Belo Horizonte – Imóvel à R. Pouso Alegre, nº 346


Imagem: Google Street View

O Imóvel à R. Pouso Alegre, nº 346 foi tombado pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte por sua importância cultural para a cidade.

FMC – Fundação Municipal de Cultura
Nome atribuído: Imóvel à R. Pouso Alegre, nº 346
Localização: R. Pouso Alegre, nº 346 – Belo Horizonte-MG

Descrição: A paisagem urbana do bairro Floresta, estampada ao longo do seu traçado, revela a própria evolução urbanística do bairro. A pesquisa documental e de campo, realizada por ocasião dos estudos para o tombamento do Conjunto Urbano, apontou vários pedaços, que se distinguem pelos seus equipamentos comunitários e urbanos, os usos, os modos de apropriação material e simbólica dos espaços físicos. A Floresta é peculiar pelas nuanças da sua paisagem que mescla o popular e o erudito, a começar pelo próprio traçado urbano. Ao lado de um bulevar expressivo como a avenida Assis Chateaubriand com sua arborização, passeios largos e arquiteturas imponentes, há a simplicidade do Beco São Geraldo e da rua David Campista, ambos com pavimentação em pedras irregulares ressaltando sob o asfalto que os recobre em parte. Ao lado de uma rua de comercio como a Pouso Alegre, a rua Célio de Castro, com o que restou de edificações residenciais. A rua Jacuí tem no seu longo percurso residências, escolas, hotéis, comércio e serviços. A praça Comendador Negrão de Lima, próxima ao movimentado centro comercial, surpreende pelo seu ambiente verde e tranqüilo. A avenida Bernardo Monteiro se interrompe, assim como outras vias, nos limites das linhas do metrô de superfície e do trem. O curto espaço desta avenida, na Floresta, foi apropriado pelos lavadores de carro. As ruas Brasópolis e Mucuri se tangenciam em uma das poucas praças da Floresta, a praça Lions.

A avenida Francisco Salles, bastante arborizada, desemboca na rua Sapucaí, e faz a ligação dos viadutos da Floresta e de Santa Tereza, constituindo-se como um grande mirante para o centro da cidade. Na Floresta as ruas mudam muito de direção, como a rua Salinas, onde predomina o uso residencial mesmo com uma faixa de intenso comércio
no seu trecho sobre o Centro Comercial.

Assim, foram definidos cinco ‘pedaços’ que compõe o conjunto: Rua Aquiles Lobo, Praça Comendador Negrão de Lima, Centro Comercial, Avenida Assis Chateaubriand e, por fim, pedaço Rua Célio de Castro, no qual se localiza o bem cultural da rua Pouso Alegre n.° 404.

O pedaço Rua Célio de Castro caracteriza-se, do ponto de vista de seu patrimônio edificado, por um grande número de edificações ecléticas implantadas junto ao alinhamento frontal e pela existência de bens culturais que se constituem em referências que extrapolam o limite do pedaço e do Conjunto Urbano – o Teatro Giramundo de Bonecos e o Hotel Palladium. A ambiência do lugar, formada por elementos de ordem espacial e pela rede de relações sociais que se estabelecem em seus espaços, é estruturada a partir do eixo da rua Célio de Castro e caracteriza-se, fisicamente, pela predominância da ocupação horizontal, com verticalização evidenciada apenas em alguns pontos.
A rede de relações sociais se estabelece, prioritariamente, pelo uso residencial e pelas atividades vinculadas a ele, destacando-se desse contexto, aquelas que constituem referência municipal como o Colégio Santa Maria e o Grupo Giramundo.O Grupo Giramundo constitui referência que extrapola o município de Belo Horizonte, por suas atividades que visam ao atendimento a um público variado: Museu Giramundo, Girabrinque e as atividades permanentes de formação e montagem de espetáculos.

Fonte: Dossiê de tombamento do imóvel à R. Pouso Alegre, n° 404.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Dossiê de Tombamento


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