Fortaleza – Casa de Thomaz Pompeu


Imagem: Coepa

A Casa de Thomaz Pompeu tem como missão realizar atividades de capacitação profissional em restauração e conservação do patrimônio cultural material.

COEPA – Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural do Estado do Ceará
Nome atribuído: Casa de Thomaz Pompeu
Localização: Av. Francisco Sá, nº 1801 – Jacarecanga – Fortaleza-CE
Número do Tombamento: Nº 027
Uso Atual: Escola de Artes e Ofícios Thomaz Pompeu Sobrinho

Descrição: A Escola de Artes e Ofícios tem como missão realizar atividades de capacitação profissional em restauração e conservação do patrimônio cultural material, bem como de valorização e recuperação do patrimônio cultural imaterial do Estado do Ceará, ressaltando sua importância e relevo histórico e cultural. Por meio do Instituto de Arte e Cultura do Ceará, com recursos do Fundo de Combate à Pobreza, a Secretaria da Cultura criou este projeto, voltado para formação profissional de jovens identificados com habilidades manuais e residentes em comunidades carentes na capital e interior do Estado.
O programa de capacitação atende jovens de ambos os sexos, entre 18 e 24 anos, residentes em bairros da capital e municípios do interior do estado, com baixo IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, gerando oportunidades de crescimento humano, cultural, econômico e social. Associada à formação profissional, o projeto pedagógico da Escola objetiva fortalecer o sentimento de pertencimento e de reconhecimento do Patrimônio Cultural e Artístico do Estado, através da crescente apropriação por parte dos alunos, dos espaços públicos e referenciais da memória e da cultura cearense, oportunizando possibilidades de visitação a diferentes ambientes da cidade: material, imaterial e paisagístico. A cidade aqui é entendida como espaço público de convivência, decisão e participação cidadã, onde os elementos arquitetônicos e culturais de interesse patrimonial se tornam âncoras dos conhecimentos e habilidades histórica e socialmente construídos.
Fonte: Coepa.

Histórico do município: Capitania dependente, o Ceará teve a sua formação econômica iniciada no século XVII com a pecuária, para fornecer carne e tração à economia açucareira estabelecida na Zona da Mata. E Fortaleza, fundada em 13 de abril de 1726, ficou à margem.

Nessa fase, a cidade primaz era Aracati. Icó, Sobral e Crato também ocupavam o primeiro nível na hierarquia urbana no final do século XVIII. Ao contrário de Aracati, de Icó e de outras vilas setecentistas fundadas nas picadas das boiadas, Fortaleza achava-se longe dos principais sistemas hidrográficos cearenses – as bacias dos rios Jaguaribe e Acaraú – e, portanto, à margem da atividade criatória, ausente dos caminhos por onde a economia fluía no território.

Por todos os setecentos, a vila não despertou grandes interesses do Reino, não tendo desenvolvido qualquer atividade terciária. Mas, em 1799, coincidindo com o declínio da pecuária (a Seca Grande de 1790-1793 liquidou com a atividade), a Capitania tornou-se autônoma, passando a fazer comércio direto com Lisboa, através, preferencialmente, de Fortaleza, que se torna a capital.

De 1808 em diante, com a abertura dos portos, o intercâmbio estendeu-se às nações amigas e, em especial, à Inglaterra, para onde o Ceará fez, em 1809, a primeira exportação direta de algodão.

Como capitania autônoma, o Ceará ingressava então na economia agroexportadora. O viajante inglês Henry Koster, que, exatamente nessa época (1810), visitou Fortaleza, não a enxergava com otimismo: “Não obstante a má impressão geral, pela pobreza do solo em que esta Vila está situada, confesso ter ela boa aparência, embora escassamente possa este ser o estado real dessa terra. A dificuldade de transportes (…), e falta de um porto, as terríveis secas, [todos esses fatores] afastam algumas ousadas esperanças no desenvolvimento da sua prosperidade”.

Em 1822, com o Brasil independente, o Ceará passou a província; no ano seguinte, a vila de Fortaleza foi elevada a cidade, o que robusteceu o seu papel primaz, dentro já da política de centralização do Império. As propriedades agropecuárias da província, a principal riqueza de então, pertenciam a pouco mais de 1% da população livre. Dado que a Lei de Terras, de 1850, só fez contribuir para a concentração fundiária, estavam fincadas então as bases das desigualdades de renda e riqueza que, embora em menor proporção, observam-se até os dias atuais no Ceará e em Fortaleza.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Coepa
Instituto do Ceará
Wikipedia


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