Carangola – Igreja São Manoel do Boi


Imagem: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais

A Igreja São Manoel do Boi é a mais antiga do município e apresenta estilo arquitetônico original que remonta o período colonial.

Prefeitura Municipal de Carangola-MG
Nome atribuído: Igreja São Manoel do Boi
Outros Nomes: Capela São Manoel do Boi
Localização: Comunidade de São Manoel do Boi – Carangola-MG

Descrição: A Capela de São Manoel do Boi é a mais antiga do município e apresenta estilo arquitetônico original que remonta o período colonial. Um fato interessante da época diz respeito ao uso do espaço da capela pela comunidade. Os homens assistiam às missas pelas laterais da capela, deixando para as mulheres o espaço da nave principal.
Na capela de São Manoel do Boi as missas são realizadas apenas mensalmente. Na localidade de São Manoel do boi não há serviços e equipamentos de hospedagem, além da capela, a comunidade preserva algumas fazendas e casarões antigos.
Fonte: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais.

Histórico do município: Em 07 de outubro de 1860, o povoado foi elevado a Distrito de Paz e incorporado ao recém-criado Munícipio de São Paulo de Muriaé. Em 1862, foi elevado a Curato, filial a freguesia de Tombos do Carangola, pelo Bispo de Mariana, Dom Antônio Ferreira Viçoso.
Em 02 de janeiro de 1866, o Distrito de Santa Luzia do Carangola foi elevado a Paróquia, condição conservada até 1878. Somente em 25 de outubro de 1881 a Vila de Santa Luzia do Carangola foi elevada à categoria de cidade e designada para ser a sede do Munícipio.
Em 07 de janeiro de 1882, foi instalado o primeiro governo Municipal. José Ribeiro de Almeida Tostes, Vereador na Câmara Municipal de São Paulo do Muriaé, em nome do Governador Provincial, deu posse aos 07 vereadores eleitos a Câmara […].
Quando Carangola emancipou-se, a cidade tinha apenas 36 casas, 5 ruas e 2 praças.
Rua Municipal: Rua Pedro de Oliveira;
Rua do Comércio: Rua Marechal Deodoro;
Rua dos Romanos: Rua Santos Dumont;
Rua do Morro: Rua Santa Luzia;
Rua do Buraco: Rua Xenofonte Mercadente;
Largo da Matriz: Praça Cel. Maximiniano;
Largo do Rosário: Praça Gov. Valadares
O município possuía uma área com mais de 2000 km² que hoje abrangem os municípios de Alto Caparaó, Caiana, Caparaó, Carangola, Divino, Espera Feliz, Faria Lemos, Fervedouro, Orizânia, Pedra Dourada, São Francisco do Glória e Tombos.

Uma segunda versão, aborda uma questão política, como a primeira paróquia da região foi fundada em Tombos, tradicional reduto do Partido Conservador. Entretanto como os adeptos do Partido Liberal “Luzias” achavam humilhante frequentar a paróquia da oposição decidiram construir sua própria Matriz, escolhendo Santa Luzia como padroeira em referência a Revolução Liberal de Santa Luzia-MG de 1842.
Apesar das controvérsias, o que há de concreto é que em 06 de janeiro de 1859 José Moreira Carneiro e Manoel da Silva Novais compraram de Francisco Pereira de Souza uma extensão de terras para formação do Patrimônio de Santa Luzia do Carangola.

Tombos do Carangola foi uma das primeiras povoações formadas, no vale mineiro do rio Carangola, graças à doação de terrenos feita pelo Cel. Maximiniano e outros fazendeiros dos arredores. Mais acima, surgia outra comunidade, Santa Luzia do Carangola (atual Carangola).
Sobre a escolha da padroeira dessa comunidade existem duas versões: a primeira de origem religiosa conta que, em 1856, o Capitão Antônio Carlos de Souza, ao lavrar uma pedra para moinho teve seu olho atingido e lesionado por um estilhaço. Em devoção a Santa Luzia, o Cap. Antônio Calos prometeu que se fosse curado da lesão, construiria uma igreja em homenagem a Santa. Como a graça foi alcançada Cap. Antônio Carlos durante uma reunião de fazendeiros locais propôs a construção de uma igreja em homenagem a Santa de sua devoção.

