Guaíba – Casa de Gomes Jardim


Imagem: Iphae

A Casa de Gomes Jardim possuía a arquitetura típica das casas de estância do período colonial, conforme dois quadros a óleo do Museu Júlio de Castilhos.

IPHAE – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado
Nome Atribuído: Casa de Gomes Jardim
Localização: R. 14 de outubro, nº 370 e 384 – Guaíba-RS
Número do Processo: 1583-11.00/93.0
Portaria de Tombamento: 31/94
Livro Tombo Histórico: Inscr. Nº 79, de 30/11/1994
Publicação no Diário Oficial: 23/11/1994

Descrição: A Casa de Gomes Jardim possuía a arquitetura típica das casas de estância do período colonial, conforme dois quadros a óleo existentes no Museu Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, que nos dão uma idéia de sua fachada original. Um deles é de autoria do artista italiano Vicente Cervásio, do atelier Calegari, de 1928, e o outro é assinado por Ângela em 1935. Apesar da incerteza na data de sua construção, é certo que ali residiu o líder farrapo Gomes Jardim. Apesar das sucessivas reformas e alterações, o prédio possui elementos remanescentes significativos, na técnica construtiva, no sistema e solução estrutural, na possibilidade de restauração de seus elementos eliminados. As paredes de pedras irregulares e o assentamento em barro são testemunhas de uma época que merece e deve ser preservada como herança do tipo de material utilizado, de como eram assentadas essas pedras, quem realizou essa construção (provavelmente mão de obra escrava), a planta da casa, como eram feitas as fundações, a implantação no terreno, a insolação do prédio. Estes elementos referem-se ao conhecimento, às técnicas e ao saber fazer dos primeiros povoadores da região e do estado.
É certo que o imóvel foi construído como casa de fazenda por Antonio Ferreira Leitão, ainda no século 18. Depois foi passado para sua filha mais nova e o genro José Gomes de Vasconcelos Jardim, que eram os proprietários na época da Revolução Farroupilha. No final do século XIX a casa havia sido dividida em duas, e no século XX sofreu reformas que a alteraram e descaracterizaram sua configuração original de casa de fazenda. As duas economias passaram por reformas independentes, e na época do tombamento, em 1994, a ala esquerda da edificação possuía beiral, com telha cerâmica do tipo francesa; na ala direita (bloco da esquina) o beiral havia sido substituído por platibanda, e as telhas originais por telhas de fibro-cimento. Durante as obras de restauração, ocorridas em 2006 e 2007, a cobertura foi alterada para resgatar a unidade da edificação. A parte interna não foi restaurada.
A primeira imagem da casa é uma fotografia de Virgílio Calegari publicada em 1906 pelo viajante italiano Vittorio Buccelli, depois publicada também pelo Atelier Calegari, em que ela ainda mantém suas características de casa de fazenda, com telhado único, aparecendo o Cipreste Farroupilha em primeiro plano. As pinturas a óleo existentes no Museu Júlio de Castilhos seriam baseadas na mesma foto.
José Gomes de Vasconcellos Jardim teve importante participação nos rumos da Revolução Farroupilha, como primeiro legislador, organizador e Presidente da República Rio-Grandense.
Fonte: IPHAE.

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