Apodi – Prédio à Praça Francisco Pinto


O Prédio à Praça Francisco Pinto, em Apodi, foi tombado pela Fundação José Augusto por sua importância cultural para o Estado do Rio Grande do Norte.

Governo do Estado do Rio Grande do Norte
FJA – Fundação José Augusto
Nome Atribuído: Prédio na Praça Francisco Pinto
Localização: Praça Francisco Pinto – Apodi-RN
Data de Tombamento: 12/08/2005

Histórico do município: Apodi é palavra de origem indígena. Segundo os historiadores do assunto significa coisa firme. Altura unida, um planalto, uma chapada. Seria a Chapada do Apodi à qual os índios davam esta denominação? É provável que sim. A versão acima é do grande historiador Câmara Cascudo, a maior autoridade nos nossos assuntos históricos.

Pelos seus dados biográficos, encontrados nos documentos históricos em nosso poder, não completara Manoel Nogueira Ferreira 25 anos de idade, quando pisou pela primeira vez o solo da antiga Podi, em 1680. Não encontrando maiores dificuldades, inicialmente, para conquistar os indígenas aqui estabelecidos, é de supor que fosse um bom conhecedor dos seus costumes e hábitos, pois isto facilitava a aproximação com os índios.
Tempos depois, por razões na frente relatadas, surgiu forte incompatibilidade entre colonizadores e nativos, de graves conseqüências, resultando na morte de Baltazar Nogueira, irmão de Manoel, em luta travada nas proximidades da lagoa Apanha Peixe, com os índios paiacus.
A cobiça dos irmãos Nogueira, pela terra que acabavam de descobrir e que logo reconheceram ser de excelente qualidade, com possibilidade de fazê-los progredir na exploração da agricultura e da pecuária, da caça e da pesca, deve-lhes ter despertado a idéia de afastar, o quanto antes, os primitivos moradores que aqui encontraram. Este era, de modo geral, o pensamento dos colonizadores da época, egressos de “bandeiras_x0092_ e “entradas”, muitas vezes, e, como sempre, impiedosos depredadores das comunidades indígenas.
Assim, a velha aldeia da ribeira do Apodi tinha que sofrer, também, com a presença do elemento civilizado que acabara de aportar na terra apodiense. A quietude da paisagem nativa, a paz e a tranqüilidade da família tribal aqui radicada, passaram a ser abaladas a partir daquele momento.
Naquele tempo, a penetração do homem numa região desconhecida, hostil, exposto a perigos de toda ordem, exigia do desbravador, qualidades indispensáveis à conquista dos objetivos visados. Ser forte, corajoso e adaptado ao ambiente, eram condições necessárias para suportar as longas e duras caminhadas, de milhares de quilômetros, através de matas, rios e serras, onde as doenças, o índio bravio e as feras, eram uma ameaça permanente a esse tipo de aventura.
Foi justamente enfrentando tudo isto, desafiando todos aqueles obstáculos, que o jovem Manoel Nogueira veio esbarrar, numa de suas penetrações por regiões nordestinas, nas margens da Lagoa Itaú, que significa “pedra preta”. Com o correr dos tempos, passou a se chamar lagoa Apodi.
Tornara-se Manoel Nogueira Ferreira um dos primeiros desbravadores da região oestana do Rio Grande do Norte, penetrando pelo sul da província, procedente da Paraíba, para implantar os fundamentos iniciais da nossa economia agrícola e pastoril. Fazendo roçados, plantando, criando gado, abrindo estradas, construindo e implantando as primeiras vias de comunicação. Fundava-se Apodi.

A criação do Distrito data de 1766. O Município, criou-o, com território desmembrado de Portalegre, a Resolução do Conselho do Governo da Província, de 11 de abril de 1833, confirmada pela Lei provincial n.° 18, de 23 de março de 1835. Apodi obteve foros de Cidade pela Lei provincial n.° 988, de 5 de março de 1887. É sede de Comarca, com 2 termos: Apodi e Itaú.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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