Diamantina – Igreja de Sant´Ana


A Igreja de Sant´Ana, no Distrito de Inhaí, em Diamantina-MG, é cercada por um muro baixo de alvenaria que delimita pequeno cemitério ajardinado.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja de Sant´Ana
Localização: Distrito de Inhaí – Diamantina-MG
Número do Processo: 468-T-
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 298, de 16/11/1952
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 408, de 16/11/1952
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.

Descrição: Sant’Ana de Inhaí foi um dos primeiros povoamentos surgidos em consequência da exploração do diamante na região. Erguido à margem do rio Caethé-mirim, a sua fundação remonta à segunda década do século XVIII, mas já na metade daquele século apresentava sinais de decadência em virtude do declínio da produção diamantífera. No início do século XIX, o povoado sobrevivia graças ao cultivo de cereais e à atividade pecuária. Especialistas, apoiados tão somente na análise estilística, atribuem as pinturas dos forros, tanto na capela-mor quanto na nave, ao Guarda-mor José Soares de Araújo, supondo-se que tenham sido executadas no final do século XVIII, época em que o artista trabalhou em Diamantina.
Situada no centro de espaçosa praça, a igreja é cercada por um muro baixo de alvenaria que delimita pequeno cemitério ajardinado. Apresenta planta composta de nave, capela-mor, duas sacristias laterais anexas às paredes da capela-mor e uma pequena capela abrindo-se para a nave, do lado direito, ao que tudo indica de construção mais recente. Do lado oposto, está o púlpito com acesso pelo exterior. As paredes foram construídas em alvenaria de adobe, com cunhais em madeira, cobertura em duas águas, arrematadas por beirais em cachorros. Na fachada está grande porta almofadada, ladeada na altura do coro por duas porta-sacadas com balaústres de madeira torneada e encimada por óculo. Acima da empena e em ligeiro recuo, situa-se a torre única, com cobertura de telhas e grimpa constituída por esfera armilar e cruz de ferro. As janelas apresentam vergas de arco pleno e vedação em veneziana, indicativos de posterior construção.
A pintura do forro da capela-mor segue o padrão adotado habitualmente por José Soares de Araújo, composto por densas perspectivas arquitetônicas, pintadas em grisalha azulada, com realces de vermelho rosado (guirlandas) e marrom. No medalhão central, figura a cena dos Esponsais da Virgem e São José, aparecendo ainda, além dos noivos e do sacerdote, cinco personagens secundários, dispostos em planos paralelos. A pintura da nave, por sua vez, adota um partido de composição diferente. No quadro central está representada Sant’Ana Mestra, sentada em imponente cadeira de estilo D. José I, e abraçando a Virgem menina.
Fonte: Iphan.

MAIS INFORMAÇÕES:
Patrimônio de Influência Portuguesa

 


2 comments

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.