Belém – Antigo Palacete Augusto Montenegro


Imagem: Fundaj

O Antigo Palacete Augusto Montenegro, em Belém, foi tombado pelo Departamento de Patrimônio do Estado do Pará.

Governo do Estado do Pará
DPHAC – Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural
Nome Atribuído: Antigo Palacete Augusto Montenegro, Hoje Museu da UFPA
Localização: Av. Gov. José Malcher nº 1192 – Nazaré – Belém-PA
Data de Tombamento: 20/12/2002
Uso Atual: Museu da UFPA

Descrição: O palacete foi construído em 1903 e é reconhecido como patrimônio histórico e artístico e protegido legalmente pela esfera estadual. O projeto arquitetônico, de estilo eclético, é do italiano Filinto Santoro, que o desenvolveu para ser residência particular do então Governador do Estado do Pará, Augusto Montenegro. Reflexo dos períodos áureos da extração da borracha na Amazônia, o edifício foi quase todo construído com materiais importados da Itália.

Até a década de 1960, o palacete serviu como residência para algumas famílias tradicionais, sendo então comprado pela Universidade Federal do Pará para ser sua reitoria. Com a mudança da reitoria para o Campus Universitário, no ano de 1983, o museu foi criado e instalado no palacete.

O acervo do Museu da Universidade Federal do Pará foi formado ao longo dos anos por meio de doações, permutas e aquisições e é composto por pinturas, desenhos, cartuns, fotografias, gravuras e esculturas dos séculos XIX aos dias de hoje.

O museu conta também com duas salas de exposição dedicadas à memória da Universidade Federal do Pará, a mais antiga instituição de ensino superior da região Norte, onde podem ser encontrados livros, comendas, fotos, documentos que contam parte da sua história.

Visitantes e pesquisadores tem a seu dispor uma biblioteca que é referência na cidade como fonte de pesquisa sobre artes visuais, folclore, música, cultura afro-brasileira, história, teatro e literatura, tendo sob sua guarda a Coleção Vicente Salles, que forma um verdadeiro painel do cotidiano amazônico do final do século XIX.
Texto: Albino Oliveira.
Fonte: Fundaj.

Histórico do município: A história da cidade de Belém confunde-se com a própria história do Pará através de quatro séculos de formação e desenvolvimento.
Coube a Francisco Caldeira Castelo Branco, antigo Capitão-Mor do Rio Grande do Norte, um dos heróis da expulsão dos franceses do Maranhão, a honra de comandar uma expedição de 200 homens com o objetivo de afastar do litoral norte os corsários estrangeiros e iniciar a colonização do ‘Império das Amazonas’.
Em 12 de janeiro de 1616, a cidade de Belém foi fundada por Francisco Caldeira Castelo Branco. Lançou os alicerces da cidade no lugar hoje chamado de Forte do Castelo. Ali edificou um forte de paliçada, em quadrilátero feito de taipa de pilão e guarnecido de cestões. Essa fortificação teve inicialmente o nome de Presépio, hoje o histórico Forte do Castelo. Em seu interior, foi construída uma capela, sendo consagrada a Nossa Senhora da Graça. Ao redor do forte começou a formar-se o povoado, que recebeu então a denominação de Feliz Lusitânia, sob a invocação de Nossa Senhora de Belém.
Nesse período ocorreram guerras, em decorrência do processo de colonização através da escravização das tribos indígenas Tupinambás e Pacajás e da invasão dos holandeses, ingleses e franceses. Vencidas as lutas com os invasores, a cidade perdera a denominação de Feliz Lusitânia, passando a ser Nossa Senhora de Belém do Grão Pará.
Em 1650, as primeiras ruas foram abertas, todas paralelas ao rio. Os caminhos transversais levavam ao interior. Era maior o desenvolvimento para o lado Norte, onde os colonos levantaram as suas casas de taipa, dando começo à construção do bairro chamado de Cidade Velha. Na parte sul, os primeiros habitantes foram os religiosos capuchos de Santo Antonio.
Em 1676, chegaram, da ilha dos Açores, 50 famílias de agricultores, no total de 234 pessoas. Nessa época, destaca-se a construção da Fortaleza da Barra e do Forte de São Pedro Nolasco.
No século dezoito, a cidade começou a avançar para a mata, ganhando distância do litoral. Belém constituía-se não apenas como ponto de defesa, mas também centro de penetração do interior e de conquista do Amazonas.
A abertura dos rios Amazonas, Tocantins, Tapajós, Madeira e Negro para a navegação dos navios mercantes de todas as nações, no século XIX, após o período colonial, contribuiu para o desenvolvimento da capital paraense.
No início do século XX, ocorreu grande avanço na cidade de Belém, porém a crise do ciclo da borracha e a I Guerra Mundial influenciaram a queda desse processo de desenvolvimento.
Fonte: IBGE.

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Fundaj


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