Brasília – Jardins de Burle Marx


Os Jardins de Burle Marx em Brasília (nove no total) foram projetados de maneira integrada ao Plano Piloto de Lucio Costa.

SEC – Secretaria de Estado de Cultura
Nome Atribuído: Jardins de Burle Marx
Localização: Brasília-DF
Decreto de Tombamento: Decreto n º 33.224, de 27/09/2011, DODF nº 189, de 28/09/2011, p. 11 (Decreto nº 33.040, de 14/07/2011, DODF nº 136, de 15/07/2011, p. 70, revogado pelo Decreto nº 33.224/2011)
Descrição: Considerando as características urbanísticas, arquitetônicas, paisagísticas e bucólicas de Brasília.
Considerando a necessidade de preservação dos atributos peculiares da cidade de Brasília, que fundamentam sua condição de Patrimônio Cultural da Humanidade.
Considerando a necessidade de assegurar a permanência de testemunhos da proposta original do Plano Piloto de Brasília.
Considerando a integração dos jardins de Roberto Burle Marx à concepção do projeto urbanístico de Lúcio Costa para o Plano Piloto de Brasília.
Considerando que os jardins de Roberto Burle Marx inserem-se na poligonal de tombamento de Brasília, nos termos do Decreto nº 10.829/1987 e considerando os preceitos das Cartas de Veneza e de Florença, mundialmente adotados, para proteção de jardins históricos.
Ficam protegidos, pelo Governo do Distrito Federal, mediante tombamento, todos de autoria do paisagista Roberto Burle Marx:
I – O projeto original do paisagismo da Superquadra Sul 308 e a área implantada de aproximadamente 65.016,00 m²;
II – O projeto original dos jardins do Palácio do Itamaraty e a área implantada de aproximadamente 44.812,46 m²;
III – O projeto original dos jardins da Praça dos Cristais, localizada no Setor Militar Urbano e a área implantada de aproximadamente 108.024,00 m²;
IV – O projeto original dos jardins do Palácio da Justiça e a área implantada de aproximadamente 8.214,00 m²;
V – O projeto original dos jardins do Tribunal de Contas da União e a área implantada de aproximadamente 42.438,52 m²;
VI – O projeto original dos jardins do Palácio do Jaburu e a área implantada de aproximadamente 231.074,00 m²;
VII – O projeto original dos jardins do Teatro Nacional Claudio Santoro e a área implantada de aproximadamente 58.287,00 m²;
VIII – O projeto original do paisagismo do Parque Recreativo Dona Sara Kubitschek e a área implantada de aproximadamente 3.745.826,00 m², fcando mantidas as edifcações existentes até a data da publicação deste Decreto;
IX – O projeto original dos jardins do Banco do Brasil, localizado no Setor Bancário Sul e a área implantada de aproximadamente 21.035,00 m²
Fonte: Processo de Tombamento.


2 comments

  1. Jaime Camps Sàiz Júnior |

    Considerando que foram muito fortes as cicatrizes deixadas em Brasilia pela Ditadura Militar, e considerando que são muito visíveis, inclusive, algum trabalho mínimo de revisão histórica deveria ser feito sobre essa lista de projetos, desde a analise do arquivamento dos projetos em si mesmo, até o estado stual dos jardins, passando pelo processo de implantação dos mesmos. Esse trabalho urge pelo fato de estarmos hoje perdendo os últimos testemunhos vivos desse período.

    Também, muito tristemente e por motivos os mais fúteis e irresponsáveis, foi criada em Brasilia uma verdadeira “lenda urbana” em torno dos “jardins de Burle-Marx”, o que contribui desgraçadamente para a desvalorização da obra real deste autor e de qualquer outro, alem de promover a deseducação em torno do patrimonio público artistico e historico.
    Vários outros autores importantes dos jardins de Brasilia tiveram seus nomes completamente suprimidos no processo, apesar de sim, terem assinado e registrado seus projetos junto à Novacap e ao CREA-DF.
    Tal revisão viria a bem para a proteção da memória de todos os autores, inclusive o mestre Burle-Marx.
    Só o absoluto descuido atual e a ignorância sobre o tema é que não deveriam interessar a ninguém, como infelizmente já interessaram no passado à “autoridades” hoje esquecidas que provocaram toda a confusão.
    A continuar como estamos, só restará mesmo a lenda, e isso se restar algo. Na maioria dos jardins, mesmo os de Burle, hoje estão completamente destruidos ou desfugurados (por exemplo no caso das praças das Fontes e dos Cristais e Palacio da justiça). No caso dos outros autores, o mesmo.
    Sou filho de um dos autores dos mais importantes jardins, incluindo os “das linhas gerais” dos eixos do Plano Piloto de Brasília, da UnB, área do Buriti, Catetinho e Esplanada (entre outros), e presenciei muitas das dificuldades e complexidades da projeção e implantação do paisagismo de Brasilia.
    Algo urgente precisa ser feito e assim como eu, outros filhos dos artistas de Brasilia quererão contribuir, tenho certeza!

  2. Tiago Cavalcanti |

    Válido o comentário do Jaime

    ao fazermos menção ao mestre Burle Marx, devemos tbm dar esse crédito a quem o ajudou a erguer sua ideia…cabe a vcês procurarem, cabe a nós divulgarmos…grande abço

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