefiava a rebelião, é sagrado pelo frade Francisco Menezes e seus companheiros como “ditador de Minas”. – Faziam parte do Governo – Frei Simão de Santa  Terezza, secretário-geral. Antônio Francisco da Silva, ajudante militar; Sebastião Pereira de Aguilar, superintendente do distrito e cel. Luiz do Couto, comandante militar da praça.
Tal estado de cousas só teve solução com o trabalho arguto e hábil do recém-nomeado governador das províncias reunidas do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas, Antônio Alburquerque Coelho de Carvalho que sucedera a D. Fernando Martins Mascarenhas de Alencastro.
Combinado, por intermédio do frade Miguel Ribeiro, um encontro entre Nunes Viana e o novo Governador, este o recebeu com benevolência e simpatia e para dar ao acontecimento “um caráter solene, convocou sob a regência de EL-Rei o governo supremo das Minas. Justo é lembrar o unânime registro dos historiadores sobre a personalidade de Manoel Nunes Viana – um homem valente, bondoso e justo.
Conseguindo a habilidade do governador Antônio de Albuquerque e a boa vontade de Nunes Viana dar fim às desordens e tumultos que reinavam em Minas, Caeté evolui rapidamente, sendo elevado à vila a 29 de janeiro de 1714 por D. Braz Baltazar da Silveira.
Fonte: IBGE.

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Iepha – Guia vol.1
Iepha – Guia vol.2
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