Serra – Ruínas da Igreja de São José de Queimados


Imagem: SeCult-ES

As Ruínas da Igreja de São José de Queimados foram palco da maior revolta de escravos no estado do Espírito Santo.

SECULT – Secretaria da Cultura do Estado do Espírito Santo
Nome atribuído: Ruínas da Igreja de São José de Queimados
Localização: Serra-ES
Tipo de bem: Bem tombado.
Resolução de Tombamento: Resolução nº 4/1992
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 183, folhas 30 v e 31
Descrição: As ruínas de queimados são um importante marco histórico no estado, já que foi o palco da maior revolta de escravos no estado do Espírito Santo.
Fonte: Secult-ES.

Descrição: Em março de 1849, São José do Queimado foi palco de uma Inssurreição (as classes dominantes usavam esse nome para se referir à Revolta) que foi uma das maiores rebeliões a favor da libertação, ou seja, da alforria dos negros escravizados na província do Espírito Santo, e uma das maiores na época em que ocorreu, ou seja, no Período Imperial do Brasil.
Por muitos anos a população branca e rica da cidade de Serra e do Espírito Santo tentaram, de certa forma, diminuir a importância do fato histórico ocorrido no distrito de São josé do Queimado, menosprezando a luta dos negros pela liberdade. Naquela localidade sempre ocorreu fugas de escravos, porém, a Insurreição do Queimado foi uma revolta que durou até Elisiário, um dos líderes do Movimento, ter sido preso cinco dias depois do início da Insurreição, no dia 23 de março. Cerca de trezentos negros participaram do levante; eles iam de fazenda em fazenda clamando a todos os escravos o apoio ao movimento. O padre Gregório de Bene,foi o maior interessado na construção da igreja, o autor dos boatos que, como recompensa pela ajuda durante os horários de folga, os negros escravizados ganhariam a liberdade, a ser concedida no do da inauguração. Nesse dia, os negros revoltados porque a tal liberdade não era declarada, começaram um protesto. Os senhores, temerosos das consequências, chamaram tropas militares, que investiram contra os protestantes para dispersá los, ferindo uns e matando outros. Houve reação e a luta tomou características de verdadeira guerra.
O historiador Wilson Lopes de Resende, em obra de 1949, com o título “A Insurreição de 1849 na Província do Espírito Santo”, tece elogios ao Frei Gregório. Diz o historiador que o frade foi um desses heróicos missionários catequistas que sempre foram contra a escravidão. Em razão de sua participação a favor dos escravos, Padre Gregório foi preso pela força policial no dia 20 de março e depois foi expulso do Espírito Santo.
No dia 7 de dezembro de 1849, após serem presos pela força policial, cinco presos conseguiram fugir da prisão. Como lá não foi encontrado sinal de arrombamento, a fuga foi atribuída a um milagre de Nossa Senhora da Penha. Os negros fugiram para as mata do Mestre Álvaro e do Mochuara e alguns chegaram a construir um quilombo na região de Cariacica. Numa clara alusão ao herói Zumbi dos Palmares, Elisiário tornou-se uma lenda, sendo cognominado o Zumbi da Serra.
Fonte: Wikipedia.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Secult-ES
Wikipedia


2 comments

  1. Maria do Carmo Balduíno |

    O Conegro está atento as reformas estruturais,para preservarvnossa história

  2. José Maria Del-Fiume de Oliveira |

    Visualizei numa galeria de fotos do agrônomo e fotógrafo alemão Albert Richard Dietze [1838-1906] sobre a colonização do ES por imigrantes, uma foto que tem referência a São José do Queimado, apresentado uma pequena vila com uma igreja ao fundo que evoca a fachada da igreja de São José de Queimados. Pergunto, seriam as mesmas? A igreja em ruínas é a única construção naquela localização? Não houve interesse em levantar outras ruínas de construções da antiga vila? Vide em

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