Natal – Solar Bela Vista


Imagem: Costa, Amaral

O Solar Bela Vista, em Natal, foi tombado pela Fundação José Augusto por sua importância cultural para o Estado do Rio Grande do Norte.

Governo do Rio Grande do Norte
FJA – Fundação José Augusto
Nome Atribuído: Solar Bela Vista
Localização: Natal-RN
Data de Tombamento: 17/02/1990
Uso Atual: Centro de Cultura e Lazer do SESI

Descrição: Foi o comerciante coronel Aureliano de Medeiros, proprietário da loja “Paris em Natal” e do Solar João Galvão quem mandou construir essa residência, rodeada por jardins, com projeto dele mesmo. Finalizada na primeira década do século XX, nele foram empregados os melhores materiais, muitos vindos da Europa, como os vidros e os gradis de ferro. Diversos objetos de decoração também foram importados, o que revela a riqueza do proprietário e o luxo da edificação. Após o falecimento do coronel, sua viúva foi morar na casa de uma de suas filhas, deixando o solar. Anos depois, o prédio sediou o Tribunal de Justiça e, na década de 1930, passou a funcionar como o Hotel Bela Vista, um dos mais refinados hotéis natalenses da época. Em 1958, foi vendido ao SESI, passando por restauração em 1984 para lá funcionar o Centro de Cultura e Lazer do SESI.
Fonte: Costa, Amaral.

Information – Bela Vista Manor: It was the merchant Colonel Aureliano de Medeiros, owner of the shop “Paris in Natal” and João Galvão Manor who had built this residence surrounded by gardens, designed by himself. Finalized in the first decade of the twentieth century, the best materials were used in it, many from Europe, like glasses and iron railings. Several decorative items were also imported, which reveals the wealth and luxury of the owner of the building. After the death of Colonel, his widow went to live in the house of one of their daughters, leaving the manor. Years later, the building housed the Court of Justice and, in the 1930s, it began operating as the Hotel Bela Vista, one of the finest hotels in Natal at the time. In 1958, it was sold to SESI, undergoing restoration in 1984 for the Center of Culture and Leisure of SESI
Source: Costa, Amaral.

Histórico do município: Tudo começou com as Capitanias Hereditárias quando o Rei de Portugal Dom João III, em 1530, dividiu o Brasil em lotes. As terras que hoje compreendem ao Rio Grande do Norte couberam a João de Barros e Aires da Cunha. A primeira expedição portuguesa aconteceu cinco anos depois com o objetivo de colonizar as terras. Antes disso, os franceses já aportavam por aqui para contrabandear o pau-brasil. E esse foi o principal motivo do fracasso da primeira tentativa de colonização. Os índios potiguares ajudavam os franceses a combater os colonizadores, impedindo, a fixação dos portugueses em terras potiguares.
Passados 62 anos, em 25 de dezembro de 1597, uma nova expedição portuguesa, desta vez comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, chegou para expulsar os franceses e reconquistar a capitania. Como estratégia de defesa, contra o ataque dos índios e dos corsários franceses, doze dias depois os portugueses começam a construir um forte que foi chamado de Fortaleza dos Reis Magos, por ter sido iniciada no dia dos Santos Reis. O forte foi projetado pelo Padre Gaspar de Samperes, o mesmo arquiteto que projetou a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação.
Concluído o forte, logo se formou um povoado que, segundo alguns historiadores, foi chamado de Cidade dos Reis. Depois, Cidade do Natal. O nome da cidade é explicado em duas versões: refere-se ao dia que a esquadra entrou na barra do Potengi ou a data da demarcação do sítio, realizada por Jerônimo de Albuquerque no dia 25 de dezembro de 1599.
Com o domínio holandês, em 1633, a rotina do povoado foi totalmente mudada. Durante 21 anos, o forte passou a se chamar Forte de Kenlen e Natal Nova Amsterdã. Com a saída dos holandeses, a cidade volta à normalidade. Nos primeiros 100 anos de sua existência, Natal apresentou crescimento lento. Porém, no final do século XIX, a cidade já possuía uma população de mais de 16 mil habitantes.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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Costa, Amaral


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