Ipatinga – Antigas Casas dos Ferroviários


Imagem: Prefeitura Municipal

As Antigas Casas dos Ferroviários foram tombadas pela Prefeitura Municipal de Ipatinga-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Ipatinga-MG
Nome atribuído: Antigas casas dos Ferroviários
Localização: Av. Londrina, n° 270 e 282 – Centro – Ipatinga-MG
Decreto de Tombamento:Decreto n° 3577/1996

Descrição: A Companhia Vale construiu, na década de 30, um conjunto habitacional de 4 casas para atender aos funcionários da Estação Ferroviária Ipatinga, localizada no centro da cidade. Estas edificações serviram de moradia para os ferroviários da empresa Vale até 1951. Entre estas casas, as de números 270 e 282 foram tombadas pelo Patrimônio Histórico e atualmente são ocupadas por pessoas com atividades profissionais diversificadas.
Fonte: Prefeitura Municipal.

A pré-história do município: Entre os séculos XVI e XVII, entradistas seguiam pela região à procura de ouro e materiais de valor. A descoberta de ouro na região central de Minas Gerais fez com que vilas e povoados crescessem em locais que até então eram habitados apenas pelos índios Botocudos. Pouco tempo depois, a Coroa portuguesa proibiu o povoamento da região do Vale do Rio Doce, para evitar o contrabando de materiais preciosos. Na segunda metade do século XVIII, Antônio Noronha ordenou a construção de uma estrada ao leste da capitania, justificando que havia ouro a ser extraído. A estrada foi concluída pouco tempo depois.
Os primeiros civilizados a chegarem até a região de Ipatinga e o atual Vale do Aço vieram em 1752, de Sant’Ana do Alfié, pela Serra da Vista Alegre. Atravessando o rio Piracicaba, abriram em sua margem esquerda uma posse no lugar depois conhecido por Sítio Velho, nas cercanias da atual Usiminas.
No início do século XX, as principais atividades econômicas eram a agricultura de subsistência e a pecuária. No ano de 1901, com a criação da Estrada de Ferro Vitória-Minas – EFVM, o engenheiro Pedro Nolasco foi contratado para planejar uma estrada margeando o rio Doce, que fosse desde o Porto de Vitória até a cidade de Diamantina. Sete anos mais tarde, um estudo comprova o alto teor de ferro nas jazidas de minério de Itabira. O interesse internacional dos ingleses muda o projeto original da ferrovia, para facilitar o escoamento da produção para o Porto de Vitória, pelo qual seria levada em direção à Europa.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Uma cidade nos trilhos: Com a construção da Estrada de Ferro Vitória-Minas, começaram a vir os primeiros habitantes da primitiva cidade de Ipatinga e da Região Metropolitana do Vale do Aço. Através dos trilhos da estrada de ferro, fixaram-se na região, além dos operários, viajantes de várias partes de Minas Gerais e até de diferentes lugares do Brasil que vieram tentar a sorte na cidade. Em 22 de agosto de 1922, foi inaugurada a Estação Pedra Mole, a primeira da cidade. O primeiro a fixar pouso foi José Fabrício Gomes, explorador de matas, que se apossou de uma área onde hoje está situado o município de Ipatinga, com a intenção de explorar madeira. Pouco tempo depois, as terras foram repassadas a José Cândido de Meire, tendo este aumentado a atividade de extração de madeira. Logo após, Alberto Giovannini transformou o local numa fazenda de gado, tendo construído ainda no terreno uma boa casa e, aproveitando o solo fértil, ocupou-se do cultivo de lavoura, atraindo colonos para o trabalho na fazenda. No ano de 1930, o trajeto da EFVM foi alterado. A Estação de Ipatinga (atualmente Estação Memória) foi construída para substituir a de Pedra Mole, que desabou em virtude da instabilidade do terreno junto a dois cursos hídricos. Suas ruínas ainda restam na beirada do rio Piracicaba, perto da confluência com o rio Doce. Tudo o que resta desta estação – alvo de projetos de revitalização – é uma parede, suas fundações e um poço abandonado na região dos bairros Castelo e Cariru. Ao redor da Estação Ipatinga, o povoado continuou crescendo e se desenvolvendo.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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