Pelotas – Antiga Residência do Senador Augusto Assumpção


Imagem: Iphae

A Residência do Senador Augusto Assumpção é uma referência direta do processo de estruturação urbana da cidade de Pelotas.

IPHAE – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado
Nome Atribuído: Antiga Residência do Senador Augusto Assumpção
Localização: R. Lobo da Costa,n° 859 / R. Félix da Cunha, n° 570 – Pelotas-RS
Número do Processo: 248-1100/12-8
Portaria de Tombamento: 23/2013
Livro Tombo: Inscr. Nº 121, de 06/12/2013
Publicação no Diário Oficial: 02/04/2013

Descrição: A casa do Senador Augusto Assumpção é uma referência direta do processo de estruturação urbana da cidade de Pelotas. O valor histórico do edifício está diretamente vinculado ao seu proprietário, ligado à vida política e econômica do período de implantação da República no Brasil. A evolução do edifício, que se alterou na medida em que a vida e as condições da família Assumpção também foram alteradas, testemunham a forma de viver local, o apogeu econômico do Estado naquela região, a importação de um padrão europeu de vida e a estreita relação desta com o centro do país e o exterior. O requinte externo e interno do edifício o qualificam como um exemplar arquitetônico digno de proteção legal. A riqueza e a qualidade de acabamento de peças, como esquadrias, revestimentos, forros e escaiolas, qualificaram o espaço residencial original e testemunham o fazer arquitetônico daquele período histórico.
O Sobrado da família Assumpção, segundo depoimentos dos descendentes coletados pela Arq. Ester Gutierrez, foi construído entre 1884 e 1889. Em 1894 foi listado no espólio da Baronesa do Jarau, mãe do Senador Joaquim Assumpção, herdeiro do imóvel. A família ali residiu no período compreendido entre os últimos vinte anos do século XIX até 2005, quando os descendentes venderam a propriedade ao Banco Santander. Atualmente os espaços são ocupados pela Fundação Simon Bolivar e outros departamentos da Universidade Federal de Pelotas.
A casa está localizada na área urbana da cidade, com área construída de 1071,35m², em esquina. Foi construída no alinhamento predial e possui três pavimentos: porão, térreo e segundo pavimento. A planta tem a forma de “U”, tangenciado por uma circulação que dá acesso aos diferentes espaços. Os pisos são em cimento alisado, madeira ou cerâmica, e o forro em madeira e estuque. As alvenarias internas são revestidas com escaiolas imitando mármore.
No térreo ficava a área social e íntima da residência. O acesso principal ao vestíbulo é pela R. Félix da Cunha, e o acesso secundário é feito pela R. Lobo da Costa.
O fachadismo é uma referência marcante da época. As fachadas são simétricas, possuindo frontões adornado com motivos florais. Cada vão é definido por pilastras laterais com capitéis clássicos. O porão alto é marcado por soco ornamentado e óculos elípticos com gradis de ferro. Na fachada oeste, a simetria é quebrada pelo acesso principal no canto e a direita. As fachadas internas são nitidamente caracterizadas como secundárias e não possuem elementos decorativos significativos. A cobertura é em telha de barro do tipo capa-e-canal com estrutura em madeira. O telhado é de quatro águas, acompanhando a planta em “U”. O volume maior corresponde ao corpo principal da residência e o menor aos cômodos do 2° pavimento.
Fonte: IPHAE.

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