Porto Alegre – Antiga Usina de Gás


Imagem: Iphae

A Usina de Gás de Hidrogênio Carbonado foi fundada em 1874 para abastecer fogões e a iluminação pública, que passou a ser a gás em 1852.

IPHAE – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado
Nome Atribuído: Antiga Usina de Gás
Localização: R. Washington Luiz, nº 215 – Porto Alegre-RS
Número do Processo: 002061-1100/13-9
Portaria de Tombamento: 078/2013
Livro Tombo: Inscr. Nº 134, de 06/12/2013
Publicação no Diário Oficial: 25/10/2013

Descrição: A Usina de Gás de Hidrogênio Carbonado foi fundada em 1874, constituindo a primeira usina a fornecer gás para iluminação pública e abastecimento de fogões. Inicialmente realizada através de lampiões a óleo, a partir de 1852 a iluminação pública em Porto Alegre passou a utilizar lampiões a gás hidrogênio, até esse sistema não ser mais considerado satisfatório. A Lei provincial de 1867 autorizou a Província a contratar iluminação pública pelo sistema de gás hidrogênio carbonado, produzido em centrais de gás. Segundo Costa Franco, em 03/11/1874 a São Pedro Brazil Gaz acionou seu gasômetro na Praia do Riacho (atual Washington Luís), com quinhentos combustores, trazendo melhorias substanciais em relação aos sistemas anteriores. Até a Primeira Guerra Mundial os serviços de gás foram expandidos, porém a entrada do Brasil na guerra acarretou dificuldades para o bom funcionamento do gasômetro. A partir de 1917 iniciou a substituição dos combustores a gás por lâmpadas elétricas.
Os pavilhões principais passaram por várias reformas e adaptações. Construída antes da realização dos aterros na orla do Guaíba, a usina de gás estava situada às margens do rio, conforme fotos de 1909. A denominação Volta do Gasômetro, atribuída à área próxima, deve-se à existência da Antiga Usina de Gás Carbonado, que foi desativada devido à substituição do gás pela eletricidade. Em 1928 foi inaugurada a nova usina termoelétrica do Gasômetro, produzindo energia elétrica à base de carvão vegetal.
Em 2002, o terreno passou a ser utilizado pelo DEP (Departamento Municipal de Esgotos Pluviais).
As edificações remanescentes da antiga Usina constituem um testemunho da história da iluminação pública na cidade. Além do valor histórico, destaca-se a originalidade das edificações de tipologia industrial, com seus elementos neoclássicos, o valor de permanência, o valor de uso – por permitir novas funções – e o valor de referência para a população.
O conjunto remanescente é constituído de várias edificações, apresentando diferentes estilos arquitetônicos. Os primeiros pavilhões de zinco deram lugar aos pavilhões de alvenaria com tendência neoclássica, em sua maioria, durante o governo do Intendente José Montaury. As edificações apresentam cimalhas, óculos, envazaduras em arco pleno, pilastras. A maior parte das coberturas, de duas águas com beiral, foram substituídas por telhas de fibrocimento. Um dos pavilhões apresenta ainda telhado de zinco, elementos para ventilação e coruchéu.
Os pavilhões foram parcialmente descaracterizados, com aberturas de vãos, alteração de vãos existentes, colocação de novas esquadrias, substituição de telhas. Apesar dessas descaracterizações, as estruturas dos pavilhões encontram-se preservadas, assim como muitos dos elementos decorativos.
Fonte: IPHAE.

FOTOS:

PANORAMA 360 GRAUS

MAIS INFORMAÇÕES:
Iphae


Comentários

  1. Luiz Antonio Maciel Schmitt |

    O verdadeiro gasometro que emprestou
    nome a bairro e, mais tarde, à usina da CEEE era, entre outras instalações, marcada por uma gigantesca e reluzente bola de cobre com uma passarela de trabalho ao seu redor.
    Lembro de caminhar por perto e ficar muito impressionado com o gigantismo e com a cor de cobre daquele “tanque de gás “.
    Seu desaparecimento foi rápido e envolto em nebulosas e abafadas notícias de venda fraudulenta à sucata.
    Naquela época o cobre já era bem caro.
    Não entendo por que sua história e fotos não são devidamente resgatados.

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.