Com as instalações das fazendas e o crescimento da população procedentes de várias partes de Minas, Rio e Espirito Santo, surgem pequenos aglomerados urbanos margeando o rio Carangola.
A produção aumentava dia a dia, sendo necessária a abertura de estradas que dessem vazão aos produtos. As tropas, em pequenos bandos, desciam os rios Carangola e Muriaé, levando a Campos de Goitacazes (RJ) o que se produzia de excedente, e de lá traziam o que não se podia obter no local. Apesar da distância, péssimos caminhos e raríssimas pontes a população aumentava. Novas posses e novos empreendimentos se sucediam; expandem-se as propriedades, multiplicaram-se os trabalhadores e aos poucos, a mão de obra indígena foi substituída pelo braço do negro africano.

Na década de 1840, novos povoadores chegam a região formando fazendas e cultivando roças que se destinavam a cultura de subsistência (milho, feijão, mandioca). Dentre eles destacam-se Manoel da Silva Novais na Cachoeira do Boi; Cel. Maximiniano Pereira de Souza em São Matheus (Faria Lemos); Marciano Pereira de Souza e Antonio Carlos de Souza em Carangola, Paulo José Leite em Santa Margarida; Antônio de Caldas Bacelar em Caiana; José Joaquim de Souza na Faz. do Bom Jesus; Tem. Cel. José Batista da Cunha e Castro em Divino; Antonio Dutra de Carvalho “Dutrão” em Caparaó e outros.

Uma outra versão diz que os irmãos Lannes, vindo da Barra do Muriaé, subiram o rio Carangola, familiarizando-se com os Puris que o auxiliavam no plantio de cereais, na derrubada das matas e na extração da poaia e, mais tarde fundaram a fazenda Porto Alegre, em Itaperuna (RJ).

Uma versão diz que em 1805 a Vila dos Arrepiados (atual cidade de Arapongas) foi cercada duas vezes pelos índios Puris. Para defender a Vila, o Cap. João Fernandes de Lannes financiou, armou e comandou duas expedições contra os indígenas. Partindo, então, da Vila de Arrepiados, acampou em plana mata, as margens de um pequeno córrego, provavelmente onde fica a alta Praça Cel. Maximiniano e mais tarde ao retornar, formou uma grande fazenda na atual cidades de Fervedouro.

Até o seculo XVIII, a região de Carangola apesar de incluída na jurisdição da Vila do Ribeirão do Carmo, atual Mariana, era interditada à exploração. Constituía-se a chamada “Zona Proibida”, área em que a mata não podia ser aberta para a ocupação humana, pois servia de barreira natural à região do ouro evitando assim o contrabando.

Nas margens do rio Carangola, onde havia um emaranhado de matas, viviam os índios Puris e os Tupinambás. Os Puris levavam uma vida nômade, habitavam em palhoças rústicas e vivam da caça, da pesca, de plantações indispensáveis a nutrição, já os Tupinambás, viviam em aldeias mais estruturadas, produziam cerâmica e praticavam agricultura. A primeira exploração da região ainda é uma incógnita. Consta que em 1781, o governador da Capitania de Minas Gerais, D. Rodrigo José de Menezes, em visita a Serra dos Arrepiados, na atual cidade de Araponga, determinou ao Padre Manoel Luís Branco que efetuasse expedição ao outro lado daquela serra, explorando as áreas dos futuros municípios de Fervedouro e São Francisco do Glória. Com a relação à chegada do primeiro homem civilizado à região de Carangola, existem várias versões. Supõe-se que tenha ocorrido, entre 1805 e 1810, por elementos da família Lannes ou Lanas.
Fonte: Prefeitura Municipal.

MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal
Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais


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