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O Convento e a Igreja de Santa Teresa, em Rio de Janeiro-RJ, foram tombados por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Convento e Igreja de Santa Teresa
Localização: Ladeira de Santa Teresa, nº 52, Santa Teresa – Rio de Janeiro – RJ
Número do Processo: 34-T-1938
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 62, de 18/06/1938
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.

Descrição: O atual Convento e Igreja de Santa Teresa tem sua origem ligada à ermida levantada por Antônio Gomes do Desterro, para lembrar a fuga da Virgem Maria, Jesus e José do Egito, e ao recolhimento que foi construído por iniciativa das irmãs Jacinta e Francisca, filhas do casal José Rodrigues Aires e Maria Lemos Pereira. Em 1750, Jacinta de São José solicitou ao Rei, a transformação do Recolhimento do Desterro que funcionava desde 1742, como educandário para meninas, fosse transformado em convento de Carmelitas reformadas. A construção do convento foi autorizada pelo bispo do Rio de Janeiro, que ao interpretar a permissão real, considerou-a válida para este Convento de Carmelitas e para aquele da observância da Madre de Deus de Lisboa. Canonicamente, o convento só foi reconhecido em 1780, até então funcionou como Recolhimento. O convento foi feito segundo o risco do Brigadeiro José Fernandes Pinto Alpoim, e contou com o apoio e ajuda financeira do Governador General Gomes Freire de Andrade. Localizado nas faldas do Morro de Santa Teresa, a igreja e o convento constituem um só volume arquitetônico com aspecto severo, tendo a torre-sineira, atarracada, de permeio. A massa branca de cal das alvenarias, contrapõem-se aos elementos de cantaria dos cunhais, das cimalhas e das guarnições dos vãos. A igreja e o convento edificados no período 1750 e 1751 formam um conjunto de linhas austeras. O claustro possui arcadas no térreo e no sobrado, as janelas, de dimensões restritas, marcam o espaço correspondente às celas. No centro em uma das faces do claustro, há uma janela-sacada com bacia de pedra e guarda corpo de ferro. A igreja que sofreu no início deste século profundas reformas no seu interior, quando foi feita a supressão dos coros primitivos, conserva ainda, na portaria, os silhares de azulejos do início dos oitocentos, com temática associada ao Velho Testamento. No interior do convento, totalmente dedicado à clausura, o acervo de alfaias, além de objetos de culto e imaginária de valor artístico possui também retratos de Madre Jacinta de São José e do Conde de Bobadela, cujos autores pertenciam à chamada Escola Fluminense de Pintura e são respectivamente José de Oliveira Rosa e Manuel da Cunha. Acham-se ali enterrados o Conde de Bobadela e o Brigadeiro José Fernandes Pinto Alpoim.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Oliveira; Justiano v1
Oliveira; Justiano v3, p. 73
Governo do Estado
Patrimônio de influência portuguesa
Wikipedia