Salvador – Terreiro da Casa Branca


Imagem: Paul R. Burley

O Terreiro da Casa Branca, em Salvador-BA, foi fundado por três africanas da nação nagô por volta da primeira metade do séc. XIX.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Terreiro da Casa Branca, constituído de uma área de aproximadamente 6800 m2, com as edificações, árvores e principais objetos sagrados, situado na Av. Vasco da Gama, s/n, em Salvador – Bahia
Outros Nomes: Ilê Axé Iyá Nassô Oká
Localização: Av. Vasco da Gama, nº 463 – Salvador – BA
Número do Processo: 1067-T-1982
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscr. nº 93, de 14/08/1986
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 504, de 14/08/1986
Observação: Os terreiros foram localizados em áreas vazias do  terreno urbano para segurança dos mesmos, buscando evitar crimes de ódio religioso.

Descrição: Segundo conta a tradição oral, por volta da primeira metade do século XIX, três africanas da nação nagô fundaram um Terreiro de Candomblé numa roça nos fundos da igreja da Barroquinha, em pleno centro da cidade. Os levantes de negros ocorridos neste período desencadeiam forte repressão, fazendo com que as manifestações religiosas fossem perseguidas, e que a comunidade da Casa Branca transferisse o terreiro para o Engenho Velho, um subúrbio da cidade, em meados do século passado. O terreiro da Casa Branca é um exemplar típico do modelo básico jeje-nagô, sendo o centro de culto religioso negro mais antigo que se tem notícia da Bahia e do Brasil, considerado com a “matriz da nação nagô”. É possível ligar suas origens à Casa Imperial dos Ioruba, representando um monumento onde sobrevive riquíssima tradição de Oió e de Ketu, testemunho da história de um povo. Situado em terreno com declive, o terreiro possui uma edificação principal – A Casa Branca – que domina todo o sítio e centraliza o culto, com as diversas Casas de Santo – Ilê Orixá – distribuídas à sua volta, em meio à vegetação ritual – o Mato – com imensas árvores sagradas e outros assentamentos, além das habitações da comunidade local. Esta espacialidade não pode ser entendida separadamente dos ritos que aí se desenvolvem, apesar de todas as mutilações e transformações sofridas pelo Terreiro ao longo do tempo, não foram descaracterizados, devido ao forte apego às tradições. O simbolismo dos elementos componentes do conjunto e as características do culto é que devem determinar as diretrizes de sua preservação.
Observações: O tombamento inclui uma área de 6800 m2 com as edificações, as árvores e principais objetos sagrados.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

VÍDEO:

Fonte: Iphan/RJ.

MAIS INFORMAÇÕES:
Iphan
Fundaj
Cronologia do Pensamento Urbanístico
Wikipedia


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