Sabará – Capela de Santo Antônio do Pompeu


Imagem: Iphan

A Capela de Santo Antônio do Pompeu, em Sabará-MG, foi tombada por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Capela de Santo Antônio do Pompeu
Localização: Distrito de Pompeu – Sabará – MG
Número do Processo: 547-T-1956
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 445, de 08/09/1958
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.

Descrição: A localidade de Pompeu é uma das mais antigas da área sabarense, tendo suas minas pertencido ou ao paulista Padre Guilherme Pompeu de Almeida, falecido em 1713, ou ao sertanista José Pompeu. Desconhece-se, entretanto, documentação referente à construção da capela, sabendo-se que a mesma já existia em 1731, conforme indica registro de batizado ali realizado naquele ano. Ignora-se ainda a autoria da ornamentação da capela, que deve ter ocorrido em princípios do século XVIII, uma vez que seu único altar possui talha característica da primeira fase do barroco em Minas. Este, em alguns aspectos assemelha-se ao da igrejinha do Ó e, em outros, aos primeiros altares laterais da matriz da Conceição. Visitando-a em 1898, Diogo de Vasconcelos encontrou a capela em mau estado de conservação, mas chamou-lhe a atenção a pintura em quadros das paredes e teto, as antigas imagens do altar e as pias de batismo e de água-benta, em belo trabalho de madeira esculpida.
A capela de Santo Antônio apresenta planta em duas secções retangulares, sendo a primeira correspondente à nave e a segunda, transversal, à capela-mor. Lateralmente à esta, encontram-se as sacristias. Possui cobertura de telhas curvas, em duas águas e beirais em cachorros. O adro é cercado em muro de pedra, com cemitério e sineira em suporte de madeira. A fachada é composta por porta almofadada, duas janelas à altura do coro, uma delas com pequeno sino, enquadramento dos vãos em madeira, e pequeno óculo sob o ângulo da cumeeira.
Internamente a nave é bastante despojada, com púlpito e coro rústicos de madeira, este, com balaústre torneado. O forro é em esteira caiada e o arco-cruzeiro em madeira esculpida com anjos e motivos florais, destituído, entretanto, de policromia e douramento. A riqueza da ornamentação é reservada à capela-mor, cujo retábulo se sobressai, não só pela riqueza dos elementos decorativos, como também pela policromia em dourado, azul e vermelho. O estilo do retábulo remonta à primeira fase do barroco em Minas Gerais, mas já apresentando sinais de evolução. É constituído por colunas torsas e arquivoltas concêntricas, centrado por belo medalhão, ostentando na decoração pelicanos, folhas de parreira e cachos de uvas, e figuras de anjos em relevo.
O trono do padroeiro se destaca por seu vulto e intensa policromia. Sylvio de Vasconcelos observa a influência orientalizante, particularmente na pintura da talha e na feição dos anjos. A igreja mostra ainda nos caixotões emoldurados do teto e nos painéis das paredes laterais, pinturas de forma primitiva, , alusivas à vida de Santo Antônio. Apresentam ainda interesse um artístico lavabo de uma das sacristias e algumas peças de imaginária.
Texto extraído de: Barroco 8.
Fonte: Iphan.

Descrição: Foi erguida no antigo arraial, fundado por Antonio do Pompéu, antes de 1731. Possui altar-mor da primeira fase do Barroco Mineiro, semelhante ao da Capela do Ó e a alguns dos altares laterais da igreja da Matriz, residindo aí o grande contraste com a simplicidade. O adro é cercado por um muro baixo de pedra e contém em sua parte externa, o cemitério e sineira com suporte de madeira. A capela-mor tem o forro em painéis, com pinturas relativas aos milagres de Santo Antônio, nos anos de 1227. A visitação deve ser agendada.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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