Belo Horizonte – Automóvel Clube de Minas Gerais


Imagem: Iepha

O Automóvel Clube de Minas Gerais foi projetado por Luis Signorelli. Sua construção foi iniciada em 1927, sendo inaugurado em 17 de dezembro de 1929.

IEPHA – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico
Nome atribuído: Edifício do Automóvel Clube de Minas Gerais
Localização: Av. Afonso Pena, nº 1.394 – Centro – Belo Horizonte-MG
Resolução de Tombamento: Decreto Nº 27.927 de 15 de março de 1988
Livro do Tombo de Belas Artes
Livro do Tombo Histórico, das obras de Arte Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos
Descrição: O edifício do Automóvel Clube de Minas Gerais encontra-se implantado na esquina das avenidas Afonso Pena e Álvares Cabral. Projetado por Luis Signorelli, sua construção foi iniciada em 1927, sendo inaugurado em 17 de dezembro de 1929. Possui partido arquitetônico quadrangular, com quatro pavimentos em estilo eclético.
Fonte: Iepha.

FMC – Fundação Municipal de Cultura
Nome atribuído: Automóvel Clube
Localização: Av. Afonso Pena, nº 1394 – Belo Horizonte-MG
Descrição: Em 17 de dezembro de 1925, nove amigos, conhecidos como o Grupo dos Nove, fundaram a entidade com o nome de Clube Central.
A primeira sede foi instalada no Palacete Dantas, na Praça da Liberdade, em 14 de junho de 1926. Um ano depois, o nome foi alterado para Automóvel Clube de Minas Gerais, filiado ao Automóvel Clube do Brasil. Em 19 de agosto de 1929, a entidade transferiu-se para o prédio atual, na esquina das avenidas Afonso Pena e Álvares Cabral. No dia da inauguração, um baile de gala exigiu até o uso de casaca para os homens.
O Clube reunia apenas os bem-nascidos. Quem quisesse se tornar um sócio precisava carregar o sobrenome de uma tradicional família mineira e, além disso, era necessário passar por uma espécie de júri. O conselho da entidade se reunia com bolas brancas e pretas nas mãos. Colocar a bola negra sobre a mesa era o mesmo que vetar a entrada do aspirante a membro. Mas se todos apresentassem a bola branca, um novo sócio acabava de ser aprovado para entrar no fechado círculo que frequentava as mais luxuosas festas de Belo Horizonte.
Até 1966, a noite de posse do governador mineiro era comemorada em um baile de gala no Automóvel Clube. Políticos brasileiros ilustres, como JK e Tancredo Neves, foram frequentadores assíduos do local.
Hoje, os quatro pavimentos do prédio não vivenciam mais o glamour nem o burburinho social da Belo Horizonte do século passado. O black-tie para os homens não é mais exigência para frequentar as festas. O Salão Dourado não sedia mais os aguardados bailes anuais com meninas recém-formadas na Socila – escola que dava cursos de etiqueta para as debutantes.
Mesmo assim, o Automóvel Clube continua lá, imponente, encantador, inspirador, em uma das esquinas mais movimentadas do hipercentro de BH. Ainda hoje, apesar da correria urbana, a cidade ainda reverencia essa nobre testemunha da história, ainda muito longe de perder toda a sua majestade.
No início, a intenção era apenas promover a prática do automobilismo em Minas Gerais e criar um espaço para entreter os sócios. O estatuto inicial propunha ações de melhoria da malha rodoviária mineira, a construção de um autódromo, além da realização de festas e eventos. Mas o Automóvel Clube de Minas Gerais se transformou em algo muito maior do que previram os fundadores.
Na primeira metade do século 20, o imponente prédio na avenida Afonso Pena se tornou o ponto de encontro da elite belo-horizontina, sediou os eventos mais luxuosos e concorridos da capital e imortalizou uma época de ouro na cidade.
Hoje, o local funciona quase exclusivamente para sediar encontros, jantares, recepções e eventos promovidos pelos sócios, além de abrigar um restaurante aberto ao público. Para realizar um evento no prédio, é preciso ser sócio ou possuir indicação de um deles. E, para ter uma cota, ainda é necessário passar pela aprovação da diretoria.
O requinte do Automóvel Clube começa pelo próprio imóvel, projetado pelo arquiteto Luis Signorelli e construído pela Carneiro de Rezende & Co. Seguindo o estilo dos palácios europeus, o prédio apresenta linhas sóbrias e um conjunto majestoso.
Na fachada principal, três portas em arco perfeito, com folhas de ferro fundido. O Salão Dourado foi inspirado no Salão de Espelhos do Palácio de Versalhes, em Paris, e decorado por três lustres de cristal da Boêmia, região europeia que pertencia à extinta Tchecoslováquia.
Outro ambiente carrega imponência até no nome. O Salão Príncipe de Gales passou a se chamar assim após a visita de dois membros da realeza britânica em 1931: Edward 7º, o príncipe de Gales, e o irmão George 6º, que veio a se tornar rei da Inglaterra anos depois. Na ocasião, uma placa de bronze foi inaugurada em homenagem aos visitantes.
O mobiliário e a pintura de todo o prédio foram feitos pela Casa Laubisch & Hirth. A decoração mistura itens clássicos, inspirados nas culturas inglesa e francesa, com muito espelho, mármore e pisos artísticos.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Iepha
Iepha – Guia vol.1
Iepha – Guia vol.2
Prefeitura Municipal
Site da instituição
Wikipedia


Comentários

  1. Vânia Duarte |

    Realmente é um espaço único com toda a sua beleza e história. Porém, deveria ser melhor aproveitado. Se me permite, segue uma sugestão. Transformar o espaço numa cafeteria inspirada na Confeitaria Colombo do Rio de Janeiro. Em Belo Horizonte, o café é primordial para todos. Seria um espaço que aumentaria o número de frequentadores da capital e de turistas, pois tem ótima localização. Poderia continuar sendo um local requintado com acesso ao público.

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