Lavras – Praça Dr. Augusto Silva


A Praça Dr. Augusto Silva foi tombada pela Prefeitura Municipal de Lavras-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Lavras-MG
Nome atribuído: Praça Dr. Augusto Silva e Leonardo Venerando Pereira (1,1ha)
Localização: Praça Dr. Augusto e Leonardo Venerando Pereira – Centro – Lavras-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 6671/2006

Descrição: Entre 1754 e 1908 a área onde se localiza a Praça Dr. Augusto Silva era chamada de Largo de Sant’Ana. Por volta de 1800 algumas casas começaram a ser edificadas em seu interior, ao que resultou em uma disputa entre os potentados da época, resultando na demolição das ditas casas por Mateus Luís Garcia (1764-1824), um dos fundadores de Nepomuceno.
Em 1853 o dr. José Jorge da Silva (1810-1880) plantou as primeiras árvores casuarinas ao redor da praça. Ele era o pai do dr. Augusto Silva (1845-1905), ilustre médico lavrense que foi honrado com o nome da praça. O Jardim Municipal foi inaugurado em 1908, e tem como árvore mais famosa a tipuana, plantada por Bernardino Maceira (1863-1948).
Em 1940 a praça foi desmembrada, sendo seu prolongamento sul batizado como Praça da Bandeira, que desde 1994 é chamada Praça Leonardo Venerando. O conjunto da praça possui várias estruturas interessantes, como o caramanchão, de 1915, que consiste de oito colunas dóricas que servem de suporte a espécies vegetais tais como trepadeiras. Há também cinco hermas, pilares de pedras encimados pelo busto de personalidades da terra. Outros símbolos importantes existentes nas praças são o monumento Honra e Glória aos lavrenses mortos em combate na II Guerra Mundial, próximo ao chafariz; o monumento à Lei de Deus, próximo ao coreto; e o obelisco do marco geográfico, instalado em 20 de julho de 1944 e dedicado à mocidade lavrense.
O complexo Praça Dr. Augusto Silva e Praça Leonardo Venerando foi tombado como patrimônio cultural de Lavras em 2006.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Francisco Bueno da Fonseca (c. 1670-1752), líder de uma revolta contra um desembargador português em São Paulo em 1712, veio, junto de seus filhos e outros sertanistas, a se estabelecer na região dos rio Capivari e rio Grande abaixo pelos anos de 1720 ou 1721. Estes primeiros habitantes eram paulistas da vila de Santana do Parnaíba, e poucos anos depois de sua chegada, fundariam o arraial dos Campos de Sant’Ana das Lavras do Funil, em 1729. Nesta região, a família de Bueno da Fonseca estava empenhada na busca do ouro e também na abertura de novos caminhos até às Minas dos Goiases. Em 1737 os exploradores receberiam do governador Martinho de Mendonça uma carta de sesmaria confirmando a ocupação da terra, que se despontava na agricultura e pecuária.
Em 18 de junho de 1759, Bartolomeu Bueno do Prado, neto do famoso Anhanguera e genro de Francisco Bueno da Fonseca, partiu do povoado à frente de sua tropa de quatrocentos homens, convocados de toda a capitania, para desbaratar a confederação quilombola do Campo Grande. A influência dos capitães-mores da família Bueno da Fonseca contribuiu para o rápido desenvolvimento do povoado: em 1760 este já possuía mil habitantes, o dobro de Carrancas, o que determinou a transferência da sede paroquial para a localidade mais populosa. Em 1813 o arraial fora elevado à categoria de freguesia, quando do desmembramento de Carrancas. Possuía então 6 capelas curadas e 10.612 almas.
Já na época do Império, a freguesia obteve sua emancipação política e administrativa passando à condição de vila, em 1831, e cidade, em 1868, quando houve alteração na toponímica municipal de “Lavras do Funil” para “Lavras”. Um dos acontecimentos mais marcantes deste período foi a participação de Lavras na Revolução Liberal de 1842. Por pouco mais de um mês, entre 14 de junho e 22 de julho daquele ano, liberais e conservadores mantiveram seus respectivos quartéis no largo da Matriz de Sant’Ana, atual Praça Dr. Augusto Silva. Os liberais derrotados se refugiaram ou foram presos, sendo posteriormente anistiados pelo governo imperial.
O final do Século XIX e início do Século XX foi um momento de rápido desenvolvimento em Lavras, a começar pelas novas ligações fluviais e ferroviárias criadas. Em 18 de dezembro de 1880 foi inaugurada a navegação fluvial de 208 km entre os portos de Ribeirão Vermelho (município de Lavras) e de Capetinga (município de Piumhi), feita pelo barco a vapor “Dr. Jorge”. Em 14 de abril de 1888 a Estrada de Ferro Oeste de Minas era inaugurada a primeira estação em Ribeirão Vermelho, e em 1.º de abril de 1895 inaugurava-se a estação na cidade de Lavras. Mais tarde, em 1911, seria criado uma linha de bondes, sendo Lavras uma das poucas cidades do interior do Brasil a possuir esse sistema de transporte.
Fonte: Prefeitura Municipal.

CONJUNTO:
Lavras – Praça Dr. Augusto Silva
Lavras – Praça Leonardo Venerando Pereira

MAIS INFORMAÇÕES:
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