Diamantina – Igreja de Nossa Senhora do Rosário


Imagem: Iphan

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Diamantina-MG, foi tombada por sua importância cultural. É um dos templos mais antigos da cidade.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja de Nossa Senhora do Rosário
Localização: Largo do Rosário – Diamantina – MG
Número do Processo: 409-T-1949
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 334, de 06/12/1949
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.

Descrição: A Igreja de Nossa Senhora do Rosário é um dos templos mais antigos de Diamantina, segundo informações do historiador Cônego Raimundo Trindade. Nos anos de 1771/1772, os Irmãos do Rosário decidiram realizar obras de vulto e, para tanto, contrataram o mestre Manuel Gonçalves, em 22 de abril de 1772. Ao que tudo indica as obras visavam uma construção inteiramente nova ou, pelo menos, modificações substanciais na nave, frontispício, coro e acréscimo da sacristia. A capela-mor, entretanto, parece não ter sofrido nenhuma intervenção, mantendo intacta sua estrutura original.
A igreja foi construída no centro de uma ampla praça e dotada de um espaçoso adro revestido de pedra. Na parte dianteira, nasceu uma gameleira que cresceu confundindo-se com o cruzeiro ali existente. O sistema construtivo empregado é o da alvenaria de adobes recoberta por reboco e caiação branca. Cunhais, esteios, enquadramento dos vãos, portas e janelas são em madeira revestida por cores fortes.
Quanto à ornamentação, destaca-se na capela-mor o retábulo de colunas retas e parte inferior torsa, marmorizadas, com coroamento em arco pleno arrematado por dossel. Entre as colunas e o arco está a cimalha. Este retábulo, a pintura do arco-cruzeiro e a pintura do forro formam um conjunto extremamente harmônico, conseguido a partir da intervenção de José Soares de Araújo, autor da pintura e douramento destas áreas. A pintura do forro, especialmente, constitui-se em um marco exponencial na carreira do Guarda-mor que era tesoureiro da Irmandade entre os anos de 1778 e 1782.
Três registros correm paralelos, sendo os laterais compostos por perspectivas arquitetônicas em trama compacta, e o central pelo quadro com a Virgem do Rosário rodeada de anjos e nuvens. No colorido predominam os tons cinza-azulados nas perspectivas arquitetônicas e os sépias no quadro central, retratando um ambiente de penumbra. Alguns realces de ouro, dão luminosidade à composição.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

PANORAMA 360 GRAUS

MAIS INFORMAÇÕES:
Patrimônio de Influência Portuguesa


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