Pelotas – Catedral São Francisco de Paula


Imagem: Iphae

A Catedral de Pelotas é um referencial urbano da cidade. No final de 1813 iniciaram-se as obras da igreja, que nesse primeiro momento era apenas uma capela.

IPHAE – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado
Nome Atribuído: Catedral São Francisco de Paula
Localização: Praça José Bonifácio, s/n – Pelotas-RS
Número do Processo: 1672-1100/10-0
Portaria de Tombamento: 036/11/SEDAC
Livro Tombo Histórico: Inscr. Nº 103, de 31/08/2011
Publicação no Diário Oficial: 19/07/2011

Descrição: Localizada em frente à Praça José Bonifácio, com área construída de 2.626,27 m², a Catedral de Pelotas é um referencial urbano da cidade. No final de 1813 iniciaram-se as obras da igreja, que nesse primeiro momento era apenas uma capela. Com a expansão da malha urbana para o sul, foi aprovada a construção de uma nova igreja, em outro local. Em 1845, o imperador Dom Pedro II realizou uma visita à localidade e inaugurou, simbolicamente, os alicerces da futura igreja ao lado da Praça Coronel Pedro Osório, onde jamais foi construída. Devido a divergências a respeito da obra que se concretizaria no local, a antiga igreja foi ampliada, com projeto de Roberto Offer. No início da década de 1850 foi concluída a construção das tribunas, do consistório e das torres sul e norte. Nas décadas seguintes, a capela-mor e o consistório receberam obras de madeiramento, as tribunas foram reformadas, foi construído o retábulo e colocado assoalho na igreja.
Em agosto de 1910, o Papa Pio X assina uma bula papal elevando a Igreja de Pelotas a Catedral. Nas primeiras décadas do século XX esta passou por duas reformas, a primeira sob responsabilidade de Frederico Pedro Sonnesen, entre 1915 e 1919, com pequenas reformas internas e a construção de um anexo de dois pavimentos. Com o crescimento da população surgiu a necessidade de ampliar a edificação, o que ocorreu em 1933, só restando a fachada da antiga igreja. A capacidade da catedral foi ampliada de setecentas pessoas para mil e setecentas pessoas, afastando o altar-mor para os fundos, ocupando o pavimento térreo do salão paroquial com a sacristia, transformando as bases das torres, demolindo as tribunas, dando novo tratamento às fachadas laterais e substituindo as janelas laterais por vitrais.
Ao festejar os 36 anos da diocese, foi começada uma campanha para o reinicio das obras da catedral, e em 1948 iniciaram-se as novas obras de ampliação, coordenados pelo arquiteto Victorio Zani e concluídos em março de 1950, sendo construídos o presbitério, a cúpula, a cripta, o salão paroquial e as sacristias. Nesse mesmo ano foi inaugurada a decoração interna da catedral, realizada pelos artistas italianos Aldo Locatelli, Emilio Sessa e Adolfo Gardoni.
Em 1951, a catedral foi oficialmente concluída, com a instalação do novo altar-mor importado de Bérgamo – terra natal de Locatelli. Desde então, a edificação possui as características arquitetônicas e artísticas que persistem até os dias de hoje.
Internamente, destacam-se as pinturas dos três artistas italianos, indicados pelo Papa João XXIII para a execução da obra, entre as quais a cúpula com pintura representando a apoteose de São Francisco de Paula, de Locatelli. Também devem ser mencionados os altares de mármore italiano, os pisos de ladrilho hidráulico e os vitrais das janelas e das portas internas.
Fonte: IPHAE.

FOTOS:

PANORAMA 360 GRAUS 1
PANORAMA 360 GRAUS 2

MAIS INFORMAÇÕES:
Iphae
Eliane Silva


Comentários

  1. Antonio de Almeida Rodrigues |

    Angelo Roncali só se ternou Papa em 1958, com o título de João XXIII. Logo, se ele recomendou os três pintores que finalizaram os trabalhos em 1959, ele não era Papa e sim cardeal. Não haverá um erro na informação?

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