Fortaleza – Casa Natal de José de Alencar


Imagem: Tom Junior

A Casa Natal de José de Alencar, em Fortaleza-CE, foi construída em pedra e cal , com madeiramento primitivo de carnaúba.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Casa natal de José de Alencar
Localização: Av. Washington Soares, nº 6055 – Messejana – Fortaleza-CE
Número do Processo: 649-T-1962
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 376, de 10/08/1964

Descrição: Casa onde nasceu, em 01/05/1829, o escritor e romancista José de Alencar, autor de obras como “Iracema” e “O Tronco do Ipê”. Trata-se de uma pequena casa de três cômodos, construída no século XVIII. A casa foi construída em pedra e cal , com madeiramento primitivo de carnaúba. Possui telhado simples. A construção fazia parte de um conjunto formado de casa-grande e casa de engenho. Em restaurações realizadas, foi feita a troca de parte do madeiramento original por pau d’arco e massaranduba. Próximo à entrada há placa alusiva ao escritor.
Fonte: Iphan.

Histórico do município: Capitania dependente, o Ceará teve a sua formação econômica iniciada no século XVII com a pecuária, para fornecer carne e tração à economia açucareira estabelecida na Zona da Mata. E Fortaleza, fundada em 13 de abril de 1726, ficou à margem.

Nessa fase, a cidade primaz era Aracati. Icó, Sobral e Crato também ocupavam o primeiro nível na hierarquia urbana no final do século XVIII. Ao contrário de Aracati, de Icó e de outras vilas setecentistas fundadas nas picadas das boiadas, Fortaleza achava-se longe dos principais sistemas hidrográficos cearenses – as bacias dos rios Jaguaribe e Acaraú – e, portanto, à margem da atividade criatória, ausente dos caminhos por onde a economia fluía no território.

Por todos os setecentos, a vila não despertou grandes interesses do Reino, não tendo desenvolvido qualquer atividade terciária. Mas, em 1799, coincidindo com o declínio da pecuária (a Seca Grande de 1790-1793 liquidou com a atividade), a Capitania tornou-se autônoma, passando a fazer comércio direto com Lisboa, através, preferencialmente, de Fortaleza, que se torna a capital.

De 1808 em diante, com a abertura dos portos, o intercâmbio estendeu-se às nações amigas e, em especial, à Inglaterra, para onde o Ceará fez, em 1809, a primeira exportação direta de algodão.

Como capitania autônoma, o Ceará ingressava então na economia agroexportadora. O viajante inglês Henry Koster, que, exatamente nessa época (1810), visitou Fortaleza, não a enxergava com otimismo: “Não obstante a má impressão geral, pela pobreza do solo em que esta Vila está situada, confesso ter ela boa aparência, embora escassamente possa este ser o estado real dessa terra. A dificuldade de transportes (…), e falta de um porto, as terríveis secas, [todos esses fatores] afastam algumas ousadas esperanças no desenvolvimento da sua prosperidade”.

Em 1822, com o Brasil independente, o Ceará passou a província; no ano seguinte, a vila de Fortaleza foi elevada a cidade, o que robusteceu o seu papel primaz, dentro já da política de centralização do Império. As propriedades agropecuárias da província, a principal riqueza de então, pertenciam a pouco mais de 1% da população livre. Dado que a Lei de Terras, de 1850, só fez contribuir para a concentração fundiária, estavam fincadas então as bases das desigualdades de renda e riqueza que, embora em menor proporção, observam-se até os dias atuais no Ceará e em Fortaleza.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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