Barão de Melgaço – Trincheiras de Melgaço


Imagem: Governo do Estado

As Trincheiras de Melgaço, na cidade de Barão de Melgaço-MT, foram tombadas por sua importância cultural.

SEC – Secretaria de Estado da Cultura do Mato Grosso
Nome Atribuído: Trincheiras de Melgaço
Localização: Barão de Melgaço-MT
Resolução de Tombamento: Portaria n° 022/2009, de 9/7/2009

Descrição: Construção rudimentar de pedras, que se transformou em baluarte de defesa brasileira na Guerra do Paraguai. A notícia, em 06 de janeiro de 1865, da tomada de Corumbá pelas tropas paraguaias, colocou Cuiabá em pé de guerra, com autoridades e população temerosas da seqüência e continuidade do ataque paraguaio até a capital. Uma semana após tomou-se a decisão de fortificar algum ponto do Rio Cuiabá para evitar a invasão paraguaia. O local escolhido foi uma colina estratégica localizada na vila de Melgaço, à cerca de 25 léguas rio abaixo. O comandante da operação foi o almirante Augusto Leverger, que recebeu o apoio necessário do presidente da província, Albino de Carvalho. Levavam armamentos para os soldados e 6 peças de artilharia calibre 6 cada uma. Os soldados fizeram trincheiras de pedras para abrigo dos que as guarneciam e estenderam uma grossa corrente de lado a lado do Cuiabá, para conter os navios inimigos. Esta operação durou uma semana, não sendo necessária a intervenção militar, pois a flotilha paraguaia subiu o Rio Cuiabá em direção da capital mato-grossense. As trincheiras de Melgaço permaneceram intactas por décadas, sendo destruídas com o passar dos anos, sem que se tomassem providências para preservação de tão importante patrimônio da história mato-grossense.
Fonte: Governo do Estado.

Histórico do município: O primeiro nome da localidade foi Melgaço. A denominação Barão de Melgaço deve-se ao título honorífico dado ao almirante Augusto João Manoel Leverger – o Barão de Melgaço, por seus atos heróicos e suas qualidades como homem, militar e Presidente da Província de Mato Grosso.
O almirante Leverger notabilizou-se ao mandar erigir uma trincheira fortificada nas colinas de Melgaço, no período da Guerra do Paraguai, à margem do Rio Cuiabá, para conter tropas paraguaias que estariam para invadir a capital mato-grossense. Não ocorreu a invasão, mas houve a movimentação militar levergeriana de resistência.
Quando o almirante Augusto Leverger foi receber o título de barão, pairavam dúvidas sobre o significado do termo Melgaço. Solicitou ao francês Boulanger, seu patrício e hábil projetista, a execução de um brasão e um diploma que lhe honrasse o título recebido. Em trecho da carta enviada com esse propósito, nos diz o Barão de próprio punho “…peço a V. Ex. o obséquio de tratar da obtenção do diploma, brasão, etc., pois não tenho tempo nem facilidade de imaginar coisa alguma a este respeito. Ministrar-lhe-ei as seguinte verídicas informações. Não sei a significação nem a etimologia de Melgaço. É o nome de uma série de colinas que bordam o Rio Cuiabá, distante vinte léguas …” – Trecho do livro Leverger – o Bretão Cuiabanizado, de Virgílio Corrêa Filho.
Em 1897, foi criada a Paróquia de Melgaço. No dia 25 de março de 1902, criado o município de Melgaço encampando o de Santo Antonio do Rio Abaixo. Algum tempo depois o município foi suprimido, porém, restaurado novamente em 1938.
No dia 31 de dezembro de 1943, a Vila de Melgaço passou a denominar-se Chacororé, devido à lagoa do mesmo nome. A Lei nº 319, de 30 de setembro de 1948, alterou novamente a denominação para Barão de Melgaço. O município foi criado em 12 de dezembro de 1953, através da nº 690.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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