Cruzeta – Usina de Beneficiamento de Algodão


A Usina de Beneficiamento de Algodão, em Cruzeta, foi tombada pela Fundação José Augusto por sua importância cultural para o Estado do Rio Grande do Norte.

Governo do Rio Grande do Norte
FJA – Fundação José Augusto
Nome Atribuído: Usina de Beneficiamento de Algodão
Localização: Cruzeta-RN
Data de Tombamento: 23/03/2006

Descrição: No estado do Rio Grande do Norte, verifica-se um crescimento da produção do algodão do tipo “Mocó”. Os campos de distribuição de sementes abrangiam no total 120 hectares e eram distribuídas nos munícipios de Acari, Rafael Fernandes, Parelhas, Sacramento, Caraúbas, Pau dos Ferros e também em Cruzeta, onde foi instalada uma estação de experimento para verificação de problemas com algodoeiro, em 1939. A região do Seridó potiguar manteve em parceria com a Paraíba e o estado pernambucano, grande parte da produção de algodão nordestino.
Dados ministeriais confirmam que foi a partir de 1939, que a produção algodoeira brasileira ganhou destaque no âmbito produtivo e que, diante disso, foi reconhecido que a cultura do algodão no nordeste brasileiro deveria ser valorizada em todos os aspectos, partindo desde a escolha da semente até os meios de colheita da fibra.
Fonte: Janaína Porto Sobreira.

Histórido do município: A fundação da cidade de Cruzeta aconteceu em 24 de outubro de 1920, quando houve a primeira feira no povoado e a primeira missa foi rezada pelo Pe. João Clementino de Moraes.

O Sr. Joaquim José de Medeiros encomendou uma pequena imagem esculpida primitivamente em madeira por um artesão (não identificado) de Nossa Sra. da Saúde. Atualmente denominada de Nossa. Sra. dos Remédios. Isto se deu pelo motivo de Nossa. Sra. dos Remédios conduzir em seus braços o menino Jesus e um ramalhete de flor de Liz, enquanto que Nossa Sra. da Saúde conduz em seus braços o menino Jesus e um cálice. Mesmo assim, todos a veneram como Nossa Senhora dos Remédios como costume dos nossos antepassados.

No dia 18 de agosto de 1937, o povoado passou a condição distrito de Acari. No dia 25 de novembro de 1953, pela Lei nº 915, cruzeta desmembrou-se de Acari e tornou-se município do Rio Grande do Norte. Segundo informações colhidas na Prefeitura Municipal da cidade de Acari, houve época em que Cruzeta passou a denominar-se João Pessoa. Isto se acredita acontecer na época em que fora prefeito interino do município de Acari, o Sr. Cipriano Bezerra Galvão Santa Rosa. Não há uma afirmação oficial desta mudança, apenas boatos coletados por antigos pesquisadores.

Um ofício encontrado no arquivo municipal daquela referida cidade, do Diretor Geral do Departamento de Segurança Pública do Estado para o citado prefeito, pedia informações se era oficial a mudança da povoação de Cruzeta para a denominação de João Pessoa. O ofício com nº 414 é datado de 05/10/1931. Entretanto, no referido arquivo, não foi encontrado nenhum documento que comprovasse a mudança, nem tão pouco resposta do Prefeito ao Diretor do Departamento justificando-a.

O plano urbanístico da cidade foi feito por uma equipe do INFOCS, formada por Dr. Paulo Mendes da Rocha, Dr. Constantino Reis Rocha, Dr. Sílvio Adherne, Dr. Antídio Guerra (agrônomo sanitarista que dirigiu a Estação Experimental do Seridó de 1936 a 1945) e mais o empírico Francisco Raimundo de Araújo, convidado por eles para integrar a equipe. Francisco Raimundo apontou o local onde deveria se situar os principais pontos da cidade e os engenheiros se submeteram as suas decisões.

Os primeiros habitantes das terras onde hoje está localizada a cidade de Cruzeta foram os índios Cariris, Janduís e os Caicós. Expulsos pelos colonizadores do vizinho Estado da Paraíba, eles partiram rumo ao Seridó, no Rio Grande do Norte, onde se fixaram. A caçada aos índios continuou e nas últimas décadas do século XVII, na chamada Guerra dos Bárbaros, os Cariris, Janduís e Caicós foram expulsos do Seridó, abrindo perspectivas para a colonização da região. Foi nesse período que essas terras começaram a tomar povoação.

Datado pela História o português Antônio Pais de Bulhões foi o primeiro proprietário dessas terras. Vindo da Paraíba, ele chegou às terras que hoje é a cidade de Cruzeta por volta do século XVIII, construindo sua fazenda à margem do Rio São José, num lugar que um beneficiado seu denominou “Remédio” num dia de aflição em tempo de seca, ainda no século XVIII.

Em outro ano de seca, esforçando-se ele para salvar seu rebanho, e o de seu amigo, da fome e da seca, começou a cavar cacimbas no leito seco do rio: se não encontrasse água, seria uma calamidade; se encontrasse, teria o remédio. Encontrou. “Daí a origem do nome Fazenda Remédio”.
Fonte: Prefeitura Municipal.

MAIS INFORMAÇÕES:
Janaína Porto Sobreira

 


Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *