Caxias – Antiga Companhia da União Têxtil Caxiense


Imagem: Prefeitura Municipal

A Antiga Companhia da União Têxtil Caxiense, hoje Centro da Cultura, foi fundada em 1889, pelos sócios Antônio Joaquim Ferreira Guimarães, Dr. Francisco Dias Carneiro e Manoel Correia Baima de Lago.

Governo do Estado do Maranhão
SPPHAP – Superintendência de Proteção ao Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico do Maranhão

Nome Atribuído: Fábrica da União Têxtil Caxiense S.A.
Localização: Praça do Panteon, Caxias, MA
Tipo de bem tombado: Edificação
Resolução de Tombamento: Decreto Estadual n° 7.660, de 23/06/1980, publicado no Diário Oficial de 27/06/1980.
Inscrição no Livro Tombo: Inscrição n° 4, folha n° 01, em 13/08/1980.
Uso Atual: Centro de Cultura Acadêmico José Sarney

Descrição: No passado, a antiga Companhia da União Têxtil Caxiense e, no presente, o Centro de Cultura Acadêmico José Sarney. São estas as fases cronológicas de um prédio localizado à aresta direita da Praça Dias Carneiro – Panteon Caxiense. Na realidade, uma construção fabril de origem inglesa com fachada em estilo neoclássico, planta quadrangular, cobertura em estrutura metálica e estreita área livre, onde se localiza uma imponente chaminé.
A antiga Companhia da União Têxtil Caxiense foi fundada em 1889, pelos sócios Antônio Joaquim Ferreira Guimarães, Dr. Francisco Dias Carneiro e Manoel Correia Baima de Lago, sob a denominação de “Companhia Manufatora Gonçalves Dias S. A”. Com um capital inicial de 850 contos, esta empresa foi uma potência no gênero da produção de tecidos, em sua época. Seu motor de 400 cavalos movimentava 220 teares, pondo 350 pessoas em atividade. Sua produção anual era de um milhão de metros de tecidos crus, em grade parte exportada para os países europeus. Falar desta extinta Companhia, que fora assentada numa região na qual a cultura algodoeira era abundante, é voltar ao período áureo de desenvolvimento da indústria têxtil no Maranhão, cujo parque fabril compunha-se de 17 empresas, contando com 2.336 teares, 71.608 fusos, e que atingia uma produção anual de 13.974.411 metros de tecidos crus e uma capacidade de empregar 3.557 operários.
A atividade têxtil teve seu apogeu na época da II Guerra Mundial, quando os Estados Unidos, também, passaram a importar produtos brasileiros. Com o fim da guerra, muitas empresas entraram em decadência motivada pela volta do livre comércio e, sobretudo, pelo rápido desenvolvimento industrial que os empresários maranhenses do gênero não conseguiram acompanhar.
Assim, das 17 empresas, que integravam o parque fabril maranhense, apenas 8 conseguiram resistir até a década de 60. A Companhia da União Têxtil Caxiense foi extinta em 1954 e, ao longo de um tempo, precisamente, até 1985, o prédio sofreu um forte processo de abandono. Porém, em 1986, com uma ajuda substancial, através de verba federal, o Governo Municipal, naquela época, restaurou o velho prédio alvirrubro e transformou-o em um Centro Cultural com denominação de Centro de Cultura Acadêmico José Sarney. Atualmente, o prédio abriga inúmeros secretarias e órgãos da administração pública municipal, dentre os quais: Posto de Identificação do Município, Setor de Tributação e Arrecadação Municipal, CETECMA, UNIVIMA, Escola de Música Santa Cecília e as secretarias municipais de Educação, Cultura e Turismo.

Fonte: Prefeitura Municipal.

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