Caetité – Casa da Fazenda Brejo dos Padres


Imagem: Sipac

A Casa da Fazenda Brejo dos Padres, em Caetité-BA, foi tombada por sua importância cultural.

IPAC-BA – Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia
Nome atribuído: Casa da Fazenda Brejo dos Padres (atual Fazenda Bom Jardim)
Localização: Área rural – Caetité-BA (a 16 km da BR-030, percorrendo mais de 5 km a partir de um desvio à esquerda de estrada vicinal, é encontrada à direita em uma pequena colina)
Território de Identidade: Sertão Produtivo
Processo de Tombamento: Nº 003/1981
Resolução de Tombamento: Nº 28.398/81, de 10/11/1981
Livro do Tombo dos Bens Imóveis: Inscr. nº 2
Uso Atual: Fazenda Bom Jesus
Estado de conservação: Segundo a informação técnica nº. 051/07 de 17/12/2007, embora a fazenda esteja ocupada, havendo alguma manutenção, carece de uma avaliação criteriosa da estrutura de madeira.
Observação: O acesso à edificação é possível seguindo 16Km da BR-030, a partir da sede municipal, em direção à Guanambi, quando se “toma à esquerda uma estrada vicinal, numa extensão de 5km”.

Descrição: No século XVIII já se explorava ouro nessa região, quando as terras de Caetité ainda pertenciam ao termo da Vila de Rio de Contas. Existiam alguns padres que se dedicavam à pesquisa do ouro e à criação do gado nestes sertões, possuindo grandes propriedades. Citam-se as minas do Paty, do Brejo dos Padres, nas cabeceiras do Rio das Rãs. Por esse tempo existiam grandes fazendas de gado nas margens dos rios das Rãs e Santo Onofre. Eram proprietários Francisco Vieira Lima, padre Miguel Lima, João Calmon, D. Joana de Brito e outros. Em 1964 Joaquim Alves Teixeira vende o imóvel, havido de Pedro Joaquim Cruz a Manoel Lisboa Fernandes, conforme escritura pública. Três anos depois, Clarindo Pereira da Silva adquiriu a propriedade das mãos de Manoel Fernandes dos Santos.
Fonte: Ipac-BA.

Descrição: As terras da Serra Geral pertenciam desde o século XVII à sesmaria dos Guedes de Brito, abastados senhores da Casa da Ponte e grandes criadores de gado. Caetité vai se desenvolver no século seguinte, com a descoberta de ouro em Salvador, quando se tornou um ponto de pouso obrigatório na estrada que ligava as Minas Gerais à Chapada Diamantina. A sede da Fazenda Brejo dos Padres, implantada sobre uma pequena colina, rodeada por morros ondulados, não possui proteção legal, apesar de ser um exemplar único entre as edificações rurais da época. A planta tem forma quase quadrada, coberta por telhado de quatro águas e com três varandas engastadas no corpo da construção. No fundo, o conhecido “puxado”, uma ampliação da planta ladeada por varanda e coberta por telhado em quatro águas, abriga a cozinha no pavimento principal e depósitos no pavimento térreo. A fachada apresenta janelas pequenas, de proporção quadrada e varanda corrida, modulada por esteios de madeira. A maioria dos vãos tem verga reta e a inserção do arco abatido é utilizada como um recurso para destacar a hierarquia do acesso principal e das portas geminadas do salão. Este tipo de edificação não é comum na Bahia, assemelhando‐se mais ao partido das sedes de engenhos seiscentistas de Pernambuco e tendo sua matriz na casa serrana da região norte de Portugal. Diferencia‐se desta, no entanto, pelo material, pela valorização do acesso e pelo programa amplo, que inclui múltiplas varandas, escada interna e capelinha abrindo para a varanda lateral.
Ana Maria Lacerda
Fonte: Patrimônio de Influência Portuguesa

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
SIPAC
Patrimônio de Influência Portuguesa
Ivanice Teixeira Silva Ortiz
IBGE


Comentários

  1. ailltojose da silva |

    Minha família é dessa região. Hoje moro aqui no Paraná, mas estou planejando uma viagem para conhecer. Tenho primos em Ibiassuce, numa região chamada Capoeirão. São famílias antigas. Morro de curiosidade de conhecê-los. Se alguém puder me ajudar, agradeço: Antonio José da Silva, um tio que se chamava Francine José da Silva e outro José Miguel. Agradeço desde já.

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