Cristiano Otoni – Sociedade Musical Barão do Rio Branco


Imagem: Câmara Municipal

A Sociedade Musical Barão do Rio Branco foi tombada pela Prefeitura Municipal de Cristiano Otoni-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Cristiano Otoni-MG
Nome atribuído: Sociedade Musical Barão do Rio Branco (Celebrações)
Localização: R. Antônio José da Costa, nº 49 – Centro – Cristiano Otoni-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 51/2010
Livro de Registro das Celebrações

Descrição: Cristiano Otoni já teve duas bandas de música: Sociedade Musical Barão do Rio Branco, fundada em 11/02/1911 e a Corporação Musical Nossa Senhora da Guia, fundada no princípio do ano de 1947. As mesmas sempre abrilhantavam as festividades locais, e no mês de maio as duas participavam cada dia uma. Nas procissões de Semana Santa e outras festas as duas participavam juntas.
[…]
No dia 11 de fevereiro do ano de 1911 foi fundada a Sociedade Musical Barão do Rio Branco. Assumiram como primeiros dirigentes, eleitos em 15 de fevereiro de 1911 e empossados dia 18 do mesmo mês e ano […].
Músicos – Claudionor Nogueira Alves, Luiz Gonzaga, João de Assis Vieira, Jaime Coimbra, Francisco Shifini, Miguel Martins Dias, Carlos Antonio de Amorim, Bebiano José Vieira, José Ducas, Antonio Vieira, Castilho de Carvalho, Antonio Fernandes Costa, Quintino Correia, Euclides de Carvalho, Ulisses Gomes de Oliveira, Adalberto Tavares, Severino de Carvalho, Florentino de Carvalho, Alfredo Costa, José Lino do Nascimento, José Antonio Coimbra, Samuel da Costa Leite, Melclides de Carvalho.
[…]
Desde sua fundação apresenta-se em cerimônias e festividades cívicas e religiosas, sendo uma das maiores expressões culturais da comunidade cristianense. Apresenta-se também em outras cidades, abrilhantando festividades locais e participando de encontros de bandas de música.
Atualmente, a Sociedade Musical Barão do Rio Branco conta com aproximadamente 35 (trinta e cinco) músicos, sob a regência do Maestro Antonio Carlos Costa Vieira (Dequinha), e mantém, em parceria com a Prefeitura, uma escola de música gratuita, com aulas às terças e quintas-feiras, a partir das 15:00 horas. A sede da banda de música (própria) está localizada à Rua Antonio José da Costa, nº 49, Centro. Tem personalidade jurídica própria, além de Regimento Interno e Estatuto devidamente registrado. Declarada de utilidade pública através da Lei nº 15, de 09/11/1977 e tombada como bem imaterial do patrimônio cultural do Município.
Fonte: Câmara Municipal.

Histórico do município: Segundo informações colhidas por Scyomara Ribeiro de Almeida, no Arquivo Público do Estado, e junto a familiares e moradores, a região começou a ser povoada aproximadamente há 300 anos, por volta de 1689, quando João José Dutra veio de Portugal, na época da Sesmaria, ganhando 1.000 alqueires de terra, formando a Fazenda “Fecha Fecha”, na estrada de Nossa Senhora da Glória (hoje fazenda da Pedra). Sua irmã, de nome ignorado, veio na mesma época e recebeu 1.000 alqueires, na região de Gagé, construindo a Fazenda “Mau Cabelo” (já extinta). Esta moça ficou grávida de um escravo da fazenda; com o auxílio das roupas da época, escondeu a gravidez, e quando a criança nasceu, colocou-a num cesto de um animal de carga, com o nome do recém-nascido: João José Dutra Sobrinho. Quando a mãe estava para morrer, mandou procurá-lo para deixar seus bens. O rapaz foi encontrado, casado, com três filhos, exercendo a profissão de sapateiro na cidade de João Ribeiro (hoje Entre Rios de Minas). Foi trazido para a fazenda da mãe logo depois de sua morte, e na Fazenda “Fecha Fecha” teve mais oito filhos. Desta descende grande parte das famílias de Cristiano Otoni.
A região foi desbravada pelos primeiros bandeirantes, dos quais ainda hoje podem se encontrar alguns vestígios nas ruínas do vilarejo do Distrito de São Caetano do Paraopeba, e nas construções antigas que margeiam a Estrada Real, que corta o município e também faz parte de sua história. O povoado cresceu na esteira da linha férrea da Central do Brasil. Recebeu o nome de Cristiano Otoni em homenagem ao engenheiro Christiano Benedicto Ottoni, que dirigiu os serviços de construção da ferrovia. O nome do engenheiro Cristiano Otoni foi colocado na Estação Ferroviária construída no local, e inaugurada em 1883. O Distrito de Cristiano Otoni, então pertencente a Conselheiro Lafaiete, foi criado em 1911. Em 30 de dezembro de 1962, foi publicada a emancipação do município, pela Lei Estadual nº 2.764, a qual foi efetivada em 1º de março de 1963, assumindo a administração o Sr. Foad Abrahão Caram, como Intendente Municipal, até a posse dos eleitos para a primeira legislatura, que ocorreu no dia 1º de setembro de 1963.
A primeira eleição no Município de Cristiano Otoni teve o seguinte resultado, conforme dados obtidos por Gerson Luiz de Souza Lima em documento encontrado na residência de seu pai, o Senhor Antonio de Assis Lima: O primeiro Prefeito foi o Senhor Joaquim Ribeiro Filho, eleito com 600 votos, ficando em segundo lugar o Senhor João Damasceno Baeta, com 389 votos, e em terceiro o Senhor Amicis Adelino da Fonseca, com 132 votos. Para Vice-Prefeito, foi eleito o Senhor Manoel de Oliveira Dutra (Sr. Lilico) com 636 votos, seguido pelo Senhor José Henriques Baeta, com 302 votos e o Senhor Manoel Messias de Souza Lima com 94 votos. À época, as votações para Prefeito e Vice-Prefeito eram realizadas separadamente, por isto foi apurado o resultado informado. Daí em diante, o Município seguiu normalmente sua história, elegendo seus representantes de acordo com a legislação do país, até os dias de hoje.
Fonte: Prefeitura Municipal.

MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal


Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.