Antonina – Fonte da Carioca


Imagem: Prefeitura Municipal

A Fonte da Carioca, em Antonina-PR, servia à população na pedreira onde se descia pela ladeira da Fonte, bem próxima ao quartel do Tiro de Guerra 186.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Fonte da Carioca
Localização: Largo da Carioca (R. Coronel João Gualberto, esquina com R. Padre Pinto) – Antonina-PR
Número do Processo: 22/69
Livro do Tombo: Inscr. Nº 22-II, de 23/04/1969

Descrição: A fonte que servia à população era a existente na pedreira, onde se descia pela ladeira da Fonte, bem próxima ao quartel do Tiro de Guerra 186.
Segundo consta no volume 1 página 373 do livro Memória Histórica de Paranaguá e seu Município, de Antonio Vieira dos Santos: “Em 2 de fevereiro de 1765, a Câmara mandou por em praça (sic.) (concorrência pública) A Obra da Fonte a qual foi arrematada por Mathias Gomes da Silva pela quantia de R$ 78.000 para fazer as paredes de cantaria para reparação dos lados que havia de passar por Cima do nível d’água, e todas as mais obras d’albanária, com uma bica de pedra coberta de lages largas e grossas tendo uma porta para que sendo preciso limpar-se esta seria de cantaria com meio fio, para ajustar a porta, com seu betume, e os dois olhos de água que se achavam desencaminhados se deveria manter dentro da mesma fonte ficando uma escada superior do assento para todos os lados”.
Devido à parca documentação, 1765 é a data que se dispõe sobre as melhorias da Fonte da Carioca, mas a existência desta fonte natural certamente influenciou décadas antes à demarcação da área onde a cidade deveria ser construída. O uso de suas águas dataria do início da ocupação de Antonina no final do século XVII e início do XVIII possibilitando o assentamento dos colonizadores europeus.
Fonte: CPC.

Descrição: Desconhece-se qualquer documentação a respeito da Fonte da Carioca, tal como ela hoje se apresenta, isto é, quando e por quem foram realizadas as obras de canalização e aproveitamento do manancial hídrico para fins de abastecimento da população, uma vez que sua existência é mencionada desde a primeira concessão de sesmarias, outorgada no ano de 1646 por Gabriel de Lara a Pedro de Uzeda, Manoel Duarte e Antônio de Leão, tidos como os iniciadores do povoamento das terras do litoral que hoje correspondem ao município de Antonina. Antônio Vieira dos Santos, em sua Memórias Históricas de Paranaguá, sobre ela tece comentário, dizendo ser “a fonte que vindo da pedreira servia à população da Vila”.
Atualmente, três bocas (torneiras) deitam água em tanque de forma quadrangular fechado em uma das extremidades por empena afetando forma barroca, arrematada por curvas e contracurvas, sobre a qual, no interior, de formato losangular, avultam as armas do Império, executadas em massa. (Havia, anteriormente, lajota de cerâmica, hoje pertencente a acervo particular, com data de 9 de novembro de 1865 nela incisa e que devia referir-se à conclusão de alguma obra então realizada na fonte). A empena é ornamentada por quatro coruchéus de inspiração oriental.
Da Fonte da Carioca existe excelente registro na forma de óleo sobre tela medindo 54 x 73 cm, pertencente ao acervo do Museu Nacional de Belas-Artes e executado pela artista Djanira da Motta e Silva no ano de 1973. (A propósito da incidência de “fontes”, ao longo da baía de Paranaguá, ver verbete “Fonte Velha”, cidade de Paranaguá).
Fonte: Espirais do Tempo.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
CPC
Espirais do Tempo
Prefeitura Municipal


1 comments

  1. Na minha visão, a arquitetura desta fonte é a mesma encontrada em bairros judeus de Portugal, mais uma pista dos judeus novos que por aqui pisaram, fugindo das perseguições da inquisição.

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