Porto Alegre – Usina do Gasômetro


Imagem: Iphae

A Usina do Gasômetro, em Porto Alegre-RS, foi inaugurada em 11 de novembro de 1928 para gerar energia elétrica à base de carvão mineral.

IPHAE – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado
Nome Atribuído: Usina do Gasômetro
Localização: R. General Salustiano, nº 21 – Porto Alegre-RS
Número do Processo: 00532/83-13.00-SCP
Portaria de Tombamento: 03/83
Livro Tombo Histórico: Inscr. Nº 21, de 31/05/1983
Publicação no Diário Oficial: 19/07/1983

Descrição: Inaugurada em 11 de novembro de 1928, a edificação foi projetada para gerar energia elétrica à base de carvão mineral para o município. Localiza-se junto ao rio, em terreno conquistado ao Guaíba. Contribuiu de forma significativa para a modernização não apenas da cidade de Porto Alegre, mas também do Brasil, quando a industrialização nacional dava os seus primeiros passos. O projeto da construção veio da Inglaterra, assim como todas as máquinas e materiais. Localizada na chamada Praia do Arsenal, na antiga R. Pantaleão Telles – atual Washington Luiz – havia outra edificação desde 1874: a usina conhecida como o Gasômetro, onde era produzido o gás utilizado para a iluminação de R. da cidade. Popularmente, o perímetro entre as ruas Pantaleão e General Salustiano era chamado de “”volta do Gasômetro””, o que explica o prédio da usina elétrica receber esta denominação. Em 1928, a Usina assumiu os serviços de geração, distribuição de eletricidade, produção e distribuição de gás. O carvão mineral era transportado através do Guaíba, das minas de São Jerônimo a Porto Alegre.
O prédio da usina era dividido em três áreas: 1. Sala das caldeiras, no segundo pavimento, onde o carvão chegava por esteiras desde o descarregamento dos navios no cais da Usina. Aquecido nas caldeiras, o carvão transformava-se em energia térmica; 2. Sala das máquinas e geradores, onde a energia térmica era transformada em energia elétrica; 3. Sala dos aparelhos, onde ficavam os transformadores, aparelhos responsáveis pelo sistema de distribuição da energia gerada na Usina.
Durante nove anos a Usina funcionou com duas pequenas chaminés que despejavam fuligem de carvão sobre as casas das redondezas. Para sanar este problema, em 1937 foi construída da nova chaminé, com altura de 117m. A chaminé da Usina tornou-se um ponto de referência arquitetônico e geográfico da cidade.
A usina foi desativada em 1974 e entrou em decadência. A intenção do governo municipal era demolí-la e aproveitar a área como extensão da Av. Perimetral. Através de um movimento de preservação encampado por várias entidades civis, a usina foi salva da demolição. Em 1982, a Eletrobrás cede e transfere ao município de Porto Alegre o uso do terreno. A edificação foi tombada pelo município em 1982 e pelo estado em 1983. Restaurada pelo município a partir de 1988, passou a funcionar como Centro Cultural em 1991. Possui seis pavimentos e 11.300 m² e abriga um cinema, auditórios, salas de exposição, de múltiplos usos e outros.
Fonte: IPHAE.

Prefeitura Municipal de Porto Alegre-RS
COMPAHC – Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural
Nome Atribuído: Usina do Gasômetro e Área do Entorno
Localização: Av. Pres. João Goular, n° 551 e adjacências – Porto Alegre-RS
Resolução de Tombamento: Lei n° 4665/79 Inscrição no Livro do Tombo: n° 24, p. 17 e 70, de 07/01/1982
Descrição: Em 1928, a Cia Energia Elétrica Riograndense (CEERG), subsidiária da multinacional americana Eletric Bond and Share, assume o monopólio do setor de produção e distribuição de energia elétrica e a gás na capital substituindo as usinas Cia Fiat Lux, Cia Força e Luz Porto-Alegrense e a Usina Municipal. Segundo o contrato, a nova Companhia deveria manter em funcionamento aquelas três usinas e construir uma nova termoelétrica, inaugurada em 1928 na Volta do Gasômetro.
Essa nova Usina, produzindo energia de carvão vegetal, trouxe transtornos para os moradores dos arredores, pois suas duas chaminés não impediam que a fuligem caísse sobre as casas. Foi preciso que, em 1937, fosse erguida a chaminé de 107m, hoje famosa por ser um dos referenciais paisagísticos da cidade.
Trata-se de construção com estrutura em concreto armado e fechamento de vãos em alvenaria de tijolos, com aberturas definidas por grandes esquadrias de caixilharia de aço. O edifício era dividido em 3 casas (Casa das Caldeiras, Casa das Máquinas e Casa dos Aparelhos). “A Casa das Caldeiras”, com pé-direito em torno de 20,00 m é constituída por grandes pórticos que sustentam cinco tremonhas.
Neste espaço era distribuído o carvão para o interior das tremonhas que por sua vez distribuíam o combustível aos cinco fornos existentes no térreo, por gravidade.
A “Casa das Máquinas” era um prédio com as mesmas características do anterior, menor, em concreto armado com paredes de vedação em alvenaria de tijolos. Consistia basicamente num piso dividido por blocos de concreto de apoio dos turbos-geradores. Abaixo deste nível existia um conjunto de tanques para arrefecimento dos equipamentos, que se comunicava diretamente com o rio. Acima deste conjunto de fundações, ficava a sala dos turbos-geradores. Este espaço era amplo e sem anteparos, com paredes revestidas de azulejos brancos. Acima, na laje do forro, existia um lanternim com venezianas para aeração natural, onde hoje estão 5º e 6º pavimentos.
Na ” Casa dos Aparelhos”, ficava todo o conjunto de apoio; transformadores de distribuição e a administração e serviços. Cobrindo as Casas das Máquinas/Aparelhos, situa-se um grande terraço com laje impermeabilizada e 780,00 m2 de área. Toda estrutura da fundação deste grande prédio é formada por imensos maciços de concreto, assente sobre rocha granítica no nível 1,50m.
Quanto às fachadas, eram todas revestidas com emboço/reboco do tipo “Sirex” procurando mascarar a estrutura, apresentando elementos de modinatura em estilo neoclássico.
Devido à crise do petróleo, e à falta de condições de atender à demanda de energia, em 1974 a usina é fechada. Anos depois, ela passa por algumas tentativas de demolição, que foram evitadas graças à reação da sociedade civil. A Eletrobrás, transfere para o município em 1982, o uso do terreno. Neste mesmo ano, o governo estadual tomba a chaminé e no ano seguinte o governo municipal faz o mesmo com o prédio. A partir de então, foram realizadas várias intervenções para adaptar a Usina a novos usos.
Em 1989 é estabelecido para ela um novo uso, voltado para a área cultural.
Atualmente a Usina abriga múltiplas atividades culturais, como, por exemplo, a sala de cinema P. F. Gastal, a Galeria Iberê Camargo, o Memorial da Usina e salas para exposições de arte, cursos, palestras, etc. Está prevista a construção da sala de teatro Elis Regina.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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