Campos dos Goytacazes – Lira de Apolo


Imagem: Google Street View

A Lira de Apolo foi tombada pela Prefeitura de Campos dos Goytacazes-RJ por sua importância cultural.

INEPAC – Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Nome atribuído: Lira de Apolo
Localização: Praça São Salvador, n° 63 – Campos dos Goytacazes-RJ
Número do Processo: E-18/300.595/85

Descrição: A Sociedade Musical Lira de Apolo foi fundada em março de 1870 e tem por padroeira Nossa Senhora da Glória. O edifício, construído graças aos donativos dos seus associados, foi inaugurado em 1912 na praça São Salvador, no coração da cidade, na lateral da igreja Matriz. Sobressai do conjunto arquitetônico eclético remanescente na praça pelo tratamento mais elaborado de sua fachada e pelos dois telhados pontiagudos, arrematados por uma lira estilizada. Em 1990, um incêndio no prédio destruiu seu interior e cobertura. Desde então a Sociedade Musical vem lutando pela sua restauração.
Fonte: Inepac.

Descrição: A Sociedade Musical surgiu em um período em que a cidade passava por uma fase de ascensão econômica […].
A Lita de Apolo esteve presente em várias ocasiões marcantes para a cidade, dentre elas: a visita de Getúlio Vargas em 1950 e a vinda de D. Pedro II para inaugurar a luz elétrica na cidade, em 1883, saudando-o sob regência de Lourenço Antônio Soares.
A sociedade, cujo nome faz referência ao Deus da Música na mitologia grega, Apolo, foi fundada em 19 de maio de 1870 por Manoel Baptista P. de Castro, seu primeiro maestro, que a dirigiu até 1882. A Lira de Apolo teve seu primeiro lugar de funcionamento na Rua da Constituição, n° 37, atual Av. Alberto Torres, iniciando o trabalho com apenas 16 membros.
Em 1912, ainda sem sede própria, o grupo musical começou a construir um prédio com uma fachada rica em ornamentos. O edifício foi construído entre 1912 e 1914, com donativos da sociedade e com a ajuda dos próprios músicos.
Em 1990, um grande incêndio destruiu seu interior, a cobertura e as duas torres laterais, tendo os bombeiros bastante dificuldade em contê-lo, conforme descreve Machado e Neto (1990):
“O prédio da centenária Lira de Apolo, localizado na Praça São Salvador, n° 63, foi parcialmente destruído pelo fogo, na manhã de ontem. O incêndio, iniciado às 10h40min, teria sido causado por curto-circuito ocorrido nas velhas instalações elétricas do prédio construído em 1912”.
Fonte: Larissa Carneiro Rangel.

Histórico do Município: Com a mais vasta área do Estado do Rio de Janeiro, os campos dos índios Goytacazes (termo que, trazido para o português, pode significar “corredores da mata” para uns ou “índios nadadores” para outros), faziam parte da capitania de Pero de Góis da Silveira, conforme consta na Carta de Doação de 28 de agosto de 1536.

Em 1837, com o aparecimento da ferrovia, facilitou a circulação transformando o município em centro ferroviário da região. A grande riqueza de Campos no séc. XIX pode ser creditada à expansão da produção açucareira, inicialmente apoiada nos engenhos a vapor, mais tarde substituídos por usinas. Em 1875, a região contava com 245 engenhos de açúcar e, por volta do ano de 1879, foi construída a primeira usina, batizada como Usina Central do Limão. Entretanto, várias dessas antigas usinas fecharam ou foram absorvidas pelas maiores em anos recentes, concentrando-se a produção em menor número de estabelecimentos.

A pecuária sempre manteve papel importante na economia da região e o café foi responsável pela prosperidade dos antigos distritos de Cardoso Moreira e Italva, atualmente desmembrados de Campos. No nordeste do município, hoje predomina o gado leiteiro.

A descoberta de petróleo e gás natural na plataforma continental da Bacia de Campos tem propiciado o aumento significativo da receita municipal nos últimos anos, por meio do recebimento de royalties excedentes e participações especiais.

Por sua arquitetura eclética, Campos é considerada um museu a céu aberto – ficando atrás só da cidade do Rio de Janeiro. O município foi palco de importantes acontecimentos: recebeu quatro vezes o imperador D. Pedro II, foi a primeira cidade da América Latina a ser dotada de luz elétrica, teve um campista na Presidência da República e alguns no governo estadual.
Fonte: IBGE.

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Larissa Carneiro Rangel


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