Chapecó – Antigo Prédio da Prefeitura Municipal


Imagem: Prefeitura Municipal

O Antigo Prédio da Prefeitura Municipal da cidade de Chapecó-SC foi tombado por sua importância histórica para o município.

Prefeitura Municipal de Chapecó-SC
Designação: Prédio da Prefeitura Municipal de Chapecó no ano de 1950
Localização: Av. Getúlio Vargas, n° 17N – Centro – Chapecó-SC
Natureza: Construção civil em alvenaria
Proprietário:
Município de Chapecó-SC
Processo de Tombamento: Processo n° 002/2007
Caráter do tombamento: Ex-officio
Decreto de Tombamento: Decreto n° 17.594/2007
Uso Atual: Museu de História Arte de Chapecó (MHAC ) e Museu Antonio Selistre de Campos

Descrição: Construção no estilo eclético e em alvenaria, sem vigas, de forma parede sobre parede, com área de 690,49m2.
Fonte: Livro do Tombo.

Histórico do município: A criação do Município de Chapecó, em 25 de agosto de 1917, representou para a região oestina: a) a definição da região como parte integrante do contexto catarinense – nova unidade político-administrativa; b) a necessidade urgente de uma ação de colonização para a região por parte das autoridades constituídas em nível local e estadual; c) a transferência da colonização para a iniciativa particular. Assim, a colonização da região inicia-se com as primeiras manifestações no sentido de a região receber ações e empreendimentos das Companhias de Colonização, através da venda e/ou doações de terras por parte do governo.
As Companhias Colonizadoras chegam à região oestina instalando-se com capital próprio. O governo de Santa Catarina participava concedendo alguns incentivos para a iniciativa empresarial colonizadora – pela necessidade premente de ocupação da região. Inaugura-se assim a colonização sistemática da região. Dentre as Companhias de Colonização que atuaram na região do Município de Chapecó, a partir de sua criação, destacam-se a Empresa Colonizadora fundada por Ernesto Francisco Bertaso e os irmãos Agilberto Atílio e Manoel dos Passos Maia em 1918 e que se instalou no antigo povoado de Passo dos Índios (atual cidade de Chapecó) com um escritório.
Em 1923 houve a dissolução da sociedade, passando todo o ativo e passivo para Ernesto Bertaso e seus descendentes. Esta colonizadora tornou-se proprietária de vasta área e responsável por qualquer iniciativa comercial e colonizadora dentro de seu patrimônio que atingiu a casa de 2.249.259.441m². A área inicial, sob a jurisdição da colonizadora Bertaso, abrangia as fazendas: a) Campina do Gregório, com 15.000 mil alqueires, ou seja 509.234.874m², adquirida por compra em 1918 dos herdeiros da Baronesa de Limeira (SP). b) Fazendas Rodeio Bonito e Chapecó, totalizando 100.000 mil hectares, por concessão do Governo do Estado de Santa Catarina, cujo contrato data de 26 de junho de 1920. Respectivamente, a área das fazendas era de: 288.202.080m² e 538.186.742m².
Bertaso, mesmo não tendo sido o fundador de algumas povoações no Oeste catarinense, foi inegavelmente um dos principais elementos responsáveis pelo crescimento e expansão das mesmas. A empresa por ele dirigida deixou como marco os traçados da atual cidade de Chapecó e dos povoados de então, Quadro Coronel Freitas (hoje município), Fernando Machado (hoje distrito de Cordilheira Alta), Simões Lopes (hoje distrito de Coronel Freitas) e Quilombo (município). A empresa Colonizadora Bertaso construiu estradas e estabeleceu nas terras milhares de colonos procedentes de lugares diversos das antigas colônias do Rio Grande do Sul. Paulatinamente, a incorporação da região ia acontecendo. A atividade econômica do extrativismo, com a conseqüente venda da produção aos países do Prata, através do sistema de balsas, tomou conta. Graças à fertilidade de seu solo, num curto espaço de tempo a região oestina inseriu-se em um processo amplo de expansão econômica colonial do Sul do país.
Chapecó é palavra de origem Kaingang com várias interpretações: ‘chapadão alto’, ‘chapéu feito de cipó’ e ‘põe no chapéu’ para nativos da língua. Segundo pesquisas feitas pelo Dr. Selistre de Campos, a palavra origina-se dos termos ‘echa’ + ‘apê’ + ‘gô’, que na língua dos nativos significa ‘donde se avista o caminho da roça’.
Fonte: IBGE.

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