Blumenau – Catedral


Imagem: Rede Social da instituição

A Catedral foi tombada pela Prefeitura Municipal de Blumenau-SC por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Blumenau
GPH – Gerência de Patrimônio Histórico

Nome Atribuído: Catedral
Localização: R. 15 de Novembro, s/n – Blumenau-SC
Processo de Tombamento: Processo n° 013/2007
Resolução de Tombamento: Decreto n° 8.730, de 17/07/2008
Inscrição no Livro do Tombo: V. 1, n° 5

Descrição: A edificação representa um exemplar da “Arquitetura Moderna” com conceitos adaptados ao uso religioso. A Arquitetura Moderna é um conjunto de movimentos e escolas arquitetônicas que vieram a caracterizar a arquitetura produzida durante grande parte do século XX, especialmente nos períodos compreendidos entre as décadas de 1920 e 1960, no qual pretendia-se renovar a arquitetura de modo a rejeitar toda a arquitetura anterior ao início do movimento.
As principais características do Modernismo são: a arquitetura sem ornamentos; os edifícios deveriam ser econômicos, limpos e úteis; utilização de novos materiais oriundos da industrialização, tijolo cozido, vidro, ferro, e mais tarde o aço, cimento armado e o concreto; e o aparecimento de novos sistemas construtivos, que permitiram maior rapidez nas construções, a altura das construções, o melhoramento das condições de vida e o surgimento de outros gostos e conceitos estéticos das construções (formas e volumes da arquitetura).
Os primeiros imigrantes alemães católicos começaram a chegar em Blumenau em 1854, sempre em menor número que os imigrantes alemães protestantes. Os católicos iam cumprir seus deveres religiosos, assistir missas e receber sacramentos em uma capelinha em Belchior. Anos depois, católicos blumenauenses construíram, no mesmo local da atual catedral, uma capelinha de ripas e cobertura de palmitos, onde foi celebrada a primeira festa, seguida de uma procissão.
Em 1870, católicos blumenauenses substituíram a capela por outra mais ampla, mas ainda com tábuas serradas e coberta de telhas. Em paralelo estava em construção, por parte da direção administrativa da colônia, um templo maior em alvenaria, em estilo gótico, sob a planta do engenheiro/arquiteto alemão Henrique Krohberger. Em 1873, foi criada pelo Estado a Freguesia de Blumenau, sob a avocação de São Paulo Apóstolo, esta providência havia sido solicitada a algum tempo por Dr.Blumenau, como medida indispensável para futura elevação da colônia a categoria de município. Imigrantes tiroleses, austríacos e italianos começaram chegar a Blumenau, aumentando a soma de católicos, estes por sua vez construíam capelas modestas ou simples capitéis (geralmente pequenos oratórios a beira de caminhos), com isso em 1876 foi mandado a Blumenau o Padre José Maria Jacobs para ser o pároco efetivo, como já acontecia na comunidade protestante. O padre além do seu exercício no ministério sacerdotal fundou uma escola primaria e no ano seguinte acrescentou um curso secundário, com ensino de latim, francês, alemão, além de aulas práticas de piano e violino. Dois professores o ajudavam nessa tarefa.
Em 1878 o Bispo do Rio de Janeiro assinou o ato erguido canonicamente a Freguesia de São Paulo Apóstolo de Blumenau, com isso passou a se constituir a Igreja Matriz ou Paroquial, devendo cumprir algumas obrigações e tendo privilégios como: ter sacrário para Eucaristia, com devido ornato e lâmpada acesa dia e noite; pia batismal; cemitério para sepultura; campanários, sinos.
Ao voltar para sua terra natal, Alemanha, o Padre Jacobs contraiu febre amarela, no Rio de Janeiro, vindo a falecer. Seus restos mortais foram transferidos por iniciativa do Frei Estanislau Schaette, para Blumenau e descansam até hoje na igreja matriz. Todavia, por ocasião do Centenário de Blumenau, a igreja já era pequena para atender ao grande número de fiéis e em 1952 o franciscano Frei Brás Reuter, nomeou uma comissão, sob sua presidência, para deliberar sobre a nova edificação a ser executada sobre a existente, posicionada de forma a dominar a paisagem da Rua XV de Novembro.
Um primeiro projeto, de autoria do arquiteto Simão Gramlich, apesar de receber aprovação da maioria dos fiéis, foi descartado pelo seu custo elevado e por exigir prazo demasiadamente longo para sua execução. Assim, a comissão decidiu-se pelo projeto dos arquitetos alemães Gottfried Boehm e Dominikus Boehm (seu filho). Para reunir os fundos necessários a execução das obras, promoveram-se campanhas e festas que receberam a maciça adesão de toda comunidade, bem como a expressiva colaboração das indústrias e comércios locais.
Em 1958, quando a comunidade católica festejava a conversão de São Paulo Apóstolo, a nova edificação da matriz foi consagrada. Os atos contaram com a presença de muitas autoridades civis e eclesiásticas e grande número de pessoas. Em 1960 iniciaram-se as obras da grande escadaria de acesso e da torre do campanário, esta inaugurada em 1963. No ano de 2000 a igreja matriz recebeu o título de Catedral.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:


Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.