Belém – Coleção de Cerâmica Tapajônica


Fonte: Wagner Penedo Priante

A Coleção de Cerâmica Tapajônica, em Belém, foi tombada pelo Departamento de Patrimônio do Estado do Pará.

Governo do Estado do Pará
DPHAC – Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural
Nome Atribuído: Coleção de Cerâmica Tapajônica
Localização: Acervo do Museu do Estado do Pará (MEP) –  – Belém-PA
Data de Tombamento: 28/04/2005

Descrição: […] essa riquíssima coleção, formada por 1.444 peças, que nos levam a saber mais sobre a cultura e o cotidiano das populações originárias que habitavam o Oeste do Pará.⁣ Atribuídas à população indígena dos Tapajó, do período pré-colonial, as cerâmicas tapajônicas são consideradas um dos artefatos arqueológicos mais antigos das Américas.⁣ Há peças expostas no Museu do Encontro (Forte do Presépio), Museu de Gemas do Pará (Pólo Joalheiro) e nesse pequeno recorte que trouxemos pra você.⁣
Fonte: SeCult-PA.

Descrição: No início do século XX, ocorrem nas ruas de Santarém alguns achados fortuitos de material arqueológico, decorrentes da erosão provocada por fortes chuvas e do aumento da ocupação das terras nessa região para a produção agrícola. Como relata Leandro Tocantins, autor de vários livros sobre a história da Amazônia, quando se perceberam aquelas peças, a população local “recolheu-as em plena rua, nos barrancos, nas fraldas da colina, e logo apelidou o material de ‘caretas’, provindo o nome pitoresco da predominância de cabeças de bichos, entes humanos em formas esquisitas” (TOCANTINS, 2000, p. 180).
A notícia correu, e logo foram muitos os santarenenses que coletaram peças, que, depois, foram vendidas, porque por elas se interessaram colecionadores de antiguidade e sabedores de que teriam valia para acervos museológicos.
[…]

Entre 1923 e 1926, Nimuendajú esteve em Santarém, onde localiza 65 sítios arqueológicos, e na Ilha do Marajó, onde aponta outros mais. Registrou em manuscritos suas descobertas, nos quais faz constar a síntese de suas pesquisas. Contudo foi apenas em 1939 que o material sobre os Tapajó foi divulgado, em alemão (Die Tapajó). Posteriormente, em 1949, John Howland Rowe traduziu esse material para o inglês e o editou, em 1952, para publicá-lo como artigo na revista da Kroeber Anthropological Society sob o título The Tapajó 19 . Desde então, a cerâmica tapajônica passou a constar, no meio acadêmico, como um conjunto específico de cultura material a ser estudado.
[…]

Sobre os achados cerâmicos, Nimuendajú comenta serem abundantes os fragmentos no bairro Aldeia, especialmente a Rua da Alegria e as que a cruzam. O bairro teria se originado onde se concentrara a população indígena na época da colonização Espanta-se o pesquisador que, após 200 anos, com pessoas, animais e veículos “esmagando essa superfície diariamente”, ainda se encontrassem peças cerâmicas em tão bom estado.
Fonte: Wagner Penedo Priante.

Histórico do município: A história da cidade de Belém confunde-se com a própria história do Pará através de quatro séculos de formação e desenvolvimento.
Coube a Francisco Caldeira Castelo Branco, antigo Capitão-Mor do Rio Grande do Norte, um dos heróis da expulsão dos franceses do Maranhão, a honra de comandar uma expedição de 200 homens com o objetivo de afastar do litoral norte os corsários estrangeiros e iniciar a colonização do ‘Império das Amazonas’.
Em 12 de janeiro de 1616, a cidade de Belém foi fundada por Francisco Caldeira Castelo Branco. Lançou os alicerces da cidade no lugar hoje chamado de Forte do Castelo. Ali edificou um forte de paliçada, em quadrilátero feito de taipa de pilão e guarnecido de cestões. Essa fortificação teve inicialmente o nome de Presépio, hoje o histórico Forte do Castelo. Em seu interior, foi construída uma capela, sendo consagrada a Nossa Senhora da Graça. Ao redor do forte começou a formar-se o povoado, que recebeu então a denominação de Feliz Lusitânia, sob a invocação de Nossa Senhora de Belém.
Nesse período ocorreram guerras, em decorrência do processo de colonização através da escravização das tribos indígenas Tupinambás e Pacajás e da invasão dos holandeses, ingleses e franceses. Vencidas as lutas com os invasores, a cidade perdera a denominação de Feliz Lusitânia, passando a ser Nossa Senhora de Belém do Grão Pará.
Em 1650, as primeiras ruas foram abertas, todas paralelas ao rio. Os caminhos transversais levavam ao interior. Era maior o desenvolvimento para o lado Norte, onde os colonos levantaram as suas casas de taipa, dando começo à construção do bairro chamado de Cidade Velha. Na parte sul, os primeiros habitantes foram os religiosos capuchos de Santo Antonio.
Em 1676, chegaram, da ilha dos Açores, 50 famílias de agricultores, no total de 234 pessoas. Nessa época, destaca-se a construção da Fortaleza da Barra e do Forte de São Pedro Nolasco.
No século dezoito, a cidade começou a avançar para a mata, ganhando distância do litoral. Belém constituía-se não apenas como ponto de defesa, mas também centro de penetração do interior e de conquista do Amazonas.
A abertura dos rios Amazonas, Tocantins, Tapajós, Madeira e Negro para a navegação dos navios mercantes de todas as nações, no século XIX, após o período colonial, contribuiu para o desenvolvimento da capital paraense.
No início do século XX, ocorreu grande avanço na cidade de Belém, porém a crise do ciclo da borracha e a I Guerra Mundial influenciaram a queda desse processo de desenvolvimento.
Fonte: IBGE.

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Wagner Penedo Priante


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