Belém – Conjunto Paisagístico, Arquitetônico e Urbanístico da Praça da República


Imagem: Burn86

O Conjunto Paisagístico, Arquitetônico e Urbanístico da Praça da República, em Belém, foi tombado pelo Departamento de Patrimônio do Estado do Pará.

Governo do Estado do Pará
DPHAC – Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural
Nome Atribuído: Praça da República e Conjunto Paisagístico / Arquitetônico / Urbanístico e Seu Entorno
Localização: Polígono compreendido entre Av. Presidente Vargas, R. Osvaldo Cruz e R. Assis de Vasconcelos–Campina – Belém-PA
Data de Tombamento: 30/05/1983

Descrição: A Praça da República é um espaço livre público, importante na cidade de Belém, possuindo grande destaque devido a seu alto grau de significação histórica. Ela assumiu ao longo dos anos um expressivo status no desenho da paisagem urbana da cidade. O projeto adotado, a estética que seus jardins adquiriram, o equipamento urbano nele inserido, as formas da disposição do estrato arbóreo, o modo como a sociedade usufruiu de seus espaços, as manifestações que nele ocorreram, entre outros, elevou a praça à categoria de símbolo de um desenvolvimento urbano que marcou a cidade na primeira década do século 20.

Essa área, desde o final do século 19, demonstrava em seus aspectos físicos (traçado, mobiliário urbano, paisagem desenhada em seu entorno, significados, etc.) a materialização de uma perspectiva que refletia, nas formas que os espaços adquiriram, uma ideologia da forma urbana inspirada em uma matriz europeia.

Entretanto, apesar desse diversificado quadro de formas, linhas, hábitos, que se espelharam sob o espaço da praça no final do século 19, a mesma não sustentou , necessariamente, o mesmo modelo que havia inspirado seus idealizadores.

O entorno imediato da praça fazia limite com os bairros de Batista Campos, Nazaré e Reduto (Ilustração 1), bairros estes que em um curto espaço de tempo adquiriram um relevante destaque no cenário urbano da cidade, principalmente em virtude da forma como se deu a sua ocupação, em geral, por segmentos da sociedade de maior poder aquisitivo.

As obras de infraestrutura, que ocorreram ainda na década de 90 do século 19, foram apenas o início da redefinição morfológica que a área da praça começava a adquirir. O passo seguinte esteve relacionado à linha que deveria caracterizar o desenho da praça, praticamente efetuado no início do século 20, provavelmente por volta de 1901. Porém, antes de determo-nos a uma análise mais detalhada das características formais que compõem a praça, gostaríamos de chamar a atenção para a autoria do projeto.
Fonte: de Andrade, Tângari.

Histórico do município: A história da cidade de Belém confunde-se com a própria história do Pará através de quatro séculos de formação e desenvolvimento.
Coube a Francisco Caldeira Castelo Branco, antigo Capitão-Mor do Rio Grande do Norte, um dos heróis da expulsão dos franceses do Maranhão, a honra de comandar uma expedição de 200 homens com o objetivo de afastar do litoral norte os corsários estrangeiros e iniciar a colonização do ‘Império das Amazonas’.
Em 12 de janeiro de 1616, a cidade de Belém foi fundada por Francisco Caldeira Castelo Branco. Lançou os alicerces da cidade no lugar hoje chamado de Forte do Castelo. Ali edificou um forte de paliçada, em quadrilátero feito de taipa de pilão e guarnecido de cestões. Essa fortificação teve inicialmente o nome de Presépio, hoje o histórico Forte do Castelo. Em seu interior, foi construída uma capela, sendo consagrada a Nossa Senhora da Graça. Ao redor do forte começou a formar-se o povoado, que recebeu então a denominação de Feliz Lusitânia, sob a invocação de Nossa Senhora de Belém.
Nesse período ocorreram guerras, em decorrência do processo de colonização através da escravização das tribos indígenas Tupinambás e Pacajás e da invasão dos holandeses, ingleses e franceses. Vencidas as lutas com os invasores, a cidade perdera a denominação de Feliz Lusitânia, passando a ser Nossa Senhora de Belém do Grão Pará.
Em 1650, as primeiras ruas foram abertas, todas paralelas ao rio. Os caminhos transversais levavam ao interior. Era maior o desenvolvimento para o lado Norte, onde os colonos levantaram as suas casas de taipa, dando começo à construção do bairro chamado de Cidade Velha. Na parte sul, os primeiros habitantes foram os religiosos capuchos de Santo Antonio.
Em 1676, chegaram, da ilha dos Açores, 50 famílias de agricultores, no total de 234 pessoas. Nessa época, destaca-se a construção da Fortaleza da Barra e do Forte de São Pedro Nolasco.
No século dezoito, a cidade começou a avançar para a mata, ganhando distância do litoral. Belém constituía-se não apenas como ponto de defesa, mas também centro de penetração do interior e de conquista do Amazonas.
A abertura dos rios Amazonas, Tocantins, Tapajós, Madeira e Negro para a navegação dos navios mercantes de todas as nações, no século XIX, após o período colonial, contribuiu para o desenvolvimento da capital paraense.
No início do século XX, ocorreu grande avanço na cidade de Belém, porém a crise do ciclo da borracha e a I Guerra Mundial influenciaram a queda desse processo de desenvolvimento.
Fonte: IBGE.

CONJUNTO:
Belém – Teatro da Paz

MAIS INFORMAÇÕES:
de Andrade, Tângari


Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *