Belém – Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Praça Batista Campos


Imagem: Prefeitura Municipal

O Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Praça Batista Campos, em Belém, foi tombado pelo Departamento de Patrimônio do Estado do Pará.

Governo do Estado do Pará
DPHAC – Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural
Nome Atribuído: Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Praça Batista Campos
Localização: Polígono compreendido entre Rua dos Tamoios, Av. Serzedelo Correa, Rua dos Mundurucus e Tv. Padre Eutíquio – Batista Campos – Belém-PA
Data de Tombamento: 09/08/1983

Descrição: A Praça Batista Campos era conhecida no século XIX como Largo da Salvaterra, em função do nome da proprietária do terreno onde hoje está localizada, Maria Manoela de Figueira e Salvaterra. Com sua morte, a Praça passou a pertencer à Câmara Municipal de Belém, sendo denominada Praça Sergipe, em homenagem a nova província brasileira. Em 1897, durante o governo de Antônio Lemos, a Praça voltou a mudar sua denominação, agora homenageando um dos principais personagens da Cabanagem: Batista Campos, morto em 1834. Na época era um simples terreno de grande extensão com algumas mangueiras e um canteiro central, três anos depois, quando foi reinaugurada em 14 de fevereiro de 1904, já era considerada uma das praças mais belas de Belém. Em 1986, ganhou novos equipamentos e passou por uma restauração buscando características perdidas no início do século XX, durante a primeira reforma. Desde 1987 a Associação dos Amigos da Praça Batista Campos também ajuda a preservá-la. Em 2008, a Praça passou por uma grande restauração coordenada pela empresa Engetower Engenharia, ganhando estruturas mais modernas e organizadas, porém mantendo suas principais características, como seu ajardinamento sem grades, plantas ornamentais, córregos, pontes, bancos, caramanchões, chafariz e coretos de ferro. A Praça Batista Campos foi tombada pelo município em 1983 e em 2005 ganhou o prêmio de praça mais bonita do Brasil.
Fonte: IBGE.

Histórico do município: A história da cidade de Belém confunde-se com a própria história do Pará através de quatro séculos de formação e desenvolvimento.
Coube a Francisco Caldeira Castelo Branco, antigo Capitão-Mor do Rio Grande do Norte, um dos heróis da expulsão dos franceses do Maranhão, a honra de comandar uma expedição de 200 homens com o objetivo de afastar do litoral norte os corsários estrangeiros e iniciar a colonização do ‘Império das Amazonas’.
Em 12 de janeiro de 1616, a cidade de Belém foi fundada por Francisco Caldeira Castelo Branco. Lançou os alicerces da cidade no lugar hoje chamado de Forte do Castelo. Ali edificou um forte de paliçada, em quadrilátero feito de taipa de pilão e guarnecido de cestões. Essa fortificação teve inicialmente o nome de Presépio, hoje o histórico Forte do Castelo. Em seu interior, foi construída uma capela, sendo consagrada a Nossa Senhora da Graça. Ao redor do forte começou a formar-se o povoado, que recebeu então a denominação de Feliz Lusitânia, sob a invocação de Nossa Senhora de Belém.
Nesse período ocorreram guerras, em decorrência do processo de colonização através da escravização das tribos indígenas Tupinambás e Pacajás e da invasão dos holandeses, ingleses e franceses. Vencidas as lutas com os invasores, a cidade perdera a denominação de Feliz Lusitânia, passando a ser Nossa Senhora de Belém do Grão Pará.
Em 1650, as primeiras ruas foram abertas, todas paralelas ao rio. Os caminhos transversais levavam ao interior. Era maior o desenvolvimento para o lado Norte, onde os colonos levantaram as suas casas de taipa, dando começo à construção do bairro chamado de Cidade Velha. Na parte sul, os primeiros habitantes foram os religiosos capuchos de Santo Antonio.
Em 1676, chegaram, da ilha dos Açores, 50 famílias de agricultores, no total de 234 pessoas. Nessa época, destaca-se a construção da Fortaleza da Barra e do Forte de São Pedro Nolasco.
No século dezoito, a cidade começou a avançar para a mata, ganhando distância do litoral. Belém constituía-se não apenas como ponto de defesa, mas também centro de penetração do interior e de conquista do Amazonas.
A abertura dos rios Amazonas, Tocantins, Tapajós, Madeira e Negro para a navegação dos navios mercantes de todas as nações, no século XIX, após o período colonial, contribuiu para o desenvolvimento da capital paraense.
No início do século XX, ocorreu grande avanço na cidade de Belém, porém a crise do ciclo da borracha e a I Guerra Mundial influenciaram a queda desse processo de desenvolvimento.
Fonte: IBGE.

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