Chapecó – Arquivo Documental da Empresa Colonizadora Ernesto Bertaso


Imagem: CEOM

O Arquivo Documental da Empresa Colonizadora Ernesto Bertaso, na cidade de Chapecó-SC, refere-se à colonização da região oeste de Santa Catarina.

Prefeitura Municipal de Chapecó-SC
Designação: Arquivo Documental da Empresa Colonizadora Ernesto Bertaso
Localização: Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina (CEOM) – R. Líbano, n° 111 – Passo dos Fortes – Chapecó-SC
Natureza: Acervo documental
Proprietário:
Município de Chapecó-SC
Processo de Tombamento: Processo n° 001/1993
Caráter do tombamento: Voluntário
Decreto de Tombamento: Decreto n° 3.202, de 9 de agosto de 1993

Descrição: Acervo contendo documentação referencial da Colonização da Região Oeste do Estado de Santa Catarina.
Fonte: Livro do Tombo.

Descrição: A migração de descendentes de colonos italianos, desde o noroeste do Rio Grande do Sul, para o oeste de Santa Catarina, na primeira metade do século XX, fez parte do processo de expansão e propagação das pequenas propriedades rurais. A colonização de parte do município do Velho Chapecó foi empreendida e realizada pela Colonizadora Bertaso S/A. Logo, o impulso das populações descendentes de europeus, principalmente ítalo-gaúchos, foi canalizado e explorado pelas companhias colonizadoras e pelo Estado. Os indígenas e caboclos que povoavam estes territórios foram gradativamente expropriados de suas terras.
Fonte: Renilda Vicenzi.

Descrição: A partir da década de 1920 a empresa foi responsável pela Mapacomercialização de terras na região do oeste catarinense. A empresa adquiriu e comercializou principalmente três grandes áreas denominadas Fazenda Rodeio Bonito, Fazenda Campina do Gregório e Fazenda Chapecó, estas compreendem atualmente não só o território de Chapecó como também de municípios vizinhos. Durante o seu período de atuação foram gerados muitos documentos como guias de terras, contratos de compra e venda, recibos de pagamento, balancetes contábeis, cadernos de anotações, correspondências, mapas e projetos arquitetônicos, com datas entre 1920 a 1990.
Fonte: CEOM.

Histórico do município: A criação do Município de Chapecó, em 25 de agosto de 1917, representou para a região oestina: a) a definição da região como parte integrante do contexto catarinense – nova unidade político-administrativa; b) a necessidade urgente de uma ação de colonização para a região por parte das autoridades constituídas em nível local e estadual; c) a transferência da colonização para a iniciativa particular. Assim, a colonização da região inicia-se com as primeiras manifestações no sentido de a região receber ações e empreendimentos das Companhias de Colonização, através da venda e/ou doações de terras por parte do governo.
As Companhias Colonizadoras chegam à região oestina instalando-se com capital próprio. O governo de Santa Catarina participava concedendo alguns incentivos para a iniciativa empresarial colonizadora – pela necessidade premente de ocupação da região. Inaugura-se assim a colonização sistemática da região. Dentre as Companhias de Colonização que atuaram na região do Município de Chapecó, a partir de sua criação, destacam-se a Empresa Colonizadora fundada por Ernesto Francisco Bertaso e os irmãos Agilberto Atílio e Manoel dos Passos Maia em 1918 e que se instalou no antigo povoado de Passo dos Índios (atual cidade de Chapecó) com um escritório.
Em 1923 houve a dissolução da sociedade, passando todo o ativo e passivo para Ernesto Bertaso e seus descendentes. Esta colonizadora tornou-se proprietária de vasta área e responsável por qualquer iniciativa comercial e colonizadora dentro de seu patrimônio que atingiu a casa de 2.249.259.441m². A área inicial, sob a jurisdição da colonizadora Bertaso, abrangia as fazendas: a) Campina do Gregório, com 15.000 mil alqueires, ou seja 509.234.874m², adquirida por compra em 1918 dos herdeiros da Baronesa de Limeira (SP). b) Fazendas Rodeio Bonito e Chapecó, totalizando 100.000 mil hectares, por concessão do Governo do Estado de Santa Catarina, cujo contrato data de 26 de junho de 1920. Respectivamente, a área das fazendas era de: 288.202.080m² e 538.186.742m².
Bertaso, mesmo não tendo sido o fundador de algumas povoações no Oeste catarinense, foi inegavelmente um dos principais elementos responsáveis pelo crescimento e expansão das mesmas. A empresa por ele dirigida deixou como marco os traçados da atual cidade de Chapecó e dos povoados de então, Quadro Coronel Freitas (hoje município), Fernando Machado (hoje distrito de Cordilheira Alta), Simões Lopes (hoje distrito de Coronel Freitas) e Quilombo (município). A empresa Colonizadora Bertaso construiu estradas e estabeleceu nas terras milhares de colonos procedentes de lugares diversos das antigas colônias do Rio Grande do Sul. Paulatinamente, a incorporação da região ia acontecendo. A atividade econômica do extrativismo, com a conseqüente venda da produção aos países do Prata, através do sistema de balsas, tomou conta. Graças à fertilidade de seu solo, num curto espaço de tempo a região oestina inseriu-se em um processo amplo de expansão econômica colonial do Sul do país.
Chapecó é palavra de origem Kaingang com várias interpretações: ‘chapadão alto’, ‘chapéu feito de cipó’ e ‘põe no chapéu’ para nativos da língua. Segundo pesquisas feitas pelo Dr. Selistre de Campos, a palavra origina-se dos termos ‘echa’ + ‘apê’ + ‘gô’, que na língua dos nativos significa ‘donde se avista o caminho da roça’.
Fonte: IBGE.

MAIS INFORMAÇÕES:
IBGE
CEOM
Renilda Vicenzi


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