Areia – Engenho e Casa Grande da Várzea


Imagem: Governo do Estado

O Engenho e Casa Grande da Várzea, em Areia-PB, foram tombados por sua importância cultural para o Estado da Paraíba.

IPHAEP – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba
Nome Atribuído: Engenho e Casa Grande da Várzea
Localização: Areia-PB
Decreto de Tombamento: Decreto n° 7.936, de 13/02/1979

IPHAEP – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba
Nome Atribuído: Museu da Rapadura
Outros Nomes: Museu do Brejo Paraibano, Museu da Cachaça e da Rapadura
Localização: Centro de Ciências Agrárias da UFPB – Rodovia PB 079 – Km 12 – Areia-PB
Decreto de Tombamento: Decreto n° 26.799, de 12/01/2006

Descrição: Os guias de Turismo leva o turista até um galpão construído em 1870, de propriedade do antigo Engenho da Várzea. O ambiente bem cuidado, nos mostra peças de madeira que detalham a evolução do maquinário usado na produção da cachaça. Dá para imaginar os escravos africanos usados como força-motriz para moer a cana e na sequência produzir o açucar e seus derivados.

Mais acima está a casarão que servia de moradia para os senhores do Engenho e familiares. Imponente, todos os cômodos do casarão estão preservados mantendo móveis e utensílios dos séculos XIX e início do XX.  Na sequência do Caminhos do Engenho inicia-se a visita aos engenhos que estão em funcionamento e abertos ao público.
Fonte: Governo do Estado.

Descrição: O Museu do Brejo Paraibano, também conhecido como Museu da Cachaça e da Rapadura, ou simplesmente Museu da Rapadura, é um conjunto composto por dois prédios: o engenho e a casa-grande. O Museu está instalado onde funcionava um engenho açucareiro no século XVIII, o Engenho da Várzea, com construções do ano de 1870.

Em 1979 foi delimitada uma área circundante de dois hectares, restaurado o conjunto arquitetônico e iniciadas as atividades de organização do acervo. O museu iniciou as suas atividades museológicas em novembro de 1997, sendo regulamentado pela Resolução nº. 70/1999 do CONSEPE/UFPB.

O Museu do Brejo Paraibano é um dos pontos turísticos mais visitados na cidade de Areia. Além de visitas para conhecimento da história e do nosso acervo, vários fotógrafos de todo o estado da Paraíba e até de estados vizinhos trazem seus clientes para realizarem sessões fotográficas aproveitando as belas imagens naturais e das edificações que compõem o Museu.
Fonte: UFPB.

Histórico do município: O conjunto histórico e urbanístico de Areia foi tombado, em 2006. Para o tombamento, o IPHAN baseou-se no valor histórico, urbanístico e paisagístico atribuído ao conjunto, pela ativa participação da cidade nas revoluções ocorridas no século XIX. Também foi destacado o valor da cidade como remanescente arquitetônico dos séculos XVIII e XIX e da paisagem natural que a circunda. Na área tombada existem cerca de 420 imóveis.
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No processo de povoamento do interior da Paraíba, Areia se originou de um ponto estratégico de parada e abrigo aos tropeiros que vinham do sertão em direção ao litoral para a comercialização dos seus produtos. A partir do final do século XVII e início do século XVIII, surgiu o povoado inicialmente denominado Sertão do Bruxaxá (“terra onde canta a cigarra”). Bruxaxás eram os índios que primitivamente habitavam a região. Por essa época, no local onde hoje se ergue a cidade, um português construiu um albergue à margem do cruzamento de estradas muito frequentadas pelos que, procedentes do alto sertão paraibano ou de Pernambuco, seguiam para Mamanguape ou a Paraíba.
O colono, pela amizade que fez com os nativos, recebeu a alcunha de Bruxaxá. O movimento de viajantes e tropeiros pelo local atraiu habitantes, formando-se ali, em pouco tempo, próspera povoação, que passou a chamar-se Brejo de Areia, em virtude de correr nas imediações o riacho de nome Areia. Distrito criado com a denominação de Brejo d`Areia, em 1813, subordinado a vila de Monte-Mor. O município surgiu, desanexado do de Monte-Mor (atual Mamanguape), em 1815. Elevado à categoria de vila com a denominação de Brejo d`Areia, em 1815, e desmembrado da Vila de Monte-Mor. Em 1846, foi elevada à condição de cidade e sede municipal com o nome de Areia. A cidade é lembrada, também, pela participação de seus habitantes em movimentos políticos do século XIX.
População aderiu ao movimento libertador de Pernambuco e participou das revoluções Confederação do Equador (1817) e Revolução Praieira (1848). Durante a Confederação do Equador partiram de Areia (que foi sede temporária da Província) as tropas do sargento-mor Félix Antônio Ferreira de Albuquerque que combateram as forças legais. A estes homens se incorporaram os remanescentes dos batalhões de Pais de Carvalho, marchando os revoltosos até o Ceará, onde foram aniquilados. Em fevereiro de 1849, travou-se em Areia o último combate da Revolução Praieira. Os rebeldes, depois do malogrado ataque ao Recife, invadiram a Paraíba e se refugiaram em Areia, onde receberam auxílio do juiz municipal Maximiano Lopes Machado e do coronel Joaquim dos Santos Leal. Entrincheiraram-se na cidade, sustentaram seis horas de combate, que terminou em fuga e dispersão pelo interior. Na cidade, a campanha abolicionista foi das mais intensas, destacando-se a Mocidade Emancipadora Areiense, à frente da qual se encontrava Manuel da Silva. Areia foi à primeira cidade do estado da Paraíba a libertar seus escravos, no dia 3 de maio de 1888, dez dias antes da proclamação da Lei Áurea.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

MODELO VOLUMÉTRICO DA EDIFICAÇÃO:


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