Fernando de Noronha – Forte de Nossa Senhora dos Remédios


Imagem: Carlos Scorzato

Em posição dominante sobre o ancoradouro na baía de Santo Antônio, o Forte de Nossa Senhora dos Remédios é a defesa da ilha e do arquipélago.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Forte de Nossa Senhora dos Remédios
Localização: Fernando de Noronha-PE
Número do Processo: 635-T-1961
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 333, de 21/08/1961

Descrição: Em posição dominante sobre o ancoradouro na baía de Santo Antônio, constituiu-se na principal estrutura de defesa da ilha e do arquipélago.
Esta fortificação foi erguida sobre as ruínas de uma antiga posição neerlandesa (GARRIDO, 1940, p. 56), remontando às vésperas da segunda das Invasões holandesas do Brasil, abandonada após a capitulação do Campo do Taborda (Recife) em 1654.
A ilha foi ocupada por forças da Companhia Francesa das Índias Ocidentais sob o comando do Capitão Lesquelin, em fins de 1736, desalojadas sem resistência por tropas portuguesas sob o comando do Tenente-coronel João Lobo de Lacerda no ano seguinte (6 de Outubro de 1737) (SOUZA, 1885, p. 81). Sobre os remanescentes da antiga posição neerladesa que defendia o ancoradouro, estas tropas iniciaram a construção do chamado Forte dos Remédios, com risco do Engenheiro militar Diogo da Silveira Veloso, sob a direção do próprio Tenente-coronel João Lobo de Lacerda. Em alvenaria de pedra e cal, a sua planta recebeu a forma de um polígono irregular orgânico com quatorze ângulos (nove salientes e cinco reentrantes), quatro edificações ao centro do terrapleno e baterias corridas, à barbeta. Acredita-se seja desse período a planta sem data, intitulada:
“Planta do Forte de Nossa Senhora dos Remédios na ilha de Fernando de Noronha, em um alto bastantemente elevado, em que se acharam vestígios da antiga fortificação; é este sítio todo cortado a pique, e inacessível por toda a parte, com um só passo estreito por onde se sobe a ele; não admite outra forma de fortificação em razão de sua irregularidade; (…) os vestígios que se acharam da fortificação antiga, são de obra mais restrita. Achou-se também neste sítio, um armazém de abóbada subterrâneo, de pólvora, enxuto (…)” (AHU, Lisboa) (IRIA, 1966, p. 64).
Esta estrutura sofreu obras de ampliação a partir de 1741, quando passou a contar com seis baterias. Em seu terrapleno distribuíam-se os edifícios do Quartel de Comando, Quartel da Tropa, Corpo da Guarda, Arrecadação, Casa da Pólvora e Cisterna. Ao abrigo das muralhas, distribuíam-se os calabouços, subterrâneos. O conjunto era acessado por um portão monumental, de cantaria (GARRIDO, 1940:56). Encontrava-se guarnecida, à época, por um Capitão e trinta e dois praças, e artilhada com seis peças de diferentes calibres (BARRETTO, 1958, p. 127). Estas obras encontram-se indicadas em plantas posterior, sem data, onde já figura a torre circular que atualmente domina o conjunto (“Fortaleza de N. Sra. dos Remédios. Escala de 200p”. in: Manuscritos do Brasil, nº 43, f. 633. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa).
Um mapa inglês da ilha de Fernando de Noronha (Londres, 1793. apud SECCHIN, 1991, p. 10-11), exibe o Forte dos Remédios junto à primitiva povoação, constituída pela Casa do Governador, a Capela e Quartéis, dominando a enseada e a praia do Cachorro. A sua defesa era complementada pelo Reduto de Nossa Senhora da Conceição de Fernando de Noronha, que lhe era oposto na enseada, e com quem cruzava fogos. Do mesmo período existe também planta, de autoria de José Fernandes Portugal, datada de 1798.
Fonte: Wikipedia.

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