Santana do Paraíso – Casarão do Ipaba


O Casarão do Ipaba foi tombado pela Prefeitura Municipal de Santana do Paraíso-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Santana do Paraíso-MG
Nome atribuído: Casarão do Ipaba
Localização: Bairro Ipaba – Santana do Paraíso-MG
Decreto de Tombamento: Decreto nº 62/99, de 24 de abril de 1999

Descrição: O antigo casarão de Ipaba é dos bens históricos mais emblemáticos. Localizado na rua Jair Mafra, anexo à Escola Municipal Maria Ivone Damasceno e à Escola Estadual José Rosa Damasceno, o imóvel ocupa uma posição privilegiada, um platô de onde se avista o rio Doce e a cidade, do outro lado da ferrovia e do rio.
O chamado “Casarão de Ipaba” demarca o importante ciclo da ferrovia no município e sempre foi uma referência para os moradores – antigos e atuais. O local já foi pousada de ferroviários, escola e posto de saúde, antes e ser anexado à Escola José Rosa Damasceno. O casarão é a principal referência ao início do povoamento do município, que, com a privatização da antiga Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), teve demolidas as ruínas de sua antiga estação e de algumas casas à margem da ferrovia.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: No reinado de Dom João VI, a atual cidade de Santana do Paraíso era uma região inóspita, que foi entregue às autoridades portuguesas como parte do projeto de “civilização” dos nativos Nack-ne-nuck, índios bravios descendentes dos Aimorés, do grupo Tapuia e do tronco linguístico Macro-Jê.
Em 1809, Dom João VI determinou a ocupação dessa região por tropas nacionais e, na divisão, as terras do município passaram a pertencer à 1ª Divisão Militar do Rio Doce. Essa Região Militar foi entregue a Antônio Rodrigues Taborda, que comandava ações de ocupação de terra e combatia a resistência dos índios, apelidados de “botocudos” devido aos ornamentos que utilizavam, principalmente nos lábios.
A administração das Regiões Militares, porém, revelou-se um grande fracasso. Conforme o historiador Osvaldo Aredes Louzada Filho, a maior dificuldade na época era encontrar homens para adentrar a densa mata, enfrentar os índios e a febre, o que fez com que o rei de Portugal reestruturasse as Divisões Militares, nomeando o francês Guido Marliére como administrador geral do Rio Doce, a partir de 1819.
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No final do século XIX, o local onde se construiu a cidade não passava de um ponto de tropeiros que faziam a rota ligando a região do Calado, atual Coronel Fabriciano, ao município de Ferros. As tropas, vindas geralmente de Antônio Dias, passavam pelo Calado e por Barra Alegre (atual distrito de Ipatinga), e, para seguir até o Achado, tinham que passar pelo então povoado de Taquaraçu, subindo a Serra do Chico Lucas e seguindo viagem em direção a Ferros.
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A “Fazenda da Cachoeira do Engenho” teria sido o primeiro centro comercial de Santana do Paraíso, com moinho e máquinas de limpar café e arroz. Logo surgiram outros armazéns de cereais e novos moradores começavam a chegar, motivados principalmente pela beleza do lugar e pela fartura da caça e da pesca.
O primeiro nome da cidade, Taquaraçu, homenageava um tipo de vegetação muito comum, e que significa “grande bambu”. O território do atual município pertenceu antes à Itabira do Mato Dentro, e foi elevado a distrito em 1892.
No início do Século XX, com a chegada da Estrada de Ferro Vitória Minas, a região passou a experimentar um grande crescimento demográfico, com o aumento considerável de fazendeiros e de produtores rurais que sonhavam escoar a produção agrícola pelo caminho de ferro em direção a Itabira e a Figueira do Rio Doce (atual Governador Valadares).
A linha férrea passava pelo “Porto do Sal”, atual bairro de Ipaba do Paraíso, que se transformou num grande entreposto comercial no final do século XIX. Nessa época, em vez dos tropeiros, destacavam-se os boteiros, responsáveis pelo transporte de mercadorias, que atendiam, ainda, todo o extenso município de Caratinga.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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