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A Estação Ferroviária, em Bananeiras-PB, foi tombada por sua importância cultural para o Estado da Paraíba.

IPHAEP – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba
Nome Atribuído: Estação Ferroviária de Bananeiras
Localização: R. Alcides Bezerra, n° 160 – Bananeiras-PB
Decreto de Tombamento: Decreto n° 22.082, de 03/08/2001

Descrição: O conjunto de edificações da Estação Ferroviária e Armazém foi inaugurado em 1925, pela Great Western. E, somente em 1967, o trem deixou de circular pelo ramal de Bananeiras, sendo o inicialmente desativado em 1970. Atualmente as edificações da antiga Estação Ferroviária foram restauradas e estão voltadas para a economia do turismo, onde funciona uma pousada e um restaurante.

O conjunto arquitetônico da Estação Ferroviária de Bananeiras é tombado pelo IPHAEP, através do Decreto Estadual n° 22.082/2001. Além do casario e da estação ferroviária, Bananeiras conta com outras edificações históricas, tais como o prédio dos Correios e telégrafos, de 1835, que permanece atualmente com a mesma estrutura arquitetônica e função. Também encontramos o colégio das Dorotéias, que funcionava como internato feminino, e que se mantém com função de colégio.

Enquanto Bananeiras era destaque na produção cafeeira desde 1850, a construção da Estação Ferroviária acontece apenas em 1922, pouco tempo após uma praga acabar com os cafezais que durante muitos anos foram o principal meio econômico da cidade. O intuito de escoar o café nascido em Bananeiras, através do trem, não chegou a vingar de fato.

Os primeiros quilômetros de estrada de ferro chegaram ao estado já no início do século XX e se expandindo nos anos seguintes. A linha férrea, que pertencia à Great Western do Brasil e cortava a Paraíba de norte a sul, previa um ramal que deveria chegar até o município de Picuí, mas os 35 km de estrada de ferro entre Bananeiras e Picuí, nunca chegou a ser construído.

Em 1910, estava pronta a construção do primeiro trecho do referido ramal, que só chegou a Bananeiras em 1922, recebido em grande festa pelos cidadãos bananeirenses. Na época o então presidente do estado, Solón de Lucena, entregou o trecho concluído até a parada de “Bocca do Tunel”, localizada pouco antes do túnel da Serra da Viração.

O trem já havia chegado e o túnel estava quase pronto, mas sem trilhos. Apenas em 1925 aconteceu a entrega inicial, juntamente com o trecho até a Estação Ferroviária de Bananeiras, sua parada final. O caminho de 202metros de comprimento perfurou a pedra maciça, possibilitando a passagem do trem até a estação concebida nos conceitos arquitetônicos do ecletismo. A Estação está conservada até os dias de hoje.

Com o fim da cultura cafeeira, inicia-se a fase infraestrutura que, além de conexões de vias férreas, também trouxe a Bananeiras a construção de uma hidrelétrica em Borborema, possibilitando a energização de Bananeiras. Houve, também, a inauguração do canal coletor da rede de esgotos, entre outras modernizações que contribuíram para o desenvolvimento da cidade.

E o trem? Continuou a levar cana-de-açúcar, fumo, arroz, algodão, sisal, pessoas, notícias e todas as novidades que anteriormente eram tão difíceis de transitar.

Os comboios cargueiros chegavam à calada da noite e da madrugada, fazendo barulho. No entanto, raramente transitavam cargas à luz do dia: quando acontecia, era uma festa! As oito da noite chegava o trem, vindo da capital, trazendo estudantes de férias, comerciantes, políticos e visitantes. Mesmo com a construção da rodovia “Anel do Brejo”, as pessoas ainda preferiam usar o trem, por questões econômicas e pela aventura de cruzar a pedra numa máquina de ferro.

O último trem de ferro sobreviveu até 1973, quando a linha foi desativada, mas o túnel e a estação são atrações turísticas imperdíveis para quem conhecer Bananeiras. A beleza da Estação Ferroviária, junto ao misterioso túnel de temperaturas frias, permeia gerações; e resiste na memória de um povo!
Fonte: Governo do Estado.

Descrição: Pousada Estação Bananeiras, localizada na Rua Alcides Bezerra, 160, onde funcionava a antiga Estação Ferroviária de Bananeiras. Nascida pela necessidade de melhor transportar o café que era produzido em Bananeiras, a Estação só foi inaugurada em1925, pela empresa ferroviária inglesa The Great Western of Brazil Railway Company Limited, que construiu e explorou ferrovias no Nordeste do Brasil. Atualmente, a Pousada Estação Bananeiras é de propriedade do pernambucano (com mais de 30 anos morando na Paraíba), George Amado e de sua esposa, a areiense Karina Amado. Eles investiram no turismo cultural e já tem conseguido respostas muito positivas.
Fonte: Governo do Estado.

Descrição: A Estação Ferroviária Bananeiras era conhecida como ponta de linha do ramal de Bananeiras. Em 1967, a estação foi desativada e transformada em hotel, contudo foi preservada a estrutura. Assim, quem visitar a Estação Bananeiras faz uma viagem no passado e contempla o presente, no qual o patrimônio e a sofisticação se tornam uma obra de arte.
Fonte: Governo do Estado.

Histórico do município: A colonização das terras do atual Município de Bananeiras iniciou-se na segunda ou terceira década do século XVII. Dentre os primitivos povoadores do lugar destacam -se os nomes de Domingos Vieira e Zacarias de Melo, moradores em Mamanguape, aos quais foram concedidos sesmarias, em 1716. Até 1822, Bananeiras pertenceu à jurisdição da vila de São Miguel da Baía da Traição, passando em seguida ao termo de Areia.
Em virtude do seu desenvolvimento, foi criada a freguesia, em 26 de maio de 1835, sob a invocação de Nossa Senhora do Livramento. A denominação patronímica dos habitantes é bananeirense.
A Resolução do Conselho do Governo datada de 9 de maio de 1833 criou o Município de Bananeiras, verificando-se sua instalação em 10 de outubro do mesmo ano. O distrito foi criado pela Lei provincial n.º 5. de 26 de maio de 1835. A Lei provincial n.º 690, de 16 de outubro de 1879, concedeu foros de cidade à sede municipal. A partir de 1953 sofreu sucessivas desanexações territoriais para formar novos municípios.
Fonte: IBGE.

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