São Gonçalo do Amarante – Capela de Utinga


Imagem: Prefeitura Municipal

A Capela de Utinga, em São Gonçalo do Amarante, foi tombada pela Fundação José Augusto por sua importância cultural para o Estado do Rio Grande do Norte.

Governo do Rio Grande do Norte
FJA – Fundação José Augusto
Nome Atribuído: Capela de Utinga
Localização: São Gonçalo do Amarante-RN
Data de Tombamento: 30/08/1989

Descrição: Utinga representa uma das povoações mais antigas de São Gonçalo do Amarante, servindo de rota para a exploração holandesa no início do século XVII. Apontamentos históricos de 1638 já registravam “Itinga” (que no dialeto tupi-guarani significa água branca) informando existir ali um engenho e uma capela. Possivelmente, a atual capela tenha sido construída no mesmo local da anterior, já existente na época do domínio holandês.
A atual capela foi erguida por volta de 1730, segundo documentos oficiais, e é dedicada à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. No frontispício da capela aparece o ano de 1787 e representa, provavelmente, a época em que o templo sofreu alguma reforma. A capela de Utinga e duas residências próximas apresentam características arquitetônicas do século XVII, o que comprova o período em que ambas foram construídas.
A capela serviu como rota para a ocupação holandesa no século XVII e desde 1989 é tombada pela Fundação José Augusto. Provavelmente, a estrada mais antiga do Estado, que ligava Baía da Traição, na Paraíba, até Natal, passava pela capela de Utinga. Atualmente, nesta antiga estrada, localiza-se uma porção significativa da atual BR-101, RN-160 e SGA-286. Outro fato importante registrado é que na localidade de Utinga e na sede de São Gonçalo registrou-se antes mesmo de 13 de maio de 1888, a abolição de escravos.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: A história de São Gonçalo do Amarante-RN começa no início do século XVII, a partir do surgimento de um pequeno povoado situado nas proximidades do rio Potengi. Segundo registros da história, o Engenho Potengi pertencia a Estevão Machado de Miranda, cuja família, bem como os habitantes dos arredores por manterem uma postura firme aos ataques dos holandeses, foram vítimas de um massacre imposto pelos holandeses, que ao chegarem à localidade quiseram impor o domínio militar, cultural e religioso. Os habitantes não aceitaram as imposições dos invasores e a tragédia que vitimou toda uma comunidade indefesa entrou para a história como o Massacre de Uruaçu. Entrou também como momento ímpar de resistência, de fé e de defesa dos princípios de liberdade.
No ano de 1698, os holandeses afastaram-se do povoado e começaram a chegar os primeiros grupos de pioneiros exploradores, vindos de Pernambuco. Entre eles, os portugueses Ambrósio Miguel de Sirinhaém e Pascoal Gomes de Lima, que chegaram ao povoado no ano de 1710, instalaram suas famílias nas proximidades do rio Potengi, na vizinhança do antigo e histórico Engenho Potengi que deu início a organização do novo povoamento. Foram esses portugueses que construíram dois sobrados e uma capela em homenagem a São Gonçalo do Amarante, com a imagem do santo padroeiro esculpida em pedra e colocada imponentemente no altar, consolidando o povoado de São Gonçalo do Amarante.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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