Belo Horizonte – Casa do Conde


Imagem: Iphan

A Casa do Conde, em Belo Horizonte – MG, foi tombada por sua importância histórica e cultural.

IEPHA – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico
Nome atribuído: Conjunto paisagístico e arquitetônico da Praça Rui Barbosa (Praça da Estação)
Localização: Praça Rui Barbosa – Centro – Belo Horizonte-MG
Resolução de Tombamento: Decreto Nº 27.927, de 15 de março de 1988
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico
Livro do Tombo de Belas Artes

FMC – Fundação Municipal de Cultura
Nome atribuído: Casa do Conde
Localização: R. Januária, nº 130 – Belo Horizonte-MG

Descrição: Revalorizado há menos de uma década como centro cultural da cidade, o Complexo do Conde de Santa Marinha – mais conhecido como “Casa do Conde” – está situado no Conjunto Arquitetônico da Praça da Estação, área de Belo Horizonte tombada como patrimônio histórico e artístico da cidade pelo poder público municipal e estadual, tanto pelo seu valor artístico-arquitetônico como pelos significados da região para a história da cidade.

Construído pelo português Antônio Teixeira Rodrigues (1850-1900) – o Conde de Santa Marinha – o Complexo constituiu-se inicialmente como um conjunto de galpões destinado a abrigar o Grande Empório Central (1897), empresa que abrangia diversos tipos de serviços, tais como serraria, oficina de cantaria, fundição, ferraria, carpintaria e até mesmo armazém com torrefação de café.

Próximo à Estação Central – considerada a “porta de entrada” da cidade – o Complexo surge no contexto de construção da nova capital, inaugurada em 1897, não se sabendo se o Palacete chegou a ser ocupado pelo Conde e sua família.

O destino imediato do Complexo, após a morte do Conde, é desconhecido. A primeira notícia que se tem remonta a 1903, quando o Palacete foi ocupado pelo Colégio Santa Maria, que ali permaneceu até 1909.

A partir desta época, o Complexo foi sendo paulatinamente ocupado pela Estação de Ferro Central do Brasil: abrigou a Seção do Café (1911), serviu de residência para o intendente da Rede Ferroviária (meados dos anos 1910) e, em 1920, com a demolição da antiga estação ferroviária para a construção de uma nova, serviu como escritório da Seção de Construção da Central do Brasil.

Mantendo-se como escritório da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) – criada na década de 1950 com a extinção da Central do Brasil – até meados da década de 1990, abrigou a partir de 1989 o Museu da Ferrovia, destinado à preservação e divulgação da memória ferroviária no país.

Com a privatização da RFFSA, em 1996, o Complexo ficou abandonado até que, em 2000, num convênio firmado entre o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG e uma empresa de promoções e eventos, realizou-se em suas dependências o Casa Cor 2000, evento que impulsionou a revalorização de tão significativo exemplar arquitetônico e simbólico de Belo Horizonte.

Desde então, o Complexo tem servido como profícuo espaço cultural da cidade, no qual vem sendo realizado enorme número de eventos artísticos e culturais, sendo que a partir de 2005 o espaço está sendo gerenciado, e ocupado, pela Fundação Nacional de Artes – FUNARTE (galpões e pátios) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN (casarão).
Fonte: Iphan.

Descrição: O Conjunto Paisagístico e Arquitetônico da Praça Rui Barbosa, Praça da Estação, é constituído pela Praça, seus jardins e esculturas, a área descrita na planta que o integra inclui os prédios da Estação Central, antiga estação Ferroviária Oeste de Minas, Casa do Conde de Santa Marinha, Edifício Chagas Dória, antiga Serraria Souza Pinto, Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (antigo Instituto de Eletrotécnica), antigo Instituto de Química e Pavilhão Mário Werneck.
A área escolhida para a implantação da futura estação da capital, próxima ao Rio Arrudas foi considerada ideal pela Comissão Construtora. Em 1894, foi apresentada a proposta do Sr. Júlio Porta & comp., para a construção da Estação Central. A planta da Comissão Construtora previa para a área da Estação, uma praça logo em frente ao futuro prédio da estação, cartão de visitas aos forasteiros, visitantes ilustres e quem mais viesse conhecer a capital de Minas Gerais. A primeira Estação construída em 1898, logo se mostrou insuficiente para o fluxo de movimento. Com apenas 22 anos de existência, em 1920 iniciou-se a sua demolição tendo como objetivo a construção de novo e amplo prédio, mais condizente com a sua condição de capital em processo vertiginoso de crescimento. A estação primitiva foi substituída por outra, inaugurada em 1922, projetada por Caetano Lopes, engenheiro-chefe da construção, com desenho do arquiteto Luiz Olivieri. O projeto original sofreu modificações propostas pelo Chefe da Seção de Construção, Pires e Albuquerque sem, contudo perder as características iniciais. A Praça Rui Barbosa conhecida popularmente como Praça da Estação recebeu a primeira denominação de “Praça Cristiano Otoni” em 4 de setembro de 1914. Em abril de 1923, recebeu o nome atual. Em 1930 foi inaugurado em frente à Estação o Monumento da Terra Mineira, do escultor italiano Júlio Starace. Os principais eixos viários dessa área são as avenidas Santos Dumont, Amazonas, Andradas/Contorno, e as ruas dos Guaicurus, Caeté, Bahia, Aarão Reis e Sapucaí.
Fonte: Iepha.

Descrição: Construída em 1896 com o objetivo de servir de residência ao construtor e industrial Antônio Teixeira Rodrigues, conde de Santa Marinha, que trabalhou na edificação da capital mineira, a Casa do Conde de Santa Marinha testemunha a ascensão e decadência do transporte ferroviário em Belo Horizonte. Às margens da linha férrea que chega ao Centro, o palacete centenário, administrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), está localizado no conjunto arquitetônico e paisagístico da praça Rui Barbosa, no Centro da capital.
O imóvel, tombado pelo Estado e Município como patrimônio histórico, ocupa uma área de 37 mil metros quadrados e conta com cinco galpões, oito salas e estacionamento com 600 vagas. No início do século XX, o imóvel e os galpões não só abrigavam a família do conde como também atividades relacionadas ao trânsito de mercadorias.
Poucos anos depois da morte do conde, em 1900, o palacete foi modificado para se adaptar às necessidades de cada usuário. Entre 1903 e 1909, funcionou o Colégio Santa Maria, educandário das filhas das famílias tradicionais. Em 1911, a edificação foi ocupada pela Seção do Café. Em meados da década de 1910, o segundo pavimento passou a ser moradia do intendente da Rede Ferroviária.
Após a extinção da Central do Brasil e a criação, em 1957, da Rede Ferroviária Federal, a Casa do Conde tornou a abrigar unidades da Superintendência Regional de Belo Horizonte, ocasião em que foi montado o Museu Ferroviário, que permaneceu no local até setembro de 1996, data da privatização da Rede Ferroviária Federal.
Em 1999, a Rede Ferroviária transferiu para o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), por meio de convênio, a responsabilidade pela manutenção e preservação do espaço. Uma série de eventos culturais foi realizada no local. Atualmente, o complexo é ocupado pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), responsável pela administração dos cinco galpões e da área destinada a eventos.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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