Juiz de Fora – Antiga Delegacia e Cadeia Pública


Imagem: Google Street View

A Antiga Delegacia e Cadeia Pública, à R. Batista de Oliveira, nº 377, foi tombada pela Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG
Nome atribuído: Imóvel localizado à rua Batista de Oliveira, nº 377 (volumetria e fachada voltada para a rua Batista de Oliveira)
Outros Nomes: Antiga Delegacia e Cadeia Pública, Atual Conservatório Estadual de Música Haidée França Americano
Localização: R. Batista de Oliveira, nº 377 – Juiz de Fora-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 6910/2000

Descrição: Esta edificação é um exemplar de construção em estilo art déco, localizado na rua Batista de Oliveira, 377, no Centro da cidade. Foi projetado pelo engenheiro Lourenço Baeta Neves e construído em 1928.
Na década de 1930 7ª Delegacia Regional de Segurança Pública (DRSP) passou a funcionar nas instalações deste imóvel. Em que parte do período dividiu o espaço com a brigada do Corpo de Bombeiros. Em 1982 a delegacia foi transferida para novo endereço no bairro Santa Terezinha.
Além disso, neste local, já funcionou a cadeia da cidade e Casa do Albergado. Ainda restam marcas deste tempo no edifício. No segundo andar, o piso originalmente composto por ladrilho hidráulico, foi mantido, assim como boa parte da estrutura física. Durante a reforma, que iniciou em 1998, era possível encontrar escritos dos antigos presos nas paredes. Frases como “Além do nosso cotidiano existe outro mundo… esperando ser explorado?” e “Nem tudo aquilo que se vê pode ser explicado” dão ao local sua importância histórica para a cidade.
Em 2001, o Conservatório de Música Haidée França Americano conquistou sua sede própria, e foi transferido do local onde funcionava na Rua Santo Antônio para este imóvel.
O imóvel foi tombado pelo Decreto N.º 6910 – de 29 de novembro de 2000 não somente pelo seu “valor histórico e cultural que envolve o bem e ser o imóvel testemunho” e “registro dos caminhos trilhados pela segurança pública de nossa cidade”.
Fonte: UFJF.

Descrição: Um outro prédio, o número 377, foge um pouco da lógica do local. Por ser um imóvel do Estado, onde hoje funciona o Alberque, ele é um indicativo da política pública empreendida pelo governo de Antônio Carlos e um belo exemplo das preocupações urbanas voltadas para a questão da segurança. Com projeto de Lourenço Baeta Neves e construção da Cia. Pantaleone Arcuri, o prédio foi inaugurado em 1928, com a presença do presidente da Câmara Municipal, senador Luiz Barbosa Gonçalves Pena e de outras autoridades.

O edifício das Repartições Policiais abrigou a estação radiotelegráfica da Polícia local. Na ocasião foram trocadas várias mensagens entre Juiz de Fora e Belo Horizonte.

Um dado importante a ressaltar é a dificuldade do município em estabelecer um prédio definitivo para a cadeia. Em 1871, a lei provincial número 1816 autorizava a construção de uma nova cadeia. No local foi construído, seis anos depois, o Fórum. Em 1881, novamente, a Câmara Municipal adquiria um terreno para a construção da cadeia. Desta vez na esquina da rua do Imperador com a rua Espírito Santo. No mesmo ano da inauguração do prédio da Batista de Oliveira, 1928, a Câmara iniciou a construção de uma cadeia de transição, local onde instalou-se o Instituto de Laticínio Cândido Tostes. Essa providência foi importante porque o presídio e as Delegacias vinham funcionando num prédio alugado, no Largo do Riachuelo, uma vez que a cadeia construída na esquina
da Espírito Santo estava sendo demolida para a construção da Escola Normal Oficial, do mesmo projetista.

O imóvel em dois pavimentos está implantado no limite do terreno, aproveitando toda a testada junto à via pública e as divisas laterais. A composição da fachada apresenta-se, num primeiro momento, interessante. Em análise mais apurada verifica-se uma arquitetura bastante singela e com poucos elementos significantes do estilo, talvez pela função originária da construção, nesta via pública.
Fonte: Genovez, Leite, Gawryszewski, Fraga.

Histórico do município: Juiz de Fora nasce de uma estrada batizada “Caminho Novo”, construída pela Coroa Portuguesa para facilitar o escoamento do ouro até o porto do Rio de Janeiro. Da ocupação da região surgiu o povoado Santo Antônio do Juiz de Fora, mais tarde elevado à categoria de cidade, com o nome Juiz de Fora.
Aqui despontou a primeira hidrelétrica de grande porte da América do Sul, a Usina de Marmelos Zero, tornando a cidade conhecida como “Farol de Minas”. Mais tarde, seu forte desenvolvimento no setor industrial fez da “Manchester Mineira” a cidade mais importante do estado.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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Genovez, Leite, Gawryszewski, Fraga
Prefeitura Municipal


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