Salvador – Convento e Igreja de Nossa Senhora do Carmo


Imagem: gaf.arq

O Convento e a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Salvador-BA, foi tombado por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Convento e Igreja de Nossa Senhora do Carmo
Localização:
Salvador-BA
Número do Processo: 90-T-1938
Livro do Tombo Belas Artes: Inscrito em 05/1938
Livro do Tombo Histórico: Inscrito em 05/1938

Descrição: Em Salvador, no lugar onde hoje encontra-se o convento, havia um antigo arraial denominado “Monte Calvário”. Ali havia uma capela dedicada a Nossa Senhora da Piedade, que foi doada aos monges carmelitas. A fundação desta igreja e convento anexo data de aproximadamente 1586. Foram seus fundadores os carmelitas portugueses Frei Damião Cordeiro, Frei Alberto de Santa Maria, Frei Bento da Visitação e Frei Belchior do Espírito Santo.
Uma nota de interesse é que nesse convento residiu o Frei Eusébio de Matos, ou Eusébio da Soledade (irmão do poeta Gregório de Matos e discípulo do Pe. Antônio Vieira). Os púlpitos nos quais ele proferia seus sermões ainda permanecem na igreja.
Mas o principal acontecimento histórico relacionado com o Convento do Carmo se deu quando Salvador foi invadida por tropas holandesas, no ano de 1624 – quando o prédio foi transformado em quartel-general das tropas luso-hispano-brasileiras. A cidade possuía uma grande rede de defesas, nas quais haviam várias ‘portas’ fortificadas. E o epicentro da resistência se deu justamente nas ‘Portas do Carmo‘. Após vários meses de cerco, foram vencidos os invasores, e a rendição foi assinada na sala que é a atual sacristia da igreja. O convento do Carmo passou a ser então uma referência na defesa da cidade.
A assinatura da rendição holandesa aconteceu em 30 de abril de 1625, quando foi convocado o conselho de guerra pelo Marquês de Villanueva de Caldueza, Dom Fradique (ou Fadrique) de Toledo Osório, general das forças libertadoras, acompanhado do mestre-de-campo Diogo Ruiz, e do napolitano Giovanni Vicenzo de Sanfelice, Conde de Bagnuolli. Compareceram também os comissários holandeses para apresentar sua capitulação e entrega da cidade da Bahia, assinando, em seguida, a ata de rendição.
Após esse período turbulento, o templo carmelita foi sendo constantemente modificado e melhorado, recebendo altares em estilo neoclássico, em madeira revestida de ouro. A mesa do altar principal é feita de prata, e a sacristia é uma das mais bonitas do país.
Fonte: Patrimônio Espiritual.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Patrimônio Espiritual
Wikipedia


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