Belém – Teatro São Cristóvão


Imagem: Google Street View

O Teatro São Cristóvão, em Belém, foi tombado pelo Departamento de Patrimônio do Estado do Pará.

Governo do Estado do Pará
DPHAC – Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural
Nome Atribuído: União Beneficente dos Chauffeurs do Pará – UBCP e Teatro São Cristóvão
Localização: Av. Magalhães Barata, nº 827 – Bairro de São Brás – Belém-PA
Data de Tombamento: 24/12/2010

Descrição: O Teatro São Cristóvão era referência na apresentação de grupos dos pássaros juninos (representação cultural tipicamente paraense, que mescla teatro, música, dança e literatura) nas décadas de 1950 a 1970, mas atualmente está em ruínas. O diretor do Museu do Estado do Pará, Sérgio Mello, argumentou que a revitalização da área do Teatro São Cristóvão ajudará a resgatar, também, o movimento dos pássaros juninos.
O movimento dos “Pássaros Juninos” – considerado uma “ópera cabocla” – foi reconhecido como patrimônio cultural de natureza imaterial pelo estado do Pará em 2009. A narrativa do espetáculo gira em torno da caçada, morte e ressurreição de um pássaro, que é o personagem central. A essa estrutura base somam-se outros personagens, como fazendeiros, matutos, índios e nobres. O bem sempre vence o mal. Os grupos são batizados com nomes de aves: Tucano, Rouxinol, Tangará, Uirapuru, Beija-Flor, Tem-Tem.
Fonte: Ministério da Cultura.

Histórico do município: A história da cidade de Belém confunde-se com a própria história do Pará através de quatro séculos de formação e desenvolvimento.
Coube a Francisco Caldeira Castelo Branco, antigo Capitão-Mor do Rio Grande do Norte, um dos heróis da expulsão dos franceses do Maranhão, a honra de comandar uma expedição de 200 homens com o objetivo de afastar do litoral norte os corsários estrangeiros e iniciar a colonização do ‘Império das Amazonas’.
Em 12 de janeiro de 1616, a cidade de Belém foi fundada por Francisco Caldeira Castelo Branco. Lançou os alicerces da cidade no lugar hoje chamado de Forte do Castelo. Ali edificou um forte de paliçada, em quadrilátero feito de taipa de pilão e guarnecido de cestões. Essa fortificação teve inicialmente o nome de Presépio, hoje o histórico Forte do Castelo. Em seu interior, foi construída uma capela, sendo consagrada a Nossa Senhora da Graça. Ao redor do forte começou a formar-se o povoado, que recebeu então a denominação de Feliz Lusitânia, sob a invocação de Nossa Senhora de Belém.
Nesse período ocorreram guerras, em decorrência do processo de colonização através da escravização das tribos indígenas Tupinambás e Pacajás e da invasão dos holandeses, ingleses e franceses. Vencidas as lutas com os invasores, a cidade perdera a denominação de Feliz Lusitânia, passando a ser Nossa Senhora de Belém do Grão Pará.
Em 1650, as primeiras ruas foram abertas, todas paralelas ao rio. Os caminhos transversais levavam ao interior. Era maior o desenvolvimento para o lado Norte, onde os colonos levantaram as suas casas de taipa, dando começo à construção do bairro chamado de Cidade Velha. Na parte sul, os primeiros habitantes foram os religiosos capuchos de Santo Antonio.
Em 1676, chegaram, da ilha dos Açores, 50 famílias de agricultores, no total de 234 pessoas. Nessa época, destaca-se a construção da Fortaleza da Barra e do Forte de São Pedro Nolasco.
No século dezoito, a cidade começou a avançar para a mata, ganhando distância do litoral. Belém constituía-se não apenas como ponto de defesa, mas também centro de penetração do interior e de conquista do Amazonas.
A abertura dos rios Amazonas, Tocantins, Tapajós, Madeira e Negro para a navegação dos navios mercantes de todas as nações, no século XIX, após o período colonial, contribuiu para o desenvolvimento da capital paraense.
No início do século XX, ocorreu grande avanço na cidade de Belém, porém a crise do ciclo da borracha e a I Guerra Mundial influenciaram a queda desse processo de desenvolvimento.
Fonte: IBGE.

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