Ceará Mirim – Casa Grande do Engenho Guaporé


A Casa Grande do Engenho Guaporé, em Ceará Mirim, foi tombada pela Fundação José Augusto por sua importância cultural para o Estado do Rio Grande do Norte.

Governo do Rio Grande do Norte
FJA – Fundação José Augusto
Nome Atribuído: Casa Grande do Engenho Guaporé
Localização: Ceará Mirim-RN
Data de Tombamento: 16/12/1988

Descrição: […] O engenho Guaporé foi instalado no topo de uma colina localizada na planície de inundação fluvial do rio Ceará-Mirim. Outro ponto importante de sua inclusão na paisagem, em muitos pontos da sede do município a casa grande do engenho pode ser avistada. Desse modo, a visibilidade a partir do engenho é bastante privilegiada, com a frente dacasa está virada para sede do município podemos avistar todo o município como também o Vale.
O engenho foi fundado pelo Dr. Vicente Inácio Pereira, genro do Barão de Ceará-Mirim, casado com Isabel Augusta Duarte Varela, nas terras dosítio Bonito que foi adquirida através de uma troca com o sítio Ilha Bela. Não temos a data exata do fim das atividades do engenho, no anuário de produção de 1925 o engenho Guaporé aparece como fechado.
[…]
Das edificações ligadas ao engenho restou somente a casa grande, construída em meados do século XIX por Vicente Inácio Pereira. A casa grande do engenho Guaporé tornou-se um dos principais palcos de inúmeros encontros políticos que discutam sobre a situação da região e da província.
[…] Construída no estilo neoclássico, apresenta partido de planta retangular, desenvolvida em um pavimento, notando-se ainda a presença de um sótão. Sua cobertura é feita em duas águas.
A acsa apresenta uma fachada simétrica emoldurada por colunas e cimalha. Possui uma janela central, ladeada por duas portas de acesso, e seis outras janelas, todas em arcos plenos,com cercaduras de massa. As esquadrias são de venezianas, de madeira pintada e vidros, com bandeiras de vidro, dispostos em forma de rosácea.
No finaldos anos 1960, o prédio apresentava-se em precário estado de conservação. No ano de 1979, o prédio foi restaurado pela Fundação José Augusto e sendo posteriormente tombado pelo governo do estado em 16 de dezembro de 1988. Transformado em museu, com a denominação de “Museu de Nilo Pereira”, sob a responsabilidade da Fundação José Augusto em parceria com a Prefeitura Municipal de Ceará-Mirim. Arualmente, o museu está fechado e o prédio abandonado.
Fonte: Daniel Bertrand.

Histórico do município: No princípio povoada por índios potiguares às margens do rio Seara, posteriormente rio Ceará-Mirim. Os potiguares fizeram seus primeiros contatos com o mundo ocidental através do comércio de pau-brasil com franceses e espanhóis. Posteriormente, com a consolidação da colonização do Brasil, foi ocupada pelos portugueses.
Os portugueses, juntamente com Antônio Felipe Camarão, o famoso índio Poty, que chefiava a tribo dos Potiguares tomaram a iniciativa no sentido de organizarem um povoamento. Fundaram um convento na aldeia do Guajiru, e numa área de terra concedida aos padres da Companhia de Jesus, construíram uma igreja, um prédio destinado a cadeia e a câmara municipal. Com o trabalho desenvolvido na organização do povoado, os padres conquistaram a estima dos índio de Guajiru.
Desde sempre a varze do Ryo Seara (posteriormente Rio Ceará-Mirim) foi ocupada, pois eram terras proveitosas para o cultivo, e lá se instalaram lavouras e pequenas criações de gado. Por todo o século XVIII houve inúmeras sesmarias, dividindo completamente a região com maior ou menor utilidade para a agricultura, notadamente de proprietários de Extremoz.
Os primeiros engenhos de Ceará-Mirim surgiram posteriormente ao ano de 1840, mas em 1858, quando ocorreu a transferência da sede, havia notável desenvolvimento industrial e pecuário.
Na relação do Ouvidor Domingos Monteiro da Rocha, em junho de 1757, já se inclui a Povoação do Ceará-Mirim, onde diz-se “com bastante moradores”. A primeira escola surgiu apenas em 1858, instalada em Boca da Mata, município de Extremoz. A primeira reunião em Câmara Municipal) ocorreu em 14 de outubro de 1858, na Vila do Ceará-Mirim.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Daniel Bertrand

 


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