Catalão – Igreja de Nossa Senhora do Rosário


Imagem: Google Street View

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Catalão-GO, foi tombada por sua importância cultural.

SPHA – Superintendência de Patrimônio Histórico e Artístico
Nome Atribuído: Igreja de Nossa Senhora do Rosário
Outros Nomes: Velha matriz
Localização: R. Procópio Ponciano, nº 146 – Centro – Catalão-GO
Resolução de Tombamento: Lei nº 12.926, de 1996

Descrição: A festa em louvor a Nossa Senhora do Rosário acontece, oficialmente, há centro e trinta e três anos na cidade de Catalão, no estado de Goiás, onde os primeiros quinze dias do mês de outubro são o tempo da festa e a cidade, o seu espaço. A Festa do Rosário é uma festa para uma santa católica – Nossa Senhora do Rosário – criada por descendentes de escravos que, para homenageá-la, durante o evento praticam rituais de dança, canto e música com instrumentos de percussão denominados “caixas”, confeccionados pelos próprios praticantes. A Festa do Rosário centraliza o sagrado e o profano, o uso e a troca, a cultura e o comércio e atrai milhares de moradores de toda a Região Sudeste de Goiás para “fazer a festa”, louvar Nossa Senhora através de missas, procissões e novenas ou ainda dançando e cantando em um dos vinte e um Ternos das Congadas, que, embora tenha como principais representates os negros, permite a participação de brancos que ocupam cada vez mais espaço na festa dos negros. A Festa do Rosário tem como atração, ainda, uma feira onde vários produtos são comercializados durante os dias da Festa nas ruas próximas à Igreja do Rosário.
Fonte: Carmen Lúcia Costa, 2010.

Descrição: Há mais de 130 anos acontece no município de Catalão (GO) a Festa em Louvor a Nossa Senhora do Rosário, que a cada ano reúne um número maior de devotos, dançadores e turistas. A realização da Festa envolve celebrações e atores distintos, cada um com um papel específico. Entre eles existem os ternos ou guardas, conjuntos de dançadores que saem pelas ruas da cidade louvando Nossa Senhora do Rosário, São Benedito, Santa Efigênia e outros Santos a quem são devotos. Para isso utilizam em suas performances alguns objetos, como as caixas, os adufes ou adufos (espécie de pandeiro artesanal), os bastões e as manguaras. A fabricação destes objetos envolve saberes tradicionais, parte do patrimônio que estrutura e mantém a manifestação cultural viva. Eles possuem importância primordial nos ternos, pois é através do ritmo das caixas e dos adufes ou adufos que os cânticos de louvor são entoados. Já os bastões e manguaras são os objetos que proporcionam movimento às coreografias dançadas por centenas de pessoas em sinal de fé e devoção. Este louvor dos ternos acontece nas ruas da cidade, assim como a parte religiosa e comercial da Festa. O comércio é composto pelas barraquinhas, estruturas de aço ou madeira cobertas por lona, e pelos ambulantes que ficam localizados nas proximidades do Largo do Rosário, área nobre da cidade. Neste mesmo local acontece a maioria das celebrações religiosas: missas, terços e novenas. O Largo é transformado em palco da Festa, são montadas estruturas cobertas para acomodar os participantes e, assim, a manifestação cultural transforma a cidade, ocupando ruas e estabelecendo relações entre os lugares e a população.
Fonte: Janaina Faleiro Lucas Mesquita, 2016.

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MAIS INFORMAÇÕES:
